Durou muito pouco aquilo que muita gente achava que iria acontecer a disputa da presidência do Brasil pelo ex-ministro Joaquim Barbosa que por sinal já desistiu do pleito e disparou que, “este pleito não irá mudar o Brasil”. O ex-ministro disse em alto e bom tom: "Não acredito que esta eleição mude o país. O Brasil tem problemas estruturais gravíssimos, sociológicos, históricos, culturais, econômicos". Essa fala de Barbosa foi concedida em entrevista ao jornal Valor Econômico. Barbosa disse temer que a escolha do novo mandatário brasileiro aprofunde as desigualdades sociais. "Meu temor é que os grupos que são indiferentes a isso vão se unir para dominar esse processo eleitoral. Se uniriam contra mim, não tenho dúvidas." Ainda em grande entrevista ao jornal o ex-presidente do Supremo afirmou que não vê "glamour na vida de quem tem poder" e que não morre de amores pelo poder. "Tudo aquilo que leva os políticos a conquistar o poder, nunca me atraiu." Justificando sobre a vida política, Barbosa disse que se filiou ao PSB há um mês, no prazo para quem deseja concorrer a um cargo, porque até então ainda tinhas dúvidas sobre seguir ou não a carreira política. Lamentou que o sistema eleitora do país não permite candidaturas avulsas.
E agora?
A bancada do PSB na Câmara dos Deputados fez reunião ontem depois de ter sido surpreendida, pela desistência de Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, de concorrer à Presidência da República. Todos do partido ficaram feito barata tonta sem saber o que fazer.
Chamado
O líder Julio Delgado (MG) convocou os deputados para discutir a situação eleitoral do partido. O foco do PSB é eleger governadores – a sigla planeja disputar em 10 Estados – e ampliar sua bancada federal, de deputados e senadores.
Sem plano alternativo
O líder do PSB na Câmara, deputado Julio Delgado (MG), disse que o PSB “não tem um plano B” na eleição presidencial após o ex-ministro Joaquim Barbosa desistir da disputa. “Acho muito difícil (outra candidatura própria). O PSB não tem plano B. A eleição perdeu seu grande nome”, disse o parlamentar. Mais uma vez o PSB passa por uma eleição presidencial sem colocar um nome na disputa.
Aqui em Pernambuco a oposição denuncia que o Governo Paulo Câmara corta R$ 60 milhões de programas sociais, denuncia Silvio Costa Filho
O governo Paulo Câmara cortou, nos últimos três anos, R$ 60 milhões do orçamento dos programas sociais do Estado, incluindo ações como o Chapéu de Palha, Mãe Coruja e Ganhe o Mundo, saindo de um orçamento de R$ 200 milhões em 2014 para R$ 140 milhões no ano passado.
O que diz o porta voz?
De acordo com o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os números mostram a inversão de prioridades do Governo do Estado. “Enquanto cortou R$ 60 milhões nas ações sociais nos últimos três anos, o Estado gastou mais de R$ 120 milhões com a Arena Pernambuco no mesmo período e mais de R$ 50 milhões com publicidade”, compara o parlamentar.
Dados disponibilizados
A maior queda, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência, se deu no Chapéu de Palha, programa criado pelo ex-governador Miguel Arraes em 1988 para combater os efeitos do desemprego entre os trabalhadores no setor canavieiro. O programa teve seu orçamento reduzido em mais de R$ 30 milhões, saindo de um desembolso anual de R$ 83,7 milhões em 2014 para R$ 51,87 milhões em 2017, prejudicando muitas famílias que dependem do programa.
Redução no dinheiro
Já o Mãe Coruja, teve os investimentos reduzidos a um-terço de seu orçamento de três anos antes, com queda de R$ 9,79 milhões pagos para R$ 3,77 milhões. Também não escaparam dos cortes o Ganhe Mundo, que teve os investimentos reduzidos de R$ 58,99 milhões para R$ 32,90 milhões, e o programa Atitude, que teve os desembolsos reduzidos de R$ 25 milhões para R$ 17,72 milhões.
Outro baque
O programa Atitude, que deveria ter seu orçamento ampliado como forma de ampliar a prevenção à violência, teve os investimentos reduzidos nos últimos três anos. Isso acarreta, automaticamente, no aumento da criminalidade porque não existe um trabalho amplo de prevenção da maneira que deveria ser feito.
O líder da oposição solta o verbo
“Se fosse cumprir a Lei Orçamentária Anual de 2017, deveriam ter sido disponibilizados mais de R$40 milhões para o programa, mas infelizmente foram apenas R$17 milhões. Entendo que governar é elencar prioridades, mas não é isso que o governador Paulo Câmara está fazendo. É mais importante fazer investimentos nas áreas sociais do que gastos com consultoria, então é fundamental cuidar das pessoas”, questiona Silvio.
Geddel vieira continua preso
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter na cadeia o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso desde setembro do ano passado no presídio da Papuda, em Brasília.
Votaram pela manutenção da prisão:
Edson Fachin; Dias Toffoli; Ricardo Lewandowski; Gilmar Mendes; Celso de Mello. Mais cedo, durante a sessão, Geddel, o irmão e deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe Marluce Vieira Lima e outros dois acusados se tornaram réus por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Rejeição
Os ministros do Supremo rejeitaram, contudo, a denúncia contra Gustavo Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador. Pouco antes de os ministros acolherem a denúncia, a Segunda Turma decidiu manter o caso no Supremo.
Escândalo
O deputado federal Danilo Cabral (PSB/PE) criticou a tentativa de aumento do salário do Presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, hoje, durante a reunião da Comissão que discute o Projeto de Lei 9463/18, sobre a Privatização da empresa e de suas subsidiárias. Durante entrevista em meu programa de rádio na CBN Recife 105,7 ele já havia se manifestado sobre o tema.
Imoral
Para o socialista, “isso é uma imoralidade. Se o governo está pregando o equilíbrio fiscal, não pode permitir uma conduta como essa. Em um governo sério, o presidente da Eletrobrás já estaria demitido”. Danilo também agradeceu a presença do Ministro da Fazenda, mas cobrou a presença do Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.
Mais um Pernambucano na Lava Jato
Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele passará a responder uma ação penal no âmbito da Operação Lava Jato.
Mais um
Eduardo da Fonte é o sexto deputado a virar réu na Lava Jato no STF – há ainda mais cinco senadores réus. O deputado do Progressistas foi acusado de receber R$ 300 mil da construtora UTC para beneficiar a empresa com um contrato na Petrobras. O caso teria ocorrido entre 2009 e 2010, durante seu mandato anterior como deputado federal.