Campos faz balanço na Alepe e apresenta avanços

Em tom de despedida, ele criticou a economia e elencou os principais investimentos dos últimos 7 anos

por Giselly Santos seg, 03/02/2014 - 18:15
Juana Acioli/LeiaJáImagens De acordo com o governador, a Estado avançou em vários aspectos Juana Acioli/LeiaJáImagens

O governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), apresentou, nesta segunda-feira (3), um balanço geral dos últimos sete anos, dando ênfase a gestão em 2013. O discurso, que durou uma hora e dez minutos, fez parte da sessão solene de abertura das atividades parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De saída, da chefia do Executivo Estadual, o presidenciável criticou a administração da economia pelo Governo Federal e pontuou avanços em todas as áreas da gestão. 

Em linhas gerais, Campos destacou os investimentos em programas como o Pacto Pela Vida, premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU); na mobilidade urbana e na rede de ensino técnico e estadual. Além disso, também registrou o avanço do rendimento no Produto Interno Bruto (PIB), o aumento na oferta de emprego e a interiorização do desenvolvimento estadual. 

De acordo com o governador "o ano de 2013 foi atípico e difícil" nas questões econômicas e, principalmente, com a seca que castigou o Nordeste. Para ele a política de desoneração do governo de Dilma Rousseff (PT) contribuiu para a crise entre os estados, aumentando ainda mais as consequências da seca. No ano passado, 122 municípios pernambucanos decretaram estado de emergência. "As perdas econômicas e a degradação da qualidade de vida naquelas regiões foram significativas", afirmou Campos. 

"A crise que impactou as principais economias globais desde 2008 e que veio afetar significativamente a economia brasileira a partir de 2011 recrudesceu em nosso país no ano de 2013, muito em função da manutenção de um modelo econômico calcado em desonerações tributárias para estímulo ao consumo, política que, além de não ter sido capaz de gerar riquezas para o país e de afastar a ameaça da volta da inflação, ainda penalizou fortemente as receitas do nosso Estado e dos nossos municípios", acrescentou.

O governador lembrou ainda que o Estado, antes de 2006, era o mais violento, o terceiro pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Nordeste e perdia participação no Produto Interno Bruto (PIB) para o Ceará e a Bahia. Os hospitais conviviam com "problemas crônicos" de superlotação e o Estado configurava o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica  (IDEB) do país. Logo após o socialista citou as realizações dos seus sete anos de gestão, como a redução da violência com o programa Pacto pela Vida. "O Pernambuco de hoje retomou seu protagonismo regional e nacional. O Estado mudou. E mudou para melhor... Vivemos no Estado mais seguro do Nordeste", destacou. 

A educação técnica e a ampliação da economia de Pernambuco foram assuntos que mais se fizeram presentes no discurso do governador. Em 2012 Pernambuco alcançou um PIB, com 2,63%, a maior participação nacional do Estado, a expectativa, segundo Campos, é que em 2013 o percentual seja mantido nos mesmos patamares. Entre 2007 e 2013, 560 mil empregos foram gerados, resultando na expansão, em 48,18%, do mercado formal em 7 anos, ao tempo em que a população do Estado cresceu apenas 8,3% no mesmo período. Enquanto o País apresentava um cenário de desaceleração na geração de postos de trabalho no último ano, em Pernambuco o saldo foi positivo, tendo sido gerados 28.062 empregos em 2013. 

"Temos trabalhado muito para consolidar o desenvolvimento econômico de nosso Estado, buscando criar e consolidar iniciativas de inovação voltadas para os setores produtivos, expandir e mobilizar as bases de competência necessárias a esse desenvolvimento e qualificar continuamente a mão de obra do nosso Estado. Nesse sentido, implantamos e desenvolvemos programas como o Pernambuco no Batente, o Qualipetro e o Novos Talentos, que juntos capacitaram mais de 45 mil pernambucanos para sua inserção, com qualidade, nesses novos mercados de trabalho", ressaltou.

Além da prestação de contas, o presidenciável também pontuou alguns investimentos do Governo para 2014. Eduardo Campos deixará o governo em abril, para disputar a Presidência da República. Quem assumirá o comando do Executivo é o vice-governador, João Lyra Neto (PSB). 

 

Veja no arquivo o discurso completo do governador:

 

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