Barbosa afirma deixar o STF com sensação de dever cumprido
Segundo o magistrado, foi "um privilégio imenso tomar decisões importantes para o país
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, participou, nesta terça-feira (1°), da sua última sessão como ministro da Corte. O magistrado afirmou que deixa o STF com a sensação de dever cumprido e pontuou que o sucessor terá que ser "um estadista ou um estadista em potencial", com abertura para aprimoramentos.
"Saio tranquilo, com a alma leve, e, o que é fundamental, com o sentimento de cumprimento de dever. (...) A sensação depois de 11 anos é boa. Foi um privilégio imenso tomar decisões importantes para o país. Não só eu, mas toda a corte. O Supremo teve papel extraordinário para a democracia", frisou Barbosa. Para o magistrado, o período em que passou no STF foi turbulento "só para a imprensa", para ele "nem um pouco".
Deixando o plenário do STF, em meio a uma reunião recheada de discussões, Barbosa saiu sem avisar e não deu espaços para a despedida dos outros ministros. "Sou low profile. Não gosto de homenagens", observou.
Política e o pleito eleitoral deste ano
Joaquim Barbosa reforçou, ao deixar o STF, que não tem pretensões de pleitear um cargo público. "A política não tem na minha vida essa importância toda. A não ser como objeto de estudo, mas uma política bem elevada", disse. "Não tenho esse apreço todo pela política do dia a dia", acrescentou.
Sobre as eleições deste ano, o presidente do Supremo não quis revelar se vai ou não apoiar algum candidato. "A partir do dia que for publicado o decreto da minha aposentadoria, exoneração, serei um cidadão como outro qualquer absolutamente livre para tomar as posições que eu entender adequadas e apropriadas e no momento devido. Aqueles que acompanham a minha atuação aqui há anos saberão com certeza o que eu vou fazer e o que eu evitarei fazer", ressaltou.