Em 56 cidades do país, só mulheres disputam a prefeitura

Rio Grande do Norte é o estado com mais municípios nesta situação, seguido de São Paulo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul. Pernambuco, tem uma cidade na lista

por Dulce Mesquita qui, 29/09/2016 - 18:53 Atualizado em: qui, 29/09/2016 - 18:58

No próximo domingo (2), eleitores dos 5570 municípios do país irão às urnas para escolherem prefeito, vice-prefeito e vereadores que exercerão o mandato de 2017 a 2020. Em 56 dessas cidades, apenas mulheres concorrem ao comando do Executivo municipal.

É o caso de Terra Nova, município localizado no sertão de Pernambuco, onde Aline Freire (PR) e Naiara Cabeleireira (PTB) são as únicas postulantes à Prefeitura. O mesmo acontece em outras 55 cidades de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

O Rio Grande do Norte, inclusive, é o estado com mais municípios nesta situação. São oito: Lucrécia, Frutuoso Gomes, Ouro Branco, Serra Caiada, Santa Cruz, São José do Campestre, São Vicente e Taboleiro Grande. Também estão no topo São Paulo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul.

Em Pernambuco, há 92 candidatas ao comando das prefeituras. Dessas, duas tentam o Executivo do Recife - Priscila Krause (DEM) e Simone Fontana (PSTU) -, e três em Olinda - Teresa Leitão (PT), Luciana Santos (PCdoB) e Izabel Urquiza (PSDB). Outras 5,7 mil candidatas disputam um posto nas câmaras municipais e 120 completam a chapa disputando para vice-prefeitas.

A Lei das Eleições, sancionada em 1997, incentivou a maior participação feminina nas eleições. A norma passou a prever que os partidos e coligações reservassem, para os cargos proporcionais, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Mas só a apartir de 2009, com a Lei 12.034, que passou a ser exigido o preenchimento (e não mais apenas a reserva) de no mínimo 30% e no máximo 70% para candidaturas de cada sexo no caso das eleições proporcionais.

"Todos esses processos estão fomentando uma participação maior da mulher, porque estão obrigando os partidos a inscreverem mulheres como candidatas. É uma obrigação, e eles acabam tendo de cumprir, mas ainda é pouco”, observou a analista do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), Adriana Sampaio. "Temos hoje muitas mulheres participando bastante como eleitoras ativas, como cabos eleitorais. Mesmo dentro dos partidos elas já têm uma participação muito maior, como filiadas, mas na hora de saírem candidatas, de concorrerem, isso não acontecia tanto".

Em 2012, foram eleitas 8,2 mil mulheres em todo o país, sendo 657 prefeitas e 7,6 mil vereadoras. O número é maior que o verificado em 2008, quando 7.010 mulheres venceram as eleições.

Com informações do TSE.

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