Ministro não acredita em “sabotagem” no acidente de Teori
“Tudo indica que o acidente decorreu de mau tempo na região, mas temos que esperar a investigação”, declarou Marco Aurélio Mello, nesta segunda (23)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, em entrevista concedida a uma emissora de rádio, nesta segunda-feira (23), descartou qualquer ato de sabotagem com a finalidade de atingir Teori Zavascki, morto em tragédia aérea na última quinta-feira (19). "Descarto, de início, qualquer ato de sabotagem visando atingir Teori e os demais ocupantes da aeronave. Tudo indica que o acidente decorreu de mau tempo na região, mas temos que esperar a investigação", disse.
Marco Aurélio também declarou que acredita que o novo relator do processo da Lava Jato no STF deve ser definido, em breve, e que a presidente Cármen Lúcia não deve homologar delações premiadas. "Pelo o que conheço, há muitos anos, da atuação da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não com a homologação, mas sim a redistribuição [do processo]. Nós teremos, nas próximas horas ou nos próximos dias, um novo relator [processo da Lava Jato]", disse Mello.
O magistrado ainda ressaltou que a escolha do novo relator deve ser rápida para não prejudicar a Lava Jato. "Deve ser rápido porque procedimento penal não pode ficar suspenso sob pena de prejuízo. Sob pena de militar a favor de possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses maiores da sociedade. Não podemos ficar com cadeira vazia. Pela ordem natural das coisas, a redistribuição há de se fazer considerando os remanescentes da Segunda Turma", acrescentou.
Zavascki faleceu aos 68 anos. Ele estava de férias e viajava para a casa de praia do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Grupo Emiliano, que também morreu. Também não sobreviveram o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk, e a mãe de Lidiane, Maria Ilda Panas.