Marina: houve 'mal entendido' sobre saída de Siqueira

A candidata disse que pediu que o comitê financeiro da candidatura fosse assumido por um de seus mais próximos aliados

qui, 21/08/2014 - 14:00
ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO Marina esteve acompanhado do coordenador financeiro da campanha Basileu Margarido, em reunião hoje, em Brasília ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, classificou nesta quinta-feira de "mal entendido" as divergências que levaram à saída de Carlos Siqueira da coordenação geral da campanha. A candidata relatou que disse aos dirigentes do partido, em uma reunião ontem (20), que o nome para a coordenação da campanha seria indicado pela cúpula socialista. "Eu não iria fazer interferência na coordenação já indicada pelo PSB", disse a ex-ministra. "Estamos diante de uma situação que tem um mal entendido e o próprio PSB precisa entender".

Marina disse que pediu que o comitê financeiro da candidatura fosse assumido por um de seus mais próximos aliados, Bazileu Margarido, e que o porta-voz da Rede, Walter Feldman, ficasse como coordenador-adjunto da campanha. De acordo com relatos de pessoas presentes à reunião de ontem, Siqueira entendeu que, com o gesto, estava sendo afastado das funções pela agora candidata, confirmada ontem pela Executiva nacional do PSB.

Carlos Siqueira deixou hoje o posto ao chegar na sede da legenda, em Brasília. De acordo com o marqueteiro, a campanha entra agora em uma nova fase e que ele ocupava o cargo quando o candidato era o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente aéreo. "Eu estava na coordenação de uma pessoa que era do meu partido e em quem eu tinha confiança", afirmou.

Mais saídas

Marina não respondeu diretamente se o PSL estava de fato deixando a aliança e disse apenas que o partido não estava presente nesta reunião por "circunstâncias pessoais". A presidenciável repetiu hoje que os compromissos "programáticos" acertados pela aliança PSB-Rede, costurado por Campos, eram os compromissos da coligação.

Ela citou bandeiras como o aumento de investimentos na área da saúde, a adoção do Passe Livre e a educação em tempo integral, além da melhora da infraestrutura brasileira. "Não faz sentido o Brasil perder 30% da sua produção agrícola por falta de infraestrutura", disse.

 

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