Para especialista não existe espiríto público na política

Helly Ferreira afirma que o aumento das manifestações pode ajudar a enxugar os gastos públicos

sab, 03/08/2013 - 15:49
Wilson Dias/ABr Cientista político ressalva que os grupos políticos só pensam neles mesmos Wilson Dias/ABr

Um dos pontos levantado nas manifestações é o gasto ilícito da máquina pública pelos representantes políticos. Os protestantes pedem nas ruas uma redução significativa do número de cargos comissionados. Segundo o professor e cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, Helly Ferreira, a pressão da opinião pública pode ajudar a diminuir a quantidade de funcionários contratados pela classe política. Para ele, inexiste espírito público nos grupos políticos.

“É possível que exista essa redução (de comissionados) se a população cobrar. Se não houver uma manifestação contra isso os políticos vão querer manter nas instituições as pessoas que não conseguem passar em um concurso público. É uma moeda de troca. Quantos mais funcionários tiverem mais votos o político vai ter”, analisou o professor.

Segundo o docente, quanto mais manifestações existirem, nos diferentes direcionamentos da sociedade, os representantes políticos vão ficar mais receosos para prejudicar a ordem pública.



“Estamos assistindo uma carga de informação cada vez maior por conta dos inúmeros protestos. Mas a força que elas podem alcançar podem aumentar a pressão ainda mais aos políticos. As instituições públicas ficariam de joelhos com receio da população”, explicou o cientista político.

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