Brasil e Chile querem ampliar parceria na região

Em reunião nesta manhã, as presidentes Dilma e Bracelet conversaram sobre projetos nas áreas de energia, infraestrutura e educação

ter, 11/03/2014 - 14:53
Roberto Stuckert Filho/PR Dilma Rousseff foi ao Chile para a cerimônia de posse da presidente Michelle Bracelet, eleita para o segundo mandato Roberto Stuckert Filho/PR

A presença da presidente Dilma Rousseff na cerimônia de posse da presidente eleita do Chile, Michelle Bracelet, demonstra a intenção dos dois países em estreitar as relações comerciais nos próximos anos. Atualmente, o Chile é terceiro maior parceiro comercial do Brasil na América Latina e Caribe, ficando atrás apenas da Argentina e do México.

Na manha desta terça-feira (11), Dilma e Bracelet tiveram um encontro de trabalho. Logo após a rápida reunião, a presidente do Brasil reafirmou o desejo de ampliar a relação com o Chile. "Essa é uma relação que nós vamos querer ampliar, é um processo de relacionamento que significa não só investimentos diretos de empresas brasileiras aqui, mas de empresas chilenas lá no Brasil. E também é o grande processo de integração regional, que serve para várias coisas, mas, sobretudo, para construir um ambiente de desenvolvimento, de inclusão social e de democracia nos nossos países", frisou.

Segundo o subsecretário-geral da América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antonio José Ferreira Simões, na reunião, as duas presidentes falaram sobre projetos em conjunto nas áreas de energia, infraestrutura e educação, além da parceria comercial. "Esse comércio é muito variado, e é preciso também lembrar que o Chile tem no Brasil os maiores investimentos externos que esse país tem no exterior. Eles se elevam a quase US$ 22 bilhões, e o Brasil investe no Chile US$ 3 bilhões", destacou o embaixador.

Bracelet foi eleita para o segundo mandato no Chile. Para Dilma, o grande desafio é reduzir as desigualdades sociais e garantir a inclusão de pessoas das classes com menos poder aquisitivo. "Eu acho que esse é o desafio dela e o de cada um de nós: presidentas e presidentes dessa região. Porque é uma região que historicamente teve um grau de desigualdade muito grande – ainda tem", disse em entrevista coletiva após o encontro.

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