Robgol nega envolvimento em fraudes e acusa ex-namorada

Em depoimento à Justiça, ex-deputado afirmou que é acusado por Mônica Pinto por "vingança". Atacante que se destacou pelo Paysandu teria se beneficiado de esquema de funcionários "fantasmas" na Alepa.

sab, 12/12/2015 - 16:26
Divulgação Robgol afirma que teve relacionamento amoroso de quase um ano com Mônica Pinto Divulgação

Em depoimento nesta sexta-feira (11), no Fórum Criminal de Belém, o ex-deputado estadual José Robson do Nascimento, o Robgol, negou ter participado do esquema de funcionários “fantasmas” na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Conhecido pelas suas atuações pelo Paysandu e outros clubes do país, o ex-jogador afirmou que seus parentes trabalhavam para ele e não recebiam salários da Casa.   

“Meus irmãos não eram funcionários fantasmas e nem laranjas”, disse Robgol à juíza da 11ª Vara de Belém, Alda Gessyane Tuma. O ex-deputado, eleito em 2006, alegou também que não recebia os salários de funcionários da Alepa, diferente das acusações de Mônica Pinto, ex-chefe da Divisão de Pessoal do Legislativo.

No final de novembro, Mônica Pinto afirmou em interrogatório que Robgol tinha parentes incluídos na folha de pagamento sem a prestação de serviços à Assembleia Legislativa. Entre eles estavam irmãos do ex-jogador e até a mãe e uma empregada doméstica da depoente. José Robson é natural de Barra de São Miguel, na Paraíba.

Para Robgol, Mônica Pinto o acusa por “vingança”. Eles namoraram por aproximadamente um ano. O ex-deputado afirmou que a traiu e estaria sendo prejudicado por isso. Ele informou que empregava somente 35 assessores e que todos trabalhavam em Belém, mas nem sempre em seu gabinete. O advogado de Robgol, Roberto Lauria, reforçou que as acusações são improcedentes.

Histórico - Também foram ouvidas pela juíza Alda Gessyane Tuma outras duas acusadas pelas fraudes, Daura Xavier Hage e Maria Genuína Carvalho de Oliveira. Ao todo 14 servidores são citados na ação penal. Eles estariam ligados a esquema que incluía dados cadastrais de supostos servidores e estagiários na folha de pagamento da Alepa. Os salários dos “fantasmas” eram divididos entre os integrantes do grupo.  

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