Ajuste fiscal é freio de arrumação, avalia Humberto Costa

Senador comemorou a aprovação da Medida Provisória 665/2014. O texto altera critérios para a concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso

por Giselly Santos qua, 27/05/2015 - 08:38
Assessoria de Imprensa/ Liderança do PT Para o senador, as consequências da crise econômica iniciada em 2007 permanecem gerando, no mundo inteiro, milhões de desempregados Assessoria de Imprensa/ Liderança do PT

Os senadores aprovaram nesta terça-feira (26), por 39 votos favoráveis e 32 contrários, a Medida Provisória nº 665/2014, que altera critérios para a concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, destacou a importância da aprovação da matéria no atual momento do país e criticou o comportamento da oposição que, segundo ele, cobra postura austera da presidenta Dilma Rousseff (PT), mas votou contra o projeto.

“Estamos completando essa etapa difícil, porém necessária, para que o Brasil continue no seu roteiro de avanços, crescimento econômico, geração de mais empregos e renda e siga a ser um país fruto do trabalho dos brasileiros e preocupado com a distribuição de renda”, afirmou Humberto. O texto segue, agora, para a sanção da presidenta Dilma Rousseff. 

Para o senador, as consequências da crise econômica iniciada em 2007 permanecem gerando, no mundo inteiro, milhões de desempregados, redução acentuada da atividade produtiva e recessão. Segundo ele, a situação “não chegou antes ao Brasil porque os governos Lula e Dilma adotaram um conjunto de ações exatamente para evitar os efeitos da crise internacional”.

“Foram sete anos difíceis. Obviamente que uma política como essa precisava que o cenário internacional se modificasse para o seu incremento. Infelizmente, isso não aconteceu. Já não é mais possível seguir com essa política e por isso o governo faz um freio de arrumação agora para reconstruir a credibilidade da política econômica”, observou.

Mudanças

A MP encaminhada pela Presidência da República foi alterada durante a sua tramitação no Congresso, após acordos entre o Governo, os parlamentares e as centrais sindicais. Agora, pela proposta, o trabalhador poderá receber, por exemplo, o seguro-desemprego após 12 meses de trabalho, e não 18 meses como o previsto inicialmente.

Em relação ao abono salarial, o projeto prevê que o benefício será garantido proporcionalmente ao tempo trabalhado, dispositivo semelhante ao que ocorre com o pagamento do 13º salário. A proposta original estabelecia mínimo de um ano trabalhado para se ter acesso ao abono.

COMENTÁRIOS dos leitores