Câmara destacou a importância do PDT no estado, mas afirmou que vai respeitar a decisão Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

O candidato da Frente Popular de Pernambuco ao governo estadual, Paulo Câmara (PSB), lamentou, nesta quarta-feira (25), a saída do PDT da Frente Popular para ingressar na coligação Pernambuco Vai Mais Longe, liderada pelo senador e pré-candidato ao governo, Armando Monteiro (PTB). O posicionamento foi tomado na última segunda (23) pelo presidente nacional da sigla e, agora, presidente estadual, Carlos Lupi. 

"O PDT está com a Frente desde 1986 e todos nós sabemos a importância de Zé Queiroz para o PDT de Pernambuco. E esta foi uma decisão contrária à majoritária do partido aqui em Pernambuco e a gente recebe lamentando muito. O PDT é importante, mas temos que respeitar a decisão", frisou Câmara, após participar de uma reunião com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, no bairro das Graças.

A decisão não agradou a todos os pedetistas, gerando uma indisposição partidária. Fiéis escudeiros do PSB no estado o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), e o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT), são duas lideranças das que são contrárias ao desembarque da Frente. Indagado sobre o relacionamento com os dois, Paulo Câmara garantiu que ambos permanecem no seu palanque.

"Já conversamos com eles, estamos muito solidários aos dois. O apoio deles é nosso. Estamos tranquilos com relação eleitoral, o que gostaríamos mesmo era tê-los integrando a aliança, é importante ter um partido com a história do PDT com a gente", ponderou o candidato. Segundo ele, "uma parte pequena" da legenda não estará marchando com a Frente.