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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articulou para tentar sabotar uma votação no Senado, mas falhou. Ele tentou convencer um senador que já foi seu aliado a não aprovar a reforma tributária, tema de interesse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Trad, você amanhã será decisivo para derrotarmos a reforma tributária", disse o contato "JMB", mesmas iniciais do nome completo de Jair Messias Bolsonaro. JMB falava com o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), cujo partido é da base do governo. A proposta da reforma foi aprovada no Senado em primeiro turno nesta quinta-feira, 8.

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Trad, que votou a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) respondeu a mensagem chamando o contato de "presidente", e pediu a compreensão de Bolsonaro pela posição tomada. A votação foi apertada e poderia ter resultado diferente por quatro votos - a casa deu 53 dos 49 votos necessários.

As mensagens de texto foram flagradas pelo Estadão no plenário do Senado, durante a votação da reforma. "Empenhei minha palavra", disse. "Espero que compreenda. Tenho sofrido com o senhor mesmo estando distante. Esse povo não é o nosso povo. Tô triste e com atuação apagada. Não vejo a hora da gente voltar. Abraços e obrigado pela atenção e consideração."

Nas palavras do próprio senador na mensagem, ele condicionou o voto favorável caso a proposta atendesse interesses de seu Estado. Ele também afirmou estar "triste" e "sofrendo" com Bolsonaro, e se disse ansioso pelo retorno do bolsonarismo. "Não vejo a hora da gente voltar", escreveu. Procurado pela reportagem, Trad negou que Bolsonaro o tenha procurado.

Confrontado sobre ter recebido mensagem de um contato que tem as iniciais do nome completo do ex-presidente, Trad disse que foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quem o procurou. Novamente questionado sobre chamar Flávio, um senador, de presidente, Trad negou que tenha falado com Bolsonaro. "Eu me reservo a responder do jeito que eu quero", disse.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, em vídeo divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no YouTube, nesta sexta-feira (2), que o Ministério Público Federal (MPF) tem sido “sabotado” com “centenas e centenas” de representações e notícias-crime falsas.

No vídeo, Aras diz que as representações são baseadas em “meras notícias de jornais previamente plantadas em representações com autores falsos”. “Tem um fake Pastor Silas Malafaia que fez mais de 200 representações contra ministros do Supremo, autoridades de distintos órgãos de poderes, e mais outros tantos que dirigem a esta instituição centenas e centenas de representações”, disse. “Isso é uma sabotagem”, completou. 

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De acordo com o procurador, essas representações são “perda de tempo e de dinheiro público”. “Faz parte de uma estratégia para impedir que o procurador continue investigando as verdadeiras organizações criminosas que têm neste País”, ressaltou. 

Pré-candidato do Podemos à Presidência, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou que deixou o governo Bolsonaro para não ser "cúmplice de coisa errada" e que passou a sofrer "sabotagem". A declaração foi dada nesta quarta-feira, 29, em entrevista à rádio Capital FM, de Mato Grosso.

"Logo após que eu havia entrado, eu não tive mais o apoio do presidente da República, e, a partir de determinado momento, eu passei a sofrer até sabotagem", afirmou o ex-juiz. "Quando chegou o momento que era me dada a escolha 'ou você fica como cúmplice de coisa errada ou você sai', eu preferi sair", disse.

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Moro deixou o governo Bolsonaro em abril do ano passado e acusou o presidente de interferir na Polícia Federal para ter acesso a informações sigilosas. "O próprio presidente reclamou esses dias dizendo que eu não protegia a família dele da Polícia Federal, da Receita Federal, o que é um absurdo. Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada", disse.

Bolsonaro nega que tenha interferido na Polícia Federal. Em depoimento, o presidente afirmou que "jamais teve qualquer intenção" de interferir na PF quando "pediu" a Moro as mudanças na diretoria-geral e nas superintendências da corporação.

Ao criticar o atual governo na entrevista, o ex-ministro afirmou que houve um "desmantelamento do combate à corrupção" no Brasil, e usou essa fala como gancho para criticar também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2022.

"O presidente Lula está aí solto porque houve enfraquecimento do combate à corrupção, e essa responsabilidade é do atual presidente Bolsonaro", disse.

YOUSSEF

Na entrevista, Moro saiu em defesa de seu aliado, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), que recebeu doação eleitoral do doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato. "Eu nem conhecia o senador. Ninguém sabia quem era Alberto Youssef na época (final dos anos 1990)", disse.

A doação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, Youssef ajudou a financiar uma das campanhas eleitorais de Dias, em 1998, na época em que o senador estava no PSDB.

A doação no valor de R$ 21 mil (o equivalente a R$ 88 mil em valores atualizados) foi feita por meio de duas empresas do doleiro, um dos principais operadores identificados na Lava Jato.

Procurado, o senador Alvaro Dias afirmou que as denúncias de financiamento de campanha com dinheiro público foram arquivadas pelo Ministério Público do Paraná, em 2004, após a não confirmação dos fatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sérgio Moro, voltou a acusar o presidente Jair Bolsonaro por ter progressivamente "sabotado" seu trabalho de combate à corrupção quando foi ministro da Justiça.

"A partir de 2018 aceitei ir para governo para tentar evitar que isso (revide de políticos) acontecesse e consolidar avanço no combate contra corrupção. Se tivesse tido apoio do presidente, possivelmente conseguiria. Mas é impossível conseguir sendo sabotado pelo presidente da República", afirmou Moro, durante fala no lançamento de seu livro 'Contra o sistema da corrupção', no Rio de Janeiro.

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O ministro disse que ficou "desapontado" quando surgiram denúncias envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro. Queiroz é investigado no caso das "rachadinhas" e chegou a ser preso.

"O presidente falou, tanto internamente quanto publicamente, que o caso tinha que ser investigado e se alguém tivesse que pagar alguma coisa, que fosse assim. Então, me senti confortável e entendo que os órgãos de investigação seguiriam normalmente. Depois, vimos que não foi bem assim", disse Moro.

Moro confirmou que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo análise de declarações recentes de Bolsonaro, que reclamou dele por não ter atuado junto ao antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e à Receita Federal para evitar investigações.

O ex-ministro disse ainda que Bolsonaro teria "sabotado" o Ministério da Saúde durante a pandemia e que teria manifestado isso internamente dentro do governo, embora não publicamente. "Eu preferi sair não só para manter o que eu acredito, mas o que as pessoas acreditam sobre ter governantes honestos", disse.

Da paralisia da rede de Internet da Estônia, em 2007, à do oleoduto americano na semana passada: confira abaixo um panorama de 15 anos de ataques cibernéticos.

- Estônia, primeiro país atingido

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Em meio a um conflito diplomático com a Rússia, a Estônia foi o primeiro país a ser atingido, em 2007, por um grande ciberataque que paralisou sua rede de Internet e bancária por vários dias. As autoridades acusaram Moscou, que negou.

- Parque nuclear iraniano hackeado

Em 2010, o poderoso vírus Stuxnet atingiu em cheio o programa nuclear iraniano, infectando milhares de computadores e causando uma série de avarias no parque de centrífugas usadas para enriquecer urânio.

O Stuxnet, que atacou um programa de computador da alemã Siemens, usado no controle industrial de empresas, também afetou Índia, Indonésia, Paquistão e China.

Atribuído a Israel e que teria sido auxiliado pelos Estados Unidos, este episódio é considerado o primeiro ciberataque conhecido a um sistema industrial.

- Yahoo!

Yahoo! foi atingido em 2013 pelo maior ataque cibernético da história. Todas as suas 3 bilhões de contas foram afetadas.

Em 2018, o gendarme da bolsa de valores dos EUA impôs uma multa de US$ 35 milhões à Altaba (ex-Yahoo!) por ter acobertado o ataque. A invasão foi revelada em 2016, e seu impacto, revisado para cima em 2017.

- Ataque ao estúdio Sony Pictures

Em 2014, o estúdio de cinema americano Sony Pictures foi vítima de um ataque cibernético em massa, que levou a empresa a cancelar o lançamento de "A Entrevista", uma comédia sobre um complô fictício da CIA (a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Washington atribuiu o ataque a Pyongyang, que negou seu envolvimento. Foi um dos mais graves e espetaculares que uma empresa já sofreu.

- Militares americanos na mira

Em janeiro de 2015, "hackers" que afirmaram pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI) assumiram brevemente o controle das contas no Twitter e no YouTube do Comando militar americano no Oriente Médio (Centcom).

Dois meses depois, um grupo que se autodenominou "Divisão de Hackers do Estado Islâmico" publicou uma lista de 100 soldados americanos que deveriam ser mortos.

- Interferência eleitoral

Entre outubro e novembro de 2016, dezenas de milhares de mensagens roubadas do Partido Democrata e de colaboradores da então candidata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, foram publicadas. As agências de Inteligência americanas acusaram o grupo "Fancy Bear", ligado à Inteligência russa, de ter interferido na eleição em favor de Donald Trump, o candidato eleito.

O nome do grupo "Fancy Bear" (ou APT28) também apareceu na França, segundo o jornal Le Monde e pesquisadores especializados. Ele seria responsável pela divulgação na Internet, antes do segundo turno das eleições presidenciais de maio de 2017, de milhares de documentos internos relacionados ao futuro presidente Emmanuel Macron.

- WannaCry: 'ransomware' mundial

Em maio de 2017, o mundo sofreu um ataque cibernético sem precedentes, que afetou 300.000 computadores em 150 países. O ataque foi realizado por meio do "WannaCry", um "ransonware", ou programa de sequestro de dados, que bloqueia os arquivos dos usuários e exige dinheiro para liberá-los.

O "Wannacry" explorou uma falha no sistema operacional Windows da Microsoft. Entre suas muitas vítimas, estão o sistema de saúde britânico, uma fábrica da montadora francesa Renault e a operadora espanhola Telefónica.

- A falha SolarWinds -

No final de 2020, os "hackers" conseguiram, através do SolarWinds, um editor de ferramentas de vigilância remota, atualizações de métodos de fraude on-line ("scams") para sua plataforma Orion, que abrem uma falha nas redes das vítimas, permitindo-lhes obter dados como e-mails.

O ataque durou meses, afetando 18.000 clientes e mais de uma centena de empresas americanas.

Em abril de 2021, Washington anunciou sanções financeiras contra as autoridades russas, que culpou pelo ataque.

- Microsoft hackeada

Em março de 2021, "hackers" chineses conseguiram coletar dados confidenciais de 30.000 organizações americanas - cidades, empresas e instituições -, explorando uma falha no programa de mensagens Exchange da Microsoft.

- DarkSide paralisa oleoduto dos EUA

No início de maio, o ciberataque causou a paralisação de uma das maiores operadoras de oleodutos dos Estados Unidos, a Colonial Pipeline, que transporta cerca de 45% do combustível consumido na costa leste dos Estados Unidos.

As autoridades americanas apontaram o DarkSide, um grupo de cibercriminosos que operaria na Rússia, como responsável pelo ataque. Moscou negou qualquer envolvimento.

Alguns dias depois deste episódio, o presidente da Colonial Pipeline anunciou que teve de pagar um resgate de US$ 4,4 milhões aos "hackers" para liberar seu sistema.

Quatrocentas doses da vacina Sputnik V contra o novo coronavírus, com a qual a Argentina iniciou a imunização, tiveram que ser descartadas após perder a cadeia de frio, informaram nesta segunda-feira (4) autoridades de saúde, que denunciaram uma suposta sabotagem.

"Na madrugada desta segunda-feira foi registrada uma sabotagem no Hospital provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Olavarría, devido à perda da cadeia de frio de 400 doses da vacina Sputnik V por fatos de extrema gravidade", destacou o ministério da Saúde da província de Buenos Aires em um comunicado de imprensa.

O episódio ocorreu na cidade de Olavarría, 350 km a sudoeste da capital argentina.

"Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que enfoca o freezer às 02H50 da madrugada e não voltou a ter conexão. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital", disse Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX, com jurisdição em Olavarría.

Borzi disse não descartar "que tenha sido uma ação intencional".

"Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação", disse.

A Argentina começou na terça-feira da semana passada sua campanha de vacinação contra a Covid-19 com a aplicação da vacina Sputnik V, elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, da Rússia.

A campanha começou simultaneamente em todo o país e tem como prioridade a vacinação voluntária do pessoal sanitário.

Em 24 de dezembro, chegaram ao país as primeiras 300.000 doses da vacina, autorizada "com caráter de emergência" pelo ministério da Saúde.

Destas doses, 123.000 foram distribuídas na província de Buenos Aires, o maior distrito, onde vivem 17 milhões dos 44 milhões de argentinos e que não inclui a cidade autônoma de Buenos Aires.

O acordo com a Rússia compreende outras 19,7 milhões de doses entre janeiro e fevereiro, com opção de compra de mais cinco milhões. A Sputnik V prevê uma segunda dose, a ser aplicada 21 dias após a primeira.

Em meio a uma polêmica sobre o uso de uma vacina que está na fase 3 de pesquisa, circulam informações falsas sobre supostos efeitos adversos graves da vacina e inclusive lhe foi atribuída a morte de um cabo do Exército, que não foi inoculado, segundo verificou a AFP Factual.

A Argentina registra desde março passado mais de 1,6 milhão de contágios e superou as 43.600 mortes por Covid-19.

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que apura a contaminação de cervejas produzidas pela cervejaria Backer por uma substância tóxica cujo consumo matou ao menos nove pessoas e levou dezenas de outros consumidores ao hospital.

Conforme os responsáveis pela investigação já vinham antecipando, a conclusão final descarta a hipótese de sabotagem. Ou seja, para a Polícia Civil, não há nada que indique uma ação intencional para prejudicar a cervejaria. Mais informações vão ser divulgadas a jornalistas durante entrevista coletiva agendada para as 10 horas de hoje.

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De acordo com a Polícia Civil, o inquérito já acumula cerca de 4 mil páginas. Mais de 70 pessoas prestaram depoimentos às equipes coordenadas pela 4ª Delegacia de Barreiro, bairro de Belo Horizonte. Dentre elas, vítimas, suspeitos e testemunhas. Além disso, desde 5 de janeiro, a fábrica da Backer, na capital mineira, e empresas fornecedoras de matéria-prima foram alvos de perícias ou de cumprimentos de mandados de busca e apreensão.

A contaminação de lotes inteiros de diferentes tipos de cerveja produzidos pela Backer foi causada pela presença da substância dietilenoglicol. Devido a suas propriedades anticongelantes, a substância costuma ser usada em sistemas de refrigeração, por vários segmentos produtivos.

O erro que aconteceu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda reverbera no mundo político. Para a deputada Teresa Leitão (PT), o governo não teve capacidade para gerir um exame que já encontrou pronto. “Qual foi a posição desse governo? Primeiro desconhecer os problemas do Enem, depois não reconheceu que precisava agir, e depois foi dizer que era sabotagem - não sei se sabotagem com s ou ç”, explana Leitão, que também é pedagoga.

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Iniciando as atividades parlamentares nesta segunda-feira (3), a deputada aponta que a educação vai ser uma pauta forte nesse novo ano de mandato. Num mesmo momento em que o educador Paulo Freire é desacreditado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e até pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, que já deram várias declarações contra o patrono da educação no Brasil, a Câmara dos deputados de Pernambuco aprovou um projeto de resolução, de autoria de Teresa Leitão, que irá comemorar o centenário de nascimento de Paulo Freire, a partir de setembro.

Em entrevista ao LeiaJá, a deputada aproveitou para apontar que a concepção de educação do atual governo brasileiro é de profunda ignorância da importância que Paulo Freire tem na educação no mundo. “Paulo Freire é um dos autores brasileiros mais lidos e mais estudados no mundo. Desconhecer a contribuição dele é um sinal de tremenda ignorância, mas também é uma posição ideológica”, afirma Leitão.

Para a deputada, por mais que o governo negue a ideologia, ele pratica posições ideológicas, ”sobretudo em relação à educação e a cultura”, ratifica Teresa.

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-> Viúva de Paulo Freire diz que Bolsonaro 'tem inveja'

 

A fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre não descartar uma ação de sabotagem contra Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que vem apresentando problemas, gerou reação de parlamentares membros da bancada de oposição. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi um deles. O psolista usou o Twitter para argumentar que quem está sabotando o Enem é o próprio presidente e o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

"Quem está sabotando o Enem e prejudicando o sonho de milhares de brasileiros é o próprio Weintraub e Bolsonaro, que mantém esse sujeito no comando do Ministério da Educação", escreveu.

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A líder da minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também falou sobre o assunto e disse que o presidente admitia as falhas no Enem "em alto e bom som".

"Não tem desculpinha! Expõe a PÉSSIMA [sic] gestão de Abraham Weintraub no MEC, deixando milhares de estudantes no limbo. FORA, WEINTRAUB! [sic] O Brasil perde com o sr. na frente desta importantíssima pasta. Não sabe a que veio", disparou a comunista. 

Jandira não foi a única pedir a saída de Weintraub, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) reforçou o coro. "Jair Bolsonaro agora fala em sabotagem no Enem e no SISU. De fato, colocar e manter no Ministério da Educação um homem sem um pingo de capacidade e decência como Abraham Weintraub é um ato de sabotagem contra a educação brasileira. Por que ele ainda é ministro?", questionou.

Na manhã desta terça-feira, Jair Bolsonaro disse que "todas as cartas estão na mesa" para a investigação, falou sobre uma eventual sabotagem e observou que, por enquanto, mantém no cargo o ministro da Educação, Abraham Weintraub. "Sempre eu falo 'por enquanto' para todo mundo. O único que não é por enquanto é o Mourão vice-presidente. O resto é tudo por enquanto", disse.

A cervejaria Backer, investigada após casos de intoxicação, levou esta semana à Justiça Federal vídeo com supostos indícios de sabotagem em barris de composto químico comprados de um fornecedor, de nome não revelado. O material ainda vai passar por análise. Ontem a Vigilância Sanitária de Contagem, na Grande Belo Horizonte, fechou uma fornecedora da Backer. A Imperquímica foi lacrada por falta de alvará sanitário e por fracionar produtos químicos sem aval.

A Backer é alvo de apuração por um suposto elo entre a cerveja contaminada - pelo composto químico dietilenoglicol, segundo análises da Polícia Civil de Minas e do Ministério da Agricultura - e casos de intoxicação em pessoas que ingeriram a bebida. Segundo balanço do governo mineiro, já foram registrados 19 pacientes com essa suspeita, incluindo quatro mortes.

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Por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os rótulos da cervejaria, com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020, foram interditados ontem. A Backer disse que vai respeitar a determinação.

O envio pela Backer de gravação que levanta suspeitas sobre um fornecedor é citado em decisão da magistrada Anna Cristina Gonçalves, da 14.ª Vara da Justiça Federal de BH. A fábrica, escreveu ela, apresentou "vídeo supostamente contendo indícios de sabotagem nos barris de monoetilenoglicol por ela adquiridos junto ao seu fornecedor. Todavia, não cabe a análise dessa questão na via estreita do mandado de segurança, mormente porque a presente impetração dirige-se contra ato coator específico, atribuído aos representantes do Ministério da Agricultura".

Nessa liminar, a juíza permitiu o retorno parcial do funcionamento da Backer, com o envase de tanques não lacrados e relativos a marcas que não sejam a Belorizontina e a Capixaba, primeiras a terem a contaminação detectada por análise.

Em nota, a Backer disse que "teve acesso a um vídeo cujo conteúdo poderia estar relacionado com as investigações em curso". A empresa diz, porém, que ainda "não está em posse do material, uma vez que ele foi repassado imediatamente à Polícia Civil. A Backer reforça que é a principal interessada na apuração dos fatos e que o objetivo é auxiliar e contribuir sem restrições com as autoridades".

Interdição

Segundo a prefeitura de Contagem, a Imperquímica, fornecedora da Backer, fracionava produtos para venda, o que "não está contemplado pelo alvará" da empresa. Para isso, diz a Vigilância Sanitária, seriam necessárias obras onde a Imperquímica funciona. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão anteontem na empresa. Foram recolhidas amostras da produção e documentos. O Estado não localizou a Imperquímica ontem.

A Backer tem dito que compra só o monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, e não o dietilenoglicol, primeiro composto a ser identificado em lotes da Belorizontina. Uma das hipóteses de técnicos do ministério é que a segunda substância pode ter sido formada por reação química a partir do monoetilenoglicol. Nenhum dos produtos pode ser consumido ou misturado à bebida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, convocou jornalistas para uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (8) para prestar esclarecimentos à população sobre a instabilidade que afetou alguns sites do Ministério da Educação (MEC) nos últimos dias. Segundo Weintraub, há indícios de sabotagem. A Polícia Federal já investiga o caso.

Sites como o do Programa Universidade para Todos (ProUni) e o do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que estão instáveis desde segunda (5), e o Sistema Presença, pré-requisito para o pagamento do Bolsa Família e que ficou indisponível de 1º a 5 de agosto, foram afetados, assim como o Simec (Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação), site utilizado internamente no MEC.

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Polícia Federal já investiga o caso

"Os serviços estão caindo, alguns deles, de uma forma que a gente não consegue explicar tecnicamente. Há indícios de sabotagem, que nos levaram a chamar a Polícia Federal pra investigar e verificar se são prova ou não de algo criminoso que possa estar acontecendo aqui no MEC. O MEC não é polícia, não é Ministério Público. Não é nosso papel dizer se há crime ou não acontecendo", falou o ministro.

"Nossa preocupação é atender bem a população, que não vai ser prejudicada. Qualquer serviço que fique fora do ar, a gente vai estender o prazo desse serviço", disse o ministro, que saiu antes do fim da coletiva, alegando outros compromissos.

Para o secretário executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, há indícios robustos de sabotagem. "O contato com a Polícia Federal foi feito na segunda-feira. Daqui pra frente, será a Polícia Federal que conduzirá o trabalho", disse.

Sites ainda apresentam instabilidade

"Ainda não há prazo para o restabelcimento total", informou o diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Miranda Rogério. A equipe trabalha para restabelecer o sistema, que ainda não voltou a funcionar plenamente.

Inscritos no Bolsa Família não serão prejudicados. Já as incrições para as bolsas remanescente do ProUni, que iriam até 16 de agosto, serão prorrogadas. A nova data  ainda não foi definida.

A tensão aumentou nesta segunda-feira no Golfo, onde vários navios foram alvos de "atos de sabotagem", de acordo com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, ao mesmo tempo que o chefe da diplomacia americana alterou sua agenda para discutir a questão do Irã com os países europeus.

As autoridades da Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira "atos de sabotagem" contra navios sauditas nas costas dos Emirados Árabes Unidos, outro país próximo a Washington que reforçou sua presença militar no Golfo em consequência da tensão com o Irã.

"Dois petroleiros sauditas foram alvos de atos de sabotagem na zona econômica exclusiva dos Emirados Árabes Unidos, na costa do emirado de Fuyaira, quando estavam prestes a entrar no golfo da Arábia", afirmou o ministro da Energia, Khalid Al Falih, citado pela agência oficial SPA.

No domingo, o governo dos Emirados Árabes Unidos também citou "atos de sabotagem" contra quatro navios comerciais de várias nacionalidades no leste do emirado de Fuyaira, sem identificar os autores do que considerou um evento "grave".

No Irã, as autoridades julgaram "preocupantes" os "atos de sabotagem" contra navios e pediram uma investigação.

"Estes incidentes no mar de Omã sã preocupantes e lamentáveis", declarou Abbas Musavi, porta-voz do ministério das Relações Exteriores em Teerã, que pediu uma investigação e advertiu contra a "aventura de atores estrangeiros" na zona para perturbar a navegação marítima.

O ministro saudita da Energia afirmou que as ações contra os petroleiros do país não provocaram vítimas ou vazamentos, mas causaram "danos significativos às estruturas de dois navios".

Um dos petroleiros seguia viagem para receber sua carga de petróleo no terminal saudita de Ras Tanura para uma entrega a clientes americanos.

O ministério saudita das Relações Exteriores condenou o "ato criminoso", que representa uma "séria ameaça" à navegação marítima e "uma incidência nefasta para a paz e a segurança regional e internacional".

Assim como o governo dos Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita não apontou nenhum culpado. Os dois países não detalharam o tipo sabotagem sofrido pelos navios.

No domingo, as autoridades dos EAU pediram à comunidade internacional "tomar responsabilidades para evitar que se cometam este tipo de ações por partes que buscam atentar contra a segurança da navegação".

O porto de Fuyaira é o único terminal nos Emirados Árabes Unidos situado na costa do mar da Arábia, contornando o estreito de Ormuz, por onde circula a maior parte das exportações de petróleo do Golfo.

Em diversas ocasiões o Irã ameaçou fechar o estreito, muito estratégico, crucial para a navegação mundial e o fornecimento de petróleo, em caso de confronto militar com os Estados Unidos.

O anúncio dos incidentes acontece em um momento de tensão entre Washington e Teerã após o reforço das sanções americanas contra o regime iraniano, que suspendeu alguns compromissos sobre seu programa nuclear.

Na sexta-feira, o governo americano anunciou o envio à região de um navio de guerra transportando veículos, sobretudo anfíbios, e de uma bateria de mísseis Patriot, somados ao deslocamento de um porta-aviões e de bombardeiros B-52.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, viaja a Bruxelas nesta segunda-feira para abordar "questões urgentes", em particular o Irã, com autoridades europeias, informou o Departamento de Estado.

O irmão de Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos, não está satisfeito com a conclusão do caso envolvendo a queda do avião que matou o ex-governador de Pernambuco e mais seis pessoas. Antônio afirmou que vai tentar, em janeiro de 2019, uma audiência com o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com o objetivo de expor o caso e requerer o aprofundamento das investigações. 

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De acordo com o irmão de Eduardo, o inquérito é inconclusivo. “O inquérito que apurou a causa do acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, embora descarte falha humana, é inconclusivo, pelo que está requerendo ao Ministério Público Federal e a Justiça de Santos, que não arquive o inquérito, devolvendo a Polícia Federal para novas diligências, aprofundando-as para se chegar a uma causa ou a mais provável”, argumentou por meio do Facebook. 

O advogado também avalia que ficou claro a “divergência” entre o inquérito da Polícia Federal em relação às conclusões do Cenipa. “É de se registrar que o inquérito desmonta a tese do Cenipa de falha humana e não podemos descartar a possibilidade de um acidente aéreo programado para acontecer, até porque o inquérito da Polícia Federal não é conclusivo e uma das hipóteses é de falha mecânica, que pode ser programada para ocorrer, o que caracterizaria sabotagem e homicídio”.

Essa não é a primeira vez que Antônio Campos insiste na tese de sabotagem. Em agosto deste ano, ele chegou a afirmar que houve sabotagem no avião. “Como advogado parecerista e expert em acidentes aéreos venho acompanhando o caso a quatro anos. Tenho uma forte convicção de que o acidente de Eduardo foi previamente provocado”, pontuou. 

 

O advogado e pré-candidato a deputado estadual Antônio Campos (Podemos), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto em um acidente aéreo durante a campanha eleitoral de 2014 - pede na Justiça que o relatório técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) seja retirado do inquérito que apura as causas do desastre. O laudo indica falhas humanas como o motivo da queda. Antônio, porém, reafirma que pode ter havido sabotagem.

Em um segundo requerimento, apresentados na quarta-feira passada, Antônio Campos pede também que a 4ª Vara da Justiça de Santos (SP) solicite as informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados (data collection unit - DCU, em inglês) da aeronave Cessna 560 XLS+ Prefixo PR-AFA que, segundo ele, foram negadas pelo Cenipa. O político também exige que a Polícia Federal informe "com urgência" o andamento do inquérito que se arrasta por quase quatro anos.

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De acordo com Antônio Campos, a Polícia Federal se antecipou ao pedido dele à Justiça e marcou para segunda-feira, 6, uma reunião com o advogado e familiares das vítimas da tragédia para apresentar a conclusão do inquérito. O encontro deve ocorrer no Aeroporto do Recife. Na terça-feira, a PF reapresenta o relatório para outros parentes nas dependências do órgão no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Como fato novo para sustentar as petições, Antônio anexou aos autos da ação movida contra a União e a empresa fabricante do avião, Cessna Aircraft Corporation, um parecer técnico independente elaborado pelo ex-comandante Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos. . No laudo de 86 páginas, o ex-comandante aponta que a causa da queda pode estar em um problema de aeronavegabilidade "que é comum" às aeronaves Cessna Citation, de modelos das séries 500 e 600.

No parecer, Camacho elenca nove acidentes que aconteceram em outras partes do mundo, como Suíça e Estados Unidos, com esse tipo de avião entre 2001 e 2016. Em todos, segundo ele houve "perda de controle da aeronave em voo, em especial da estabilidade longitudinal" por problemas de aeronavegabilidade do equipamento.

"Há um erro claro de projeto do avião que causa um problema operacional sério. A asa que existe na cauda produz movimentos aerodinâmicos que, em casos de voos em altura baixa, pode levar a um mergulho fatal e não existe (nesses modelos Cessna) um aviso sonoro para que a tripulação possa reagir a tempo de evitar a tragédia", explicou Camacho ao jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 13 de agosto de 2014, o Cessna 560 XLS+, PR-AFA, decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Ao ser liberada para a descida, a tripulação informou, depois de se aproximar da pista, que iria arremeter e aguardar nova autorização para o pouso.

De acordo com o laudo do Cenipa, um observador no solo, que aguardava a chegada da aeronave e outra testemunha que estava posicionada no Porto de Santos, contaram que o avião sobrevoou toda a extensão da pista do aeródromo à baixa altura e, em seguida, curvou à esquerda, saindo do alcance visual devido às condições meteorológicas. Momentos após, a aeronave colidiu contra o solo.

Além de Eduardo Campos, do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela, estavam no avião o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva e o staff da campanha Marcelo de Oliveira Lyra.

No parecer do Cenipa, a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo são apontados como os fatores para a queda do avião. Camacho discordou e disse que o relatório "está condenado", pois ignora o fato de que as aeronaves desse modelo Cessna são sucetíveis à sabotagem e "não se pode descartar nenhuma hipótese, principalmente por se tratar da morte de um homem público, forte concorrente para as eleições deste ano se estivesse vivo".

"Aeronaves Cessna Citation, Séries 500 e 600, no transcurso de seu ciclo de vida operacional, vêm apresentando problemas, especificamente relacionados com a estabilidade longitudinal, que via de regra levam a consequências catastróficas. Esta desestabilização, dos eventos conhecidos, em sua grande maioria, se apresentou como um fenômeno de pitch down, não comandado, de forma abrupta e silenciosa", apontou o ex-comandante no relatório.

Antônio Campos sustenta o pedido de exclusão do relatório do Cenipa do inquérito argumentando, também, que dispositivos da lei 7.564 de 1986, especialmente, o artigo que estabelece que a investigação do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e investigações do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e em investigações, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5667/DF) protocolada no Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República.

"Além disso, o Cenipa nega o acesso aos dados coletados e recuperados do data collection unit, extraídos nos motores da aeronave no dia 11 de novembro de 2015, nas dependeências da empresa Safran Eletronics no Canadá. O acesso a tal prova é fundamental para o inquérito. Alegar que não poderia expor o fabricante em respeito aos 'direitos autorais', demonstra que o Cenipa pretendeu e conseguiu esconder dados que esclareceriam se os pilotos perderam ou não, literalmente, o controle do avião", declarou Antônio na petição.

O pré-candidato não respondeu o porquê só agora, as portas do período eleitoral, resolveu entrar com esses requerimentos na Justiça.

"Eduardo Campos está fazendo falta. Politicamente o Brasil teria uma opção a mais, com histórico de competência e habilidade política, para apresentar-se como forte opção para conduzir nosso País após as eleições que se avizinham. Há uma dúvida cruel que possa não ter sido um simples acidente, mas um acidente tecnicamente provocado por sabotagem. Eduardo, pilotos e demais companheiros daquela trágica viagem, de onde encontram-se estão, certamente, apontando-nos os caminhos que devemos seguir para falar por eles", declarou Antônio.

A Força Aérea Brasileira não se manifestou sobre o pedido de retirada do relatório do Cenipa do processo nem respondeu sobre o sigilo em relação às informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados da Cessna. "O relatório final é o documento formal, destinado a divulgar a conclusão oficial da investigação conduzida pelo Cenipa", diz a nota. Procuradas pela reportagem, a Cessna Aircraft Corporation, empresa fabricante da aeronave, e a Polícia Federal não se pronunciaram.

O governador Paulo Câmara (PSB) refutou, nesta terça-feira (3), a tese de que o avião do ex-governador Eduardo Campos teria sido sabotado. O assunto foi levantado nesta segunda (2), pelo advogado e irmão do ex-governador Antônio Campos, que disse ter sido procurado por peritos que acompanham a investigação do acidente ocorrido em 2014 e que eles teriam relatado que o Speed Sensor da aeronave foi desligado. 

Questionado sobre como avaliava a questão abordada por Antônio, Paulo Câmara disse que não vai 'entrar neste tipo de declaração'. “Estou aguardando o pronunciamento das autoridades competentes. Temos que confiar nas polícias, estamos esperando resultados oficiais, é isso que vale”, salientou o governador. 

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Nesta segunda, Antônio protocolou uma petição nos autos do inquérito da Polícia Federal sobre a suspeita e relatou que vai dar conhecimento a outros órgãos da Justiça sobre o que chamou de “fato novo”.

“O Speed Sensor da aeronave a toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. Tal fato é grave e relevante na investigação da causa do acidente podendo mudar o curso da investigação”, destaca um trecho do documento apresentado pelo advogado. 

Por meio do seu facebook, o irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio Campos, contou que foi procurado por peritos que acompanham a investigação sobre o acidente aéreo que matou Eduardo e mais cinco pessoas. Segundo Antônio, eles afirmaram a possibilidade de “sabotagem”, o que pode tornar o acidente em homicídio doloso ou culposo. 

O advogado protocolou, nesta segunda-feira (2), petição nos autos do inquérito policial federal e relatou que vai dar conhecimento a outros órgãos da Justiça sobre mais um novo fato relevante: o Speed Sensor da aeronave teria sido desligado. 

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“O Speed Sensor da aeronave a toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. Tal fato é grave e relevante na investigação da causa do acidente podendo mudar o curso da investigação”, destaca um trecho do documento sobre a nova denúncia. 

O texto também relembra outro fatos que precisa ser levado em conta: o gravador de voz do avião, que teria sido desligado. Antônio Campos cobra por providências. “Faz 3 anos e 7 meses e até o presente momento não foi concluído, nem algumas diligências e provas checadas, embora requeridas. Uma importante linha de investigação vem ser noticiada e requerida e precisa ser aprofundada”, criticou. 

Ele ainda disse que tem o compromisso de lutar “até o fim” em descobrir as reais causas do acidente que vitimou Eduardo. “Deixo claro que faço por obrigação e dever de irmão e não o afã de holofotes, ante um fato tão doloroso e grave que trago a público e que merece aprofundada investigação, sem sensacionalismos”, ressaltou. 

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou, nesta quarta-feira (3), a afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que o PSDB estaria aberto ao diálogo com outros partidos caso o governador de São Paulo e presidente nacional da sigla, Geraldo Alckmin, não conseguisse aglutinar as forças necessárias para emplacar a candidatura para as eleições presidenciais em outubro. 

Maia garantiu que o DEM tem diálogo aberto com o PSDB, mas pontuou que Alckmin já poderia ter sido eleito para comandar o país caso não tivesse sido “sabotado” por membros da própria legenda. “Geraldo Alckmin é um grande nome, já nos representou em 2006, quase vencemos as eleições. Se alguns não tivessem, no próprio PSDB, boicotado a candidatura dele, talvez fosse presidente da República naquela época”, disparou.

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Na análise de Maia, os argumentos de Fernando Henrique são inteligentes e estratégicos. “Ele é um dos homens mais inteligentes do Brasil, da mesma forma que ele diz que pode apoiar os outros ele chama para o debate com ele. Está certo, ele entende que quem não aglutinar forças não tem chances de vitória. Da mesma forma que o PSDB quer apoio, ele pode dizer que também aceita apoiar os outros partidos, esse é o caminho correto para a democracia”, salientou. 

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nessa terça (3), FHC disse que Alckmin, que é pré-candidato à Presidência pelo PSDB, ainda precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político. "Se houver alguém com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princípios próximos aos nossos, temos que apoiar essa pessoa", chegou a pontuar o ex-presidente. 

Durante a conversa com jornalistas ao passar pelo Recife, Maia não descartou se animar para ser o tal nome, mas ao tratar diretamente do pleito, ele disse que não é o momento para discutir eleições. 

Preocupado com notícias divulgadas no fim de semana com inúmeras ilações sobre sabotagem envolvendo a queda do avião do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, na última quinta-feira, em Paraty, o presidente Michel Temer convocou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, para se informar sobre a investigação que está sendo realizada pela Força Aérea e sobre os prazos de conclusão dos trabalhos.

As primeiras informações repassadas ao presidente foram de que quando as condições climáticas são ruins, como aconteceu na hora do acidente, quando chovia forte, a falta de equipamentos de auxílio de instrumentos no aeroporto de Paraty, aumenta os riscos da operação naquela região, onde há registros de inúmeros acidentes. Embora todas as avaliações estejam sendo feitas e nada seja descartado, as informações chegadas ao Planalto até agora dão conta de que o que houve foi realmente um acidente. A avaliação de militares é de que houve desorientação do piloto por conta do mau tempo, mas a Aeronáutica evita qualquer avaliação preliminar sobre as causas do acidente.

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No início da manhã desta segunda, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Nivaldo Rossatto, declarou que "o ideal é que ninguém fosse para aquela região quando o tempo estivesse ruim porque lá a operação é apenas visual e o aeroporto não opera por instrumentos". Segundo ele, o aeroporto de Paraty "fecha com facilidade e é comum aumentar o risco para este tipo de operação, já que ele está no meio de morros, e sem auxílio de navegação".

Questionado se há previsão de que sejam feitas melhorias no aeroporto de Paraty, o comandante lembrou que isso "depende de muitos fatores". Esta, no entanto, não é uma decisão da FAB. O comandante lembrou que existem dezenas de aeroportos similares ao de Paraty no Brasil mas, ao comentar as condições da região, observou que o movimento de helicópteros e aviões lá é grande , assim como o número de acidentes.

Na reunião realizada no Planalto pouco antes da hora do almoço e que durou cerca de meia hora, Temer foi informado de que não há prazo para o fim das investigações e que, desde o fim de semana, os técnicos tentavam recuperar o gravador de voz que havia sofrido danos devido ao contato com a água do mar. O equipamento precisa passar por processo de secagem para que se tenha certeza de que todos os dados e vozes poderão ser integralmente recuperados. Mais tarde, Temer foi avisado que os técnicos do Cenipa - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos conseguiram recuperar "em perfeito estado" todas as gravações feitas nas cabines com os últimos 30 minutos de voo. Na conversa da manhã, Temer pediu "celeridade" às investigações, "sempre observando todas as regras e normas legais" exigidos.

Como o tempo de voo entre o Campo de Marte, de onde partiu o avião transportando o ministro Teori para Paraty, é de pouco mais de 40 minutos, praticamente toda a conversa do piloto foi preservada com a recuperação do conteúdo de voz da caixa-preta do King Air. O avião decolou às 13h01 e caiu pouco depois das 13h30. Também foram recolhidas no Departamento de Controle do Tráfego Aéreo (DECEA), as conversas mantidas entre o piloto e os controladores, no período em que o avião estava passando pela área que é monitorada, antes de entrar na região sem cobertura de radar, nas proximidades de Paraty, onde o voo só pode ser feito de forma visual pelo piloto.

No final da manhã desta segunda, o comandante disse ainda ao presidente Temer que além da fita do gravador, há muitas outras análises a serem feitas nos equipamentos e destroços. Informou, por exemplo, que sequer o motor do avião havia sido retirado dos destroços. Tudo que foi recuperado estava sendo transportado para o Rio de Janeiro, onde será estudado. Além do motor, todas as demais peças da aeronave serão devidamente submetidas a testes e análises. Os exames dos equipamentos estão sendo feitos no Rio e em Brasília, onde fica o laboratório de análise e leitura de dados do Cenipa.

A caixa-preta tem "duas partes". A primeira é o gravador em si, que armazena os dados da aeronave e é altamente protegido. Como estava preservado, o equipamento já estava sob análise. Já a segunda, chamada de "base", contém cabos e circuitos que fazem a ligação com o armazenamento de dados e a gravação das conversas. Essa parte foi "secada" e recuperada com sucesso pelos técnicos da FAB.

O brigadeiro Rossato fez questão de ressaltar que as investigações da FAB, diferentemente das outras feitas pela Polícia, visam apenas buscar as condições que levaram ao acidente para que se possa evitar que outros ocorram. Ele reiterou que seu pessoal "não se precipita nestas conclusões" e que tudo está sendo analisado, depoimentos inclusive que falam das fortes chuvas na região, gravações do Decea, enquanto estava na área monitorada, avaliação dos destroços. "Dependo das informações que tiverem, eles fazem mais ou menos rápido essa investigação. Estamos trabalhando desde o primeiro dia", comentou.

O comandante não soube dizer qual foi o ultimo contato do piloto com o controle aéreo da área do Rio de Janeiro e se ele comentou estar enfrentando algum problema."Não tenho essa informação. Isso é da investigação", declarou ele, acrescentando que "os contatos serão apresentados pelo Decea, todas as conversas até o ponto que ele sai da frequência e passa a fazer voo visual". (Tânia Monteiro)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, em entrevista concedida a uma emissora de rádio, nesta segunda-feira (23), descartou qualquer ato de sabotagem com a finalidade de atingir Teori Zavascki, morto em tragédia aérea na última quinta-feira (19). "Descarto, de início, qualquer ato de sabotagem visando atingir Teori e os demais ocupantes da aeronave. Tudo indica que o acidente decorreu de mau tempo na região, mas temos que esperar a investigação", disse.

Marco Aurélio também declarou que acredita que o novo relator do processo da Lava Jato no STF deve ser definido, em breve, e que a presidente Cármen Lúcia não deve homologar delações premiadas. "Pelo o que conheço, há muitos anos, da atuação da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não com a homologação, mas sim a redistribuição [do processo]. Nós teremos, nas próximas horas ou nos próximos dias, um novo relator [processo da Lava Jato]", disse Mello.

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O magistrado ainda ressaltou que a escolha do novo relator deve ser rápida para não prejudicar a Lava Jato. "Deve ser rápido porque procedimento penal não pode ficar suspenso sob pena de prejuízo. Sob pena de militar a favor de possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses maiores da sociedade. Não podemos ficar com cadeira vazia. Pela ordem natural das coisas, a redistribuição há de se fazer considerando os remanescentes da Segunda Turma", acrescentou. 

Zavascki faleceu aos 68 anos. Ele estava de férias e viajava para a casa de praia do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Grupo Emiliano, que também morreu. Também não sobreviveram o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk, e a mãe de Lidiane,  Maria Ilda Panas.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 29, uma série de sanções à Rússia por sabotagem a processos e instituições eleitorais.

Entre as medidas, está a expulsão de 35 agentes de inteligência russos em Washington e San Francisco e o fechamento de dois complexos de serviços dos serviços de inteligência da Rússia em Nova York e Maryland.

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O presidente Barack Obama afirmou, em declaração, que o roubo de dados só poderia ter sido feito pelo governo russo. Os EUA também puniram nove entidades e indivíduos.

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