Partidos não devem influenciar eleitores em 2014

População se identifica mais com candidatos do que com as legendas partidárias, aponta IPMN

qua, 09/10/2013 - 08:06

Com o registro do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o do Solidariedade, o Brasil atingiu a marca de 32 legendas no ano de 2013. No entanto, em vez de atrair adeptos, as siglas afastam os eleitores. Eles não acreditam mais nas representações partidárias e acabam se identificando com os candidatos a um cargo majoritário do que com os próprios partidos.

De acordo com a pesquisa do Instituto Maurício de Nassau (IPMN) sobre os partidos políticos, 63,3% dos entrevistados disseram que um partido de um candidato não influencia no voto para a Presidência da República.















“Hoje em dia os eleitores não querem saber da bandeira do presidente ou do partido desse mesmo presidente. Elas querem saber se o candidato é capaz de resolver os problemas. Além disso, as responsabilidades de um cargo presidencial afastam a “partidarização” do discurso presidencial. As proibições que estão na legislação não permitem que o presidente faça “propaganda” do partido”, explicou o cientista político Vitor Diniz.

A pesquisa do IPMN também mostra que, mesmo com a aversão aos partidos políticos, muitos entrevistados têm suas preferências partidárias em uma campanha eleitoral. Questionados sobre qual a legenda que desejam que vença a eleição presidencial, a grande maioria escolheu o PT (34,3%), em segundo lugar, os eleitores relataram que não preferem nenhuma outra legenda (18,4%). As siglas PSB (5,3%), PMDB (4,3%), PSDB (2,6%) e PV (1%) também foram lembrados.

No entanto, na mesma pesquisa, 17,8% dos entrevistados afirmaram que tem medo que o PT vença as eleições presidenciais.  Outros 16,5% foram céticos e prefere que nenhum outro partido os represente. O PMDB (8,4%), o PSDB (5,3%), o PSB (2,3%), o DEM (1,3%) e o PV (1,1) também foram citados.“O PT é de longe o partido mais institucionalizado do Brasil. Por isso é também o mais conhecido. Durante a trajetória do partido, o conteúdo programático foi sempre ressaltado. Outro ponto importante é que o PT está a frente do poder presidencial desde 2003 e isso também influencia em ser o mais preferido ou o mais rejeitado pelos eleitores”, ressaltou o analista.

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