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Passada a definição do impeachment de Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, defendeu seu partido em campanha na periferia da capital paulista. Ele ainda comparou o estilo de governar da legenda com o do PMDB, da adversária Marta Suplicy e do presidente Michel Temer. Conforme o prefeito, por mais que haja dificuldades, o PT tem "30 anos de luta para melhorar as cidades", e ajudou a melhorar a vida dos moradores de São Paulo, especialmente da periferia. "É o 13 que fez e faz a diferença", disse, durante discurso para militantes, neste sábado (3), em Heliópolis, a favela mais populosa de São Paulo.

"O PMDB nunca fez nada para o povo da periferia", alfinetou. "O País era uma fazenda. A casa grande e a senzala. Quem começou a mudar a história fomos nós (PT)", completou.

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Na avaliação de Haddad, o País corre o risco de ter um retrocesso no âmbito social, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo, podendo atingir áreas sociais, sugerida por Temer seja aprovada. "Vamos continuar avançando na saúde e na educação, porque o povo ainda precisa do Estado. (Serão) Quatro anos de luta. Me levem para o segundo turno e deixem os caras (os demais candidatos) comigo. Eles não têm proposta", solicitou, ao se lembrar do mesmo pedido feito em Heliópolis nas eleições de 2012, quando sua intenção de voto nas pesquisas estava aquém do então concorrente José Serra (PSDB).

O Facebook inaugurou, nesta terça-feira (17), um laboratório de inovação, instalado no Centro para Criança e Adolescente (CCA-PAN) em Heliópolis, na zonal Sul de São Paulo.

O laboratório inaugurado faz parte do projeto Facebook na Comunidade. A iniciativa, pioneira no mundo, tem como objetivo despertar na sociedade o interesse por tecnologia e capacitar empreendedores e comerciantes para que utilizem a rede social como plataforma de inovação e negócios.

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A iniciativa é resultado da parceria do Facebook com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Interactive Advertising Bureau do Brasil (IAB Brasil) e da articulação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério de Relações Exteriores do Brasil junto a empresas do Vale do Silício.

Uma pesquisa feita na comunidade de Heliópolis revelou que existem cerca de cinco mil pequenos negócios. No entanto, 80% desses empreendimentos não utilizam o Facebook como ferramenta de negócios. "Nossa ambição é conseguir fazer também com que esses empreendedores de fato usem a rede social para se comunicar com os seus clientes, gerar negócios e mais riquezas para a comunidade", afirmou o diretor para Pequenas e Médias Empresas do Facebook no Brasil, Patrick Hruby. "É um projeto piloto e temos certeza que o seu sucesso permitirá a sua expansão para mais comunidades no Brasil e no mundo", concluiu.

No laboratório, as 180 crianças e adolescentes atendidos pela instituição e os comerciantes da região terão acesso a 15 computadores de última geração, conectados à internet. Cinco jovens da própria comunidade foram selecionados – entre 80 candidatos – para atuar como multiplicadores de conhecimento, auxiliando os empresários do bairro. Eles estão sendo treinados pelo Facebook, pelo Sebrae e pelo IAB Brasil, entidade sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento do mercado de mídia e parceira no projeto.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, esteve presente na inauguração. Ele destacou a importância da inclusão digital em comunidades do País. "O Laboratório de Inovação do Facebook é um dos símbolos dos esforços de democratização que devem ser feitos para transformar ciência, tecnologia e inovação em serviços acessíveis à população", afirmou.

Aldo Rebelo também destacou a receptividade do povo brasileiro às novas tecnologias, em especial ao Facebook. Segundo dados da companhia, o Brasil possui cerca de 92 milhões de usuários registrados na rede social, atrás apenas da Índia e dos Estados Unidos. No entanto, no quesito de interatividade, superou a Índia no último período eleitoral, com 670 milhões de interações, contra 270 milhões no país asiático.

Com informações do MCTI

O Polo Educacional de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, ganhará a bandeira de Centro Educacional Unificado (CEU). A gestão Fernando Haddad (PT) iniciou neste mês a construção dos últimos três prédios previstos no projeto original do espaço, desenvolvido pelo arquiteto Ruy Ohtake em 2006. Orçadas em R$ 29,3 milhões, as obras preveem uma biblioteca, um ginásio esportivo e uma torre para uso social.

Licitada ainda no governo de Gilberto Kassab (PSD), a unidade fará parte da lista de 20 novos CEUs prometida por Haddad ainda na campanha eleitoral. Projetados como uma espécie de "puxadinhos" de equipamentos existentes, como clubes escola e centros comunitários, os futuros polos serão mais baratos, menores e mais perto da área central - os bairros da Mooca e Tatuapé, por exemplo, estão contemplados na proposta do petista.

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O futuro CEU Heliópolis será uma adaptação do polo educacional da comunidade, formado atualmente por duas escolas municipais, três creches, um teatro infantil, um centro cultural e uma Etec (Escola Técnica Estadual). Em funcionamento desde 2009, o complexo recebe cerca de 10 mil pessoas por dia.

"É uma satisfação saber que a Prefeitura vai complementar esse projeto, que vem sendo desenvolvido há sete anos, em parceira com todas as últimas gestões. Tudo começou ainda no governo da prefeita Marta Suplicy (PT), quando identificamos o potencial dessa área, que na época era apenas um enorme matagal", conta Ohtake.

A biblioteca será o primeiro prédio a ser entregue à população. Para a conclusão do projeto, Ruy Ohtake desenhou novos acessos, como uma rampa para facilitar a entrada e saída de cadeirantes e idosos. A terceira idade, aliás, ganhará uma sala na chamada "torre da cidadania", prédio de seis andares que aproveitará o desnível do terreno de 36 mil m².

Para a gestora do atual polo, Arlete Persoli, a proposta é bem-vinda, desde que obedeça às características originais do projeto. "Aqui, a concepção das atividades é feita com participação popular. Temos interesse em ver esse espaço virar um CEU, até porque essa é a vocação dele, mas a relação com a comunidade deve ser mantida", diz.

Sem muros

O Clube da Comunidade Tide Setubal, em São Miguel Paulista, na zona leste, também faz parte da lista de Haddad. Formado por um conjunto esportivo, um telecentro e um ponto de leitura, o espaço será integrado fisicamente a duas escolas municipais e um minibalneário localizados no quarteirão vizinho. Para a concepção do futuro CEU Tide Setubal, os muros serão derrubados e parte dos prédios, reformada.

O anúncio à comunidade já foi feito pelo prefeito, que também pretende construir ali um teatro. De acordo com a presidente do conselho da Fundação Tide Setubal, Maria Alice Setubal, a ação de integração dos trabalhos, além de ampliar o tempo de permanência do aluno no espaço, dará também maior diversidade às atividades. "Esse princípio já está presente em diversas redes, mas precisa ganhar mais impulso, pois existem muitas ações esportivas e culturais acontecendo na periferia que podem e devem contribuir para a o desenvolvimento da educação", diz Maria Alice.

Situação semelhante é programada para ocorrer nas ruas Taquari, na Mooca, e Monte Serrat, no Tatuapé - ambos na zona leste. Os locais já abrigam clubes escola, sob o comando da Secretaria Municipal dos Esportes, e a partir do ano que vem vão receber prédios extras, direcionados à Educação e Cultura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um posto de gasolina serviu de refúgio para dezenas de desabrigados pelo incêndio que matou três pessoas e destruiu ao menos 50 barracos na madrugada deste domingo, 7, na comunidade Ilha, em Heliópolis, zona sul de São Paulo. Homens, mulheres, crianças e animais de estimação dividiam colchões doados pela Prefeitura no piso do estabelecimento, na Avenida Almirante Delamare.

A Prefeitura ofereceu abrigos, mas muitos preferiram ficar e vigiar suas casas para evitar saques. A Defesa Civil isolou os 3 mil m² da comunidade, sob risco de desabamentos.

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"Saí sem nada, só com a roupa do corpo. Passei a noite aqui, com frio", disse o pintor Joaquim Cruz Macedo, de 29 anos. Ele e outros homens ajudavam, na tarde de ontem, a distribuir alimentos.

O metalúrgico e dono de um bar na comunidade Antonio Neto Rocha, de 45 anos, só teve tempo de resgatar o cachorro, Branquinho, e sair com a mulher. Vestia ontem uma blusa que ganhou do cunhado. Assim como Rocha, a comerciante Maria das Graças da Silva, de 45, temia perder o que tinha no seu comércio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um incêndio atingiu cerca de 40 casas na madrugada deste domingo em uma favela em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, e deixou ao menos três mortos e oito feridos, segundo o Corpo de Bombeiros. Após controlar as chamas, o trabalho de rescaldo no local continuava sendo feito nesta manhã. Por volta das 10 horas, segundo informações dos bombeiros via a rede de microblog twitter, a Defesa Civil e a Eletropaulo foram acionadas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, das oito vítimas feridas quatro foram atendidas no local e outras quatro foram encaminhadas ao Pronto-Socorro Heliópolis. As três vítimas fatais tiveram os corpos carbonizados. Até o momento, não há informações sobre a identidade das vítimas.

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O fogo começou por volta da 0h50 na altura do número 500 da Av. Almirante Delamare. Segundo informações preliminares dos bombeiros, a área atingida pelas chamas era de 300 metros. O incêndio chegou a atingir parte de um hospital.

Bem na entrada da favela de Heliópolis, entre uma agência bancária e uma loja de departamentos, desponta uma clínica médica que só realiza consultas particulares. Não vale convênio, tampouco cartão do SUS.

Quem passa ali, estranha. Muitos moradores custam a ter coragem de entrar. Só perdem o medo na medida em que o boca a boca se espalha ou quando leem um cartaz bem à frente do portão que informa, em linguagem clara e direta, o valor das consultas: R$ 40 para clínico-geral e R$ 60 para qualquer uma das dez especialidades oferecidas, que pode ser dividido em duas parcelas.

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"Quem disse que essa população não pode ir ao médico particular?", questiona o criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi. Ele se refere ao seu público-alvo: gente sem plano de saúde e cansada das filas dos postos públicos. O perfil exato dos moradores da maior favela da cidade.

Para atendê-los, a estrutura é simples, porém bem equipada. Nos consultórios - separados por divisórias de fórmica e com cadeiras de plástico -, há equipamentos caros, como o usado em exames oftalmológicos e o de ultrassonografia, além do eletrocardiograma. Em casos mais sérios, em que seja necessária a internação, os pacientes são encaminhados ao hospital público.

O atendimento é feito por uma dúzia de médicos, todos formados em universidades conceituadas e integrantes do corpo clínico de hospitais de ponta, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein. O diretor da clínica, por exemplo, é Cesar Camara, indicado por Miguel Srougi, um dos urologistas mais conceituados da cidade e pai de Thomaz.

Na quarta-feira passada, Cesar saiu de Heliópolis e tomou o metrô Sacomã em direção ao Sírio, para atender um dos seus pacientes. Em seu consultório, a consulta custa R$ 450, sete vez o que pagou cada um dos dez pacientes atendidos naquela tarde.

"Engajei-me no projeto porque consigo garantir um atendimento humanizado. Tem consultas em que levo 40 minutos, mesmo tempo que pratico no consultório particular, o que seria impossível na realidade dos convênios."

Todos os médicos dali já haviam atendido por planos privados e recebem em Heliópolis o mesmo que ganhariam em um convênio: cerca de R$ 40 por hora. A diferença é que estão livres das conhecidas metas de atendimento que encurtam as consultas a cada dia. "Selecionamos os médicos por esse perfil humanizado. É importante serem egressos das melhores universidades, mas isso não basta", diz Cesar.

De longe

Mesmo que a maioria do público não se atente ao nome do Sírio-Libanês costurado no jaleco do urologista - "a população daqui nunca ouviu falar do hospital", brinca Cesar -, já começa a pipocar por ali um ou outro paciente vindo de longe. Dia desses, Cesar atendeu um homem que havia se locomovido do Paraíso (bairro de classe média alta e a pelo menos meia hora de distância, de carro).

Se a pessoa tinha ou não dinheiro para pagar mais pelo atendimento, não interessa, diz Thomaz. "Essa procura é boa. Sinaliza que há muito espaço de crescimento."

Desde sua inauguração, em agosto de 2011, a clínica tem crescido 40% por mês e hoje realiza 600 procedimentos a cada 30 dias. A conta ainda não fecha porque houve investimento de cerca de R$ 1 milhão em estrutura, mas a receita tem aumentado à medida que a população descobre o local. Dos 300 mil habitantes da microrregião, só 10% conhecem a clínica, segundo pesquisa encomendada por Thomaz.

Nos sonhos do administrador, ele vê uma clínica em cada um dos 96 distritos da capital. Só para garantir o público, as próximas unidades devem ser instadas em bairros periféricos, como Itaquera e São Miguel Paulista, na zona leste. "Inspirei-me em projetos parecidos em países como Guatemala e México. Testei, adaptei e agora quero crescer, sempre seguindo essa lógica simples, de gerar renda ao mesmo tempo em que agrego um valor muito importante à população." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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