Marco Zero abriga vigília pela democracia

De acordo com o líder da Central única de Trabalhadores (CUT), Carlos Veras ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é um golpe

por Pedro Oliveira dom, 17/04/2016 - 14:13
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Com muito coco e ciranda, os líderes e simpatizantes protestam contra a ação de impeachment Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Após a concentração e acampamento na Praça do Derby, desde a última quinta-feira (15), os integrantes dos movimentos sindicais e sociais pró-Dilma começam a chegar ao Marco Zero, área central do Recife. Os manifestantes estão sendo recebidos com a apresentação do grupo Coco de Amaro de Olinda, Região Metropolitana do Recife. Com muito coco e ciranda, os líderes e simpatizantes protestam contra a ação de impeachment que está em votação na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília.

De acordo com o líder da Central única de Trabalhadores (CUT), Carlos Veras ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é um golpe. “Não vamos ficar aparados. Isso que está acontecendo com a presidente é um golpe e não vamos cruzar os braços. Caso haja o ‘impeachment’ as classe trabalhadora vai parar”, falou Veras. Ainda em entrevista ele reforçou que tudo o que foi conquistado durante os 12 anos de poder do PT será perdido. “Não podemos admitir que Cunha, suspeito de corrupção e desvio de verba coloque para frente esse golpe. Se isso acontecer, as classes menos favorecidas são as mais vão sofrer”, concluiu.

O engenheiro Mauro Roberto, que estava assistindo a mobilização avaliou que com o impeachment ou sem ele, a situação do Brasil não mudará. “Temos que pensar que o problema é o sistema político do Brasil, que é partidário. Sempre há interesses pessoais e políticos que norteiam as articulações dos políticos que estão no poder e os que querem chegar lá. Sinceramente, para mim, com ou sem o PT no poder a situação será a mesma, um País com articulações políticas cíclicas”, argumentou Mauro.

A administradora de casa Rosa Maria da Silva relatou que é contra a saída de Dilma Rousselfs do poder e que este é o momento de ir para as ruas protestar e lutar contra o golpe. “Está claro que é um grande golpe. Como é possível o presidente da Câmara, acusado de tanta corrupção esteja à frente do impeachment?”, questionou e ainda afirmou, “Ainda não tem nada comprovado que Dilma é culpada ou está envolvida em desvio de verba pública”, disse.

Segundo Carlos Veras, da CUT, neste domingo (17) será difícil precisar a quantidade de manifestantes que estarão na rua, mas são esperados aproximadamente cinco mil pessoas.

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