Senado aprova Plano Nacional de Educação
Texto prevê a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor. Matéria retorna à Câmara
O Senado aprovou, nessa terça-feira (17), o projeto que estabelece o novo Plano Nacional de Educação (PNE). A sessão foi marcada por discussões entre os senadores que queriam continuar a análise e os que preferiram seguir para a deliberação. O texto agora retorna à Câmara, já que os senadores fizeram alterações na proposta anteriormente aprovada pelos deputados.
A matéria tramita há três anos no Congresso. O PNE valerá por 10 anos e tem 14 artigos, 21 metas e 177 estratégias que visam erradicar o analfabetismo e universalizar o atendimento escolar. O texto também propõe a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, com aumento gradativo ao longo dos 10 anos.
Confira as metas previstas no PNE:
1 Educação infantil (expansão da creche e universalização da pré-escola);
2 Ensino fundamental (universalização do acesso e conclusão na idade certa);
3 Ensino médio (universalização do acesso e matrícula na idade certa);
4 Educação especial (universalização do acesso e atendimento educacional especializado para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação);
5 Alfabetização na idade certa (8 anos, 7 anos e, ao final do plano, 6 anos);
6 Educação em tempo integral (50% das escolas e 25% dos alunos da educação básica);
7 Qualidade da educação básica (melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB);
8 Elevação da escolaridade de jovens de 18 a 29 anos e diminuição da desigualdade educacional (rural, Norte/Nordeste, 25% mais pobres);
9 Erradicação do analfabetismo e redução do analfabetismo funcional (50%);
10 Educação de jovens e adultos integrada à educação profissional (25% das matrículas do ensino fundamental e médio);
11 Educação profissional de nível médio (triplicar matrículas e assegurar 50% de vagas gratuitas);
12 Educação superior (expansão do acesso, especialmente população 18-24 anos);
13 Qualidade da educação superior e titulação do corpo docente (75% mestres e doutores, sendo 35% doutores);
14 Expansão da pós-graduação (60 mil mestres e 25 mil doutores por ano)
15 Formação de profissionais da educação (inicial e continuada);
16 Formação de professores da educação básica (formação continuada e pós graduação);
17 Valorização dos profissionais do magistério público (remuneração equiparada a demais profissionais);
18 Carreira dos profissionais da educação básica e superior (planos e piso salarial);
19 Gestão democrática do ensino público (básico e superior);
20 Investimento público em educação (10% do PIB);
21 Estimular Produção Científica (4 doutores por cada mil habitantes).