39,5% dos recifenses consultam redes sociais antes do voto

sex, 28/06/2013 - 00:06

O uso das redes sociais, como um canal permanente de interatividade com o cidadão, tem feito parte da rotina de parlamentares e pode ser um trunfo durante o período de eleitoral. Dados divulgados, nesta sexta-feira (28), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) revelam que 39,5% dos eleitores recifenses apontam que as redes sociais são importantes durante a eleição. 

Em Recife durante a campanha para prefeito em 2012, a equipe de comunicação do atual gestor municipal Geraldo Julio (PSB), investiu em estratégias massivas que gerou uma proliferação viral atraindo para a página do então candidato, mais de 20 mil curtidas na época das eleições. Julio foi lembrado nas plataformas por sua campanha contra os cavaletes, ironizando ao postar frases como: “já derrubou seu cavalete hoje?”. Na época o socialista não só retirou esses seus produtos das ruas, como também pressionou que outros candidatos fizessem o mesmo. 

Outro aspecto, também enfatizado pelos internautas, foi à criação de páginas nas plataformas do facebook, twitter e You Tube com o título “Foi Geraldo que fez”, satirizando a participação do governador Eduardo Campos (PSB) nas propagandas eleitorais ao usar frases do tipo: “Geraldo fez como secretário e vai fazer muito mais”.  

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, os políticos devem investir no uso das plataformas. “As redes sociais representam instrumentos de massificação, com isso os atores políticos precisam usá-las como meio de divulgação positiva da sua imagem e do seu discurso”, analisou. 

Sobre a pesquisa - As entrevistas aconteceram nos dias 10 e 11 de junho, com 624 recifenses. Na mostra foram detalhados ainda as principais causas que levam as pessoas a participar das campanhas nas redes sociais. Neste aspecto, com 38% e assumindo a liderança da pesquisa ficou a resposta: “Para avaliar os políticos na hora de votar”. Em segundo lugar foi escolhida a opção “propaganda/divulgação” com 23,9% e posteriormente ficaram empatadas com 4,3% as opções “adquirir conhecimentos”, “conhecer melhor as propostas” e “ter mais influência”.

Outros assuntos também foram citados pelos recifenses, porém, com menores percentuais como: “pegar os políticos ladrões” com 3,3%, “é de fácil acesso” também com 3,3% e “ficar por dentro das novidades dos candidatos” com 2,2%. No final dos resultados e com apenas 1,1% falaram as seguintes justificativas: “mostram ficha limpa”, “mostram as mentiras”, “divulgação de resultado de pesquisa” e “apresentam propostas aos jovens”.  

Campanha eleitoral nas redes sociais - Atualmente tramita na Câmara Federal uma proposta, do deputado Cândido Vaccarezza (PT), que altera a legislação eleitoral para a disputa de 2014 liberando a campanha nas redes sociais antes da data estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pela proposta, os candidatos vão poder usar suas redes sociais, sites de relacionamento e de mensagens instantâneas para pedir votos durante a chamada pré-campanha, o que hoje não é permitido por lei. 

Caso Barack Obama – Em 2012 o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vivenciou o poder das redes sociais durante as eleições. O atual presidente americano teve com 400 atualizações de status somente na página oficial no Facebook. O que resultou em mais de 4 milhões de comentários, 7 milhões de compartilhamentos, 63 milhões de curtidas e 61.713.086 votos.

COMENTÁRIOS dos leitores