Pasta para segmentos sociais será criada, garante Câmara
Segundo governador, nova estrutura está prevista desde o programa de governo dele, apresentado durante a campanha
Apesar das polêmicas em torno da criação da secretaria executiva que deverá abrigar os segmentos sociais, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), garantiu, nesta quarta-feira (25), que a implantação da pasta está mantida. O socialista deixou claro que a iniciativa é um dos compromissos do programa de governo dele, deixando a entender que já era da ciência dos aliados evangélicos.
“Temos que governar Pernambuco por inteiro, olhando para todos os segmentos, temos compromissos com a população indígenas, para os negros e os LGBTs”, argumentou após participar da assinatura do protocolo de intenções para a recuperação de três trechos da BR-101 Sul e um da PE-08, no Palácio do Campo das Princesas.
A nova estrutura foi alvo de inúmeras críticas por parte dos deputados estaduais que compõem a bancada evangélica da Assembleia Legislativa (Alepe). Mesmo aliados do governo, nomes como o do pastor Cleiton Collins (PP), presbítero Adalto Santos (PSB) e Joel da Harpa (PROS) protagonizaram as a discussão. Collins chegou a afirmar, inclusive, que o Governo do Estado “deveria se preocupar com temas como educação e saúde”.
“Isso já é um compromisso do meu programa de governo, de ter uma estrutura para olhar pelos segmentos e nós vamos atuar”, rebateu o governador. “Esta secretaria dá uma atuação ao que já é feito hoje de maneira separada, vai ter uma coordenação para o trabalho ser mais eficaz”, acrescentou.
Protocolo de intenções
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), assinou, nesta quarta-feira (25), um protocolo de intenções selando parcerias com empresas privadas para a recuperação de três trechos da BR-101 Sul e um da PE-08, considerados os gargalos da mobilidade para os empreendimentos instalados no Porto de Suape, em Ipojuca, e suas adjacências. Integram o grupo do convênio a Cone S/A, a M. Dias Branco, a Solar Coca-Cola e o R.E.D.E. Suape.
As companhias vão ficar à frente das obras de infraestrutura, que estão orçadas em R$ 12,4 milhões, e como contrapartida receberão descontos no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de até 5% em cima da arrecadação mensal das empresas.
A parceria entre o governo e a iniciativa privada atende requesitos do Programa de Desenvolvimento da Infraestrutura Industrial (Proinfra). O projeto agora segue para a reanálise de orçamentos e a aprovação do comitê das empresas, depois passará por licitação no governo para só a partir daí iniciar as obras. A expectativa, de acordo com o grupo é de que a intervenção fique pronta até fevereiro de 2016.