Gilmar diz que houve imperfeição na denúncia contra Renan
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o caso envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, era o “clássico de inépcia”
Antes de finalizar a sessão que tornou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), réu em ação penal, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que era preciso ter cautela na hora da decisão. “Temos que ser muito criteriosos e severos com as denúncias porque podem ocasionar absurdos. Causam danos (...) Tenho dito que temos que rezar sempre para o espírito santo jurídico e para que não cometamos injustiças. Devemos continuar a rezar para que não caiamos no ridículo”, declarou.
Gilmar Mendes disse, a seu ver, que o caso envolvendo Renan Calheiros era o “clássico de inépcia” e também afirmou que havia contradição no inquérito e “imperfeição na denúncia”.
“Esse quadro de conjuntura que nos leva a refletir num caso como este. A investigação já corre há mais de nove anos e todas as provas possíveis foram feita como a quebra de sigilo. Nessa fase, com tudo o que já foi feito, não se conseguiu reunir indícios mínimos de provas. Soa caricato dizer que temos que receber denúncia para prosseguir investigações”, continuou.
Gilmar ainda disse, durante a sessão, que “o bom ladrão salvou-se, mas não há salvação para juízes covardes”.