Rodrigo Maia prega fim do centrão e propõe unidade da base

Entre as prioridades da pauta para o período de mandato tampão, o presidente citou a agenda econômica e temas da reforma política

por Giselly Santos qui, 14/07/2016 - 14:26

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou, nesta quinta-feira (14) que vai trabalhar para que o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) tenha a base parlamentar unida. Para isso, ele pregou a extinção do chamado “centrão” e da “antiga oposição”. Sob a análise do democrata, é preciso olhar para o futuro e restabelecer a parceria legislativa entre a Casa e o Senado Federal. 

“Hoje nós temos uma base do governo, com 400 deputados, não vamos separar mais a base entre a antiga oposição e o chamado ‘Centrão’ — isso gerava divisões desnecessárias e atrapalhava o Brasil. Vamos trabalhar em conjunto com os líderes para que o governo tenha uma base unida. Ninguém é do bloco A ou do bloco B. Temos um projeto de governo e a base precisa trabalhar junta. É assim que eu vou ajudar”, argumentou.

Entre as prioridades da pauta, o presidente citou a agenda econômica e temas da reforma política. “Nosso sistema político faliu, ruiu”, disparou. Questionado pela imprensa sobre um possível esvaziamento da Câmara no segundo semestre, por conta do período eleitoral, Maia disse que a ideia é fazer acordo com os deputados para estabelecer “semanas de votação” e “superar agendas que estão na ordem do dia e construir outras, como os temas da reforma política”.

Rodrigo Maia pontuou ainda que pretende atuar junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para que deputados e senadores voltem a trabalhar de forma integrada. “Vamos escolher pautas em conjunto, para que possamos superar a crise e reformar muitos temas no Brasil. É fundamental que a Câmara e o Senado voltem a ter um diálogo saudável, que deixamos de ter a muito tempo”, salientou. 

O democrata foi eleito presidente da Câmara dos Deputados na noite dessa quarta-feira (13) com 285 votos. Ele substitui o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que renunciou ao cargo no último dia 7. Ele cumprirá um mandato tampão até fevereiro de 2017.

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