Haddad defende PT: País pode ter retrocesso social
Na avaliação dele, o País corre o risco de ter um retrocesso no âmbito social, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo, podendo atingir áreas sociais, sugerida por Temer seja aprovada
Passada a definição do impeachment de Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, defendeu seu partido em campanha na periferia da capital paulista. Ele ainda comparou o estilo de governar da legenda com o do PMDB, da adversária Marta Suplicy e do presidente Michel Temer. Conforme o prefeito, por mais que haja dificuldades, o PT tem "30 anos de luta para melhorar as cidades", e ajudou a melhorar a vida dos moradores de São Paulo, especialmente da periferia. "É o 13 que fez e faz a diferença", disse, durante discurso para militantes, neste sábado (3), em Heliópolis, a favela mais populosa de São Paulo.
"O PMDB nunca fez nada para o povo da periferia", alfinetou. "O País era uma fazenda. A casa grande e a senzala. Quem começou a mudar a história fomos nós (PT)", completou.
Na avaliação de Haddad, o País corre o risco de ter um retrocesso no âmbito social, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo, podendo atingir áreas sociais, sugerida por Temer seja aprovada. "Vamos continuar avançando na saúde e na educação, porque o povo ainda precisa do Estado. (Serão) Quatro anos de luta. Me levem para o segundo turno e deixem os caras (os demais candidatos) comigo. Eles não têm proposta", solicitou, ao se lembrar do mesmo pedido feito em Heliópolis nas eleições de 2012, quando sua intenção de voto nas pesquisas estava aquém do então concorrente José Serra (PSDB).