Após multa, Krause pede clareza nas regras da pré-campanha

Deputada foi acusada pelo MPE de ter extrapolado os limites permitidos na fase de pré-campanha ao utilizar um link patrocinado no Facebook que, segundo o órgão, remetia a campanha

por Giselly Santos ter, 24/05/2016 - 13:37

Pré-candidata a prefeita do Recife, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) defendeu, nesta terça-feira (24), uma maior clareza nas regras eleitorais para o pleito deste ano, principalmente com a internet sendo utilizada constantemente pelos postulantes a cargos eletivos. A defesa da democrata acontece um dia após ela ser condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) a pagar uma multa de R$ 5 mil por propaganda irregular na web.   

De acordo com o TRE, Krause foi acusada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de ter extrapolado os limites permitidos na fase de pré-campanha ao utilizar um link patrocinado no Facebook que, segundo o órgão, remetia a campanha.  “O anúncio 'patrocinado' suprime consideravelmente o caráter democrático da rede social, ferindo – no caso da pré-campanha eleitoral – o princípio da isonomia entre os pré-candidatos, privilegiando aquele que dispõe de mais vigor financeiro para custear suas publicações, permitindo, assim, atingir um número infinitamente maior de usuários do que conseguiria através de um anúncio gratuito”, justifica a decisão do juiz coordenador da Propaganda Eleitoral do TRE-PE, Clicério Bezerra.

Priscila Krause contestou a postura do Tribunal e disse que vai recorrer da decisão. Para a pré-candidata, a punição aplicada “modifica consideravelmente as possibilidades de discussão, via redes sociais, dos caminhos que envolvem a nossa sociedade”. “A postagem considerada irregular pelo Tribunal não cita o Recife, não fala sobre eleição, pré-candidatura, muito menos pedido de votos. Apenas apresentei o vídeo da inserção partidária que ia ao ar naquela noite, dentro do que permite a lei dos partidos. Patrocinei a postagem, fato muito comum nas redes sociais atualmente”, explicou a democrata.

Dizendo fazer política buscando o “diálogo com o cidadão”, a deputada pontuou ter ficado “surpresa” com a condenação” e disse ainda que está “sempre linkada nas tecnologias que permitem ampliar o debate”.  “Esse fato impõe a urgente definição das regras eleitorais para o pleito de 2016, evitando que a judicialização do processo, iniciado no Recife com essa decisão a mim imputada, venha confundir o eleitorado e desequilibrar uma futura disputa", alertou.

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