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Durante participação, na manhã desta quarta-feira (31), no "Bom dia, ministro", do Governo Federal, Camilo Santana garantiu que o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 sai no início da tarde de hoje. Na ocasião, o ministro da Educação tranquilizou os estudantes.  "Fiquem tranquilos. Houve um problema, ontem, técnico no sistema. A equipe de TI do ministério [da Educação] solicitou algumas horas para solucionar os problemas. Então, a previsão que, agora, no início da tarde já possam estar sendo divulgados os resultados do Sisu", afirmou Santana.  

Camilo também salienta que houve um "esforço para antecipar [o resultado], tanto o Enem, quanto o Sisu, comparado ao ano passado". E complementou: "Então, agora à tarde, com certeza a expectativa já possa ser divulgado aí (sic) todo o resultado do Sisu para os nossos jovens, que serão futuros universitários do Brasil".

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Resultado do Sisu 2024

O Ministério da Educação (MEC), por meio de nota, alegou “problemas técnicos no sistema” para adiamento da divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024. Com a modificação, os candidatos devem ter acesso à classificação no processo seletivo nesta quarta-feira (31). 

“A Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério da Educação (MEC), área responsável pela operacionalização do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação, adiando a divulgação dos resultados definitivos do Sisu 2024 para esta quarta-feira, 31 de janeiro, em horário a ser informado”, publicou o órgão. 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública, conforme decreto presidencial publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira. Segundo o ato, ele passará a exercer o cargo em 1º de fevereiro.

A data em que Lewandowski assumirá de fato o posto já estava definida desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o confirmou para o ministério. Até lá, o ministro Flávio Dino segue no comando da Justiça. Dino assumirá uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro.

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Familiares do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), abasteceram seus carros pessoais com a verba da cota parlamentar da Câmara, no período entre abril de 2022 e agosto de 2023. À época, o ministro ainda era deputado federal. Em setembro de 2023, ele pediu licença do cargo e assumiu o ministério do Governo Lula. As notas fiscais foram obtidas pelo jornal O Globo e mostram que recursos da cota parlamentar foram utilizados para encher o tanque de veículos da esposa, pai, irmão e cunhada de Silvio. No entanto, a situação pode ter se tratado se um erro contábil do posto de gasolina. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria do ministro para solicitar esclarecimentos sobre o assunto, mas ainda não obteve um retorno.

A cota parlamentar é um benefício mensal que deve ser utilizado pelo deputado para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel, alimentação, locação de carro, combustível e outros. O deputado paga do próprio bolso e depois apresenta as notas fiscais para receber os valores. O Globo revelou que parte desses valores, segundo as notas fiscais entregues, foi concentrada em um único posto, no bairro Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. 

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À época, Costa Filho alugava uma caminhonete, que também enchia o tanque no estabelecimento e era usada para o exercício do mandato do parlamentar no estado. A locação do veículo custava R$ 11,9 mil mensais. Nos pedidos de reembolso, o gabinete de Costa Filho informou ter abastecido 48 veículos diferentes no mesmo posto. 

De acordo com a administração do posto da gasolina, a contabilidade pode ter confundido a conta familiar no nome do ministro (e que autorizava a família a abastecer no nome dele, no posto em Casa Amarela) com a conta oficial, destinada aos gastos com combustível da caminhonete de Silvio, durante o exercício parlamentar. As notas fiscais compilavam os valores como um todo, independente de quem comprou o combustível. Apesar do possível erro, a Câmara sempre aprovou as contas do deputado. 

Entre as placas que constam do documento, estão as de carros registrados em nome de Cristiana Bezerra, mulher do ministro; do advogado Carlos Antonio da Costa, seu irmão; do ex-deputado federal Silvio Serafim Costa, seu pai; e de Hildiany Kelly, sua cunhada. 

Valores 

O gabinete de Costa Filho apresentou notas fiscais que somam R$ 105,1 mil em gastos com combustível com 48 veículos no mesmo estabelecimento no período de abril de 2022 e agosto de 2023. Esse valor é referente a 10,8 mil litros de gasolina, 6,7 mil litros de diesel e 793,91 litros de etanol.  

Até janeiro do ano passado, a Câmara estabelecia que o limite mensal para este tipo de gasto era de R$ 6 mil. Ou seja, por sete meses (entre janeiro e agosto de 2023), o gabinete de Costa Filho gastou o teto. O valor depois foi reajustado para R$ 9,3 mil, patamar em vigor até o momento.  

“Eles (posto) falharam do ponto de vista contábil. Nós fizemos o dever de casa: prestamos contas e houve aprovação da Câmara. Em momento nenhum, fizemos abastecimento em carros com placas de familiares. Na minha cabeça, estava tudo ok. A assessoria nunca parou para adentrar nota por nota. Não é uma coisa pertinente ao gabinete. Acho que não acontece em nenhum gabinete de deputado, de avaliar placa por placa”, disse o ministro ao jornal. 

Câmara e estabelecimento responderam 

A Câmara informou que os parlamentares assumem “inteira responsabilidade” pelas notas fiscais. De acordo com a nota, cabe à Casa verificar, no âmbito administrativo, “os gastos apenas quanto à regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória”. 

Dono do posto, José Gerson Aguiar informou que foi procurado pela equipe do ministro. Segundo ele, o gabinete deixava especificado os carros que poderiam abastecer na cota do deputado. Cada abastecimento gera uma nota fiscal, mas o estabelecimento enviava no fim do mês um documento eletrônico com o valor compilado de todas elas. 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, reavalie as supostas omissões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia da Covid-19. A Procuradoria já havia emitido um parecer que poupou o ex-mandatário de responsabilidade pelas ações sanitárias à época, mas o documento foi considerado como de “invalidade absoluta” pelo magistrado. O antigo parecer do órgão foi de autoria do ex-procurador Augusto Aras. 

A decisão de Mendes é do último dia 19 de dezembro e foi emitida em sigilo, mas divulgada pela revista Veja. Em julho, o ministro já havia desarquivado a investigação, que mirava outros integrantes da antiga gestão, como o ex-ministro Eduardo Pazuello (atualmente deputado federal), da Saúde; e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República.
 

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O inquérito foi aberto com base no relatório final da CPI da Covid, e tinha como objetivo investigar "ações e omissões" no âmbito do ministério durante a gestão de Pazuello, após a “crise do oxigênio” que houve no sistema de saúde do Amazonas, no início de 2021. Já o ex-secretário Wajngarten virou alvo porque não teria cumprido a sua missão de informar a população sobre como diminuir as chances de contrair a doença. 

 

O Ministério da Educação (MEC) repassou, nesta quinta-feira (28), R$ 6,1 bilhões ao fundo que vai custear a poupança para incentivo à permanência e conclusão de estudantes no ensino médio.

“Os dados mostram que entre os estudantes mais pobres, menos da metade consegue conquistar o seu diploma do ensino médio. Portanto, o pé de medo chega para garantir mais oportunidades para a nossa juventude e já a partir de agora, em 2024”, complementa Camilo Santana.

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Com o projeto de lei aprovado pelo Congresso, o benefício ficará vinculado à frequência do aluno a no mínimo 80% das horas letivas, aprovação em cada ano, presença nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Desde agosto de 2022, quando assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem tido suas decisões observadas e analisadas pela sociedade. Os principais destaques, relacionados aos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as eleições presidenciais do ano passado, fazem de Moraes um dos ministros do STF que marcou 2023. Confira abaixo algumas de suas decisões que tiveram grande repercussão a nível nacional. 

1- Inelegibilidade de Jair Bolsonaro  

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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

Em junho, uma decisão importante foi tomada na suprema corte eleitoral, que tornou o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. A votação foi unânime, tendo sido considerado que o então chefe do executivo nacional utilizou indevidamente dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores, realizada no Palácio da Alvorada em 2022. 

2- Defesa do sistema eleitoral 

Urna eletrônica. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE 

Um dos pilares do TSE é a proteção do sistema eleitoral, sendo uma das ferramentas no Brasil, a urna eletrônica. Em 2023 foram realizados 35 planos de teste das urnas com especialistas e profissionais de tecnologia da informação (TI) para comprovar a lisura dos aparelhos, em termos de coleta e contagem dos votos. “É o momento em que o TSE abre suas portas para que todos os especialistas do Brasil avaliem a segurança das urnas”, afirmou o presidente da corte. 

3- Bases para combater abusos em eleições fixadas 

Fachada do TSE, em Brasília. Foto: Divulgação/Ascom/TSE 

Durante o balanço do ano, realizado nesta terça-feira (19), Moraes confirmou que as decisões tomadas pelo TSE em 2023 servirão para fixar as bases de combate à desinformação nas eleições municipais que ocorrerão em 2024. A medida visa evitar e punir possíveis casos de abuso de poder econômico e político no pleito. 

4- Acordo com Anatel para combater desinformação nas eleições 

Fachada da Anatel. Foto: Divulgação/Secom 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) firmou um acordo, no início de dezembro, com o TSE que institui um fluxo de comunicação entre as entidades para combater a desinformação e as fake news no período eleitoral. A premissa é que as decisões por parte do Judiciário que determinam bloqueio de sites sejam cumpridas com maior celeridade pela Anatel. 

5- Exclusão das Forças Armadas como entidade fiscalizadora das eleições 

Forças Armadas em desfile cívico militar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo 

Em setembro, o presidente da suprema corte eleitoral decidiu excluir as Forças Armadas da participação efetiva durante as próximas eleições, que acontecem em 2024. As entidades fiscalizadoras têm acesso aos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo tribunal e ao código-fonte. A determinação retira da lista também o STF. As decisões se basearam no fato de que o STF já tem acesso aos processos protocolados pelo TSE, e que a atuação das forças armadas não se mostra necessário nem efetivo. 

6- Bloqueio de contas de influenciador digital 

Bruno Aiud, conhecido como Monark, está banido de redes sociais. Foto: Reprodução/Youtube 

Em junho, o ministro determinou que plataformas de redes sociais bloqueassem as novas contas criadas no nome do influenciador digital Monark, que já havia sido expulso do meio digital, também por ordem judicial. Moraes decidiu por obrigar as plataformas Discord, Meta Inc, Rumble, Telegram e Twitter a removerem o usuário devido a um inquérito que apura a responsabilidade do ex-apresentador do podcast Flow pelos atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro em Brasília. 

7- Determinação para Meta enviar vídeo de Bolsonaro sobre o 8 de janeiro 

Plataforma controla Facebook, Instagram e Whatsapp. Foto: Reprodução/Flickr 

Ainda sobre redes sociais, foi a vez da empresa Meta, detentora do Facebook, do Instagram e do Whatsapp, de cumpri uma ordem judicial proferida pelo ministro. Alexandre determinou no último dia 5, um prazo de 48 horas para que a plataforma fornecesse um vídeo feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi publicado após os atos golpistas de 8 de janeiro. O vídeo em questão foi publicado por Bolsonaro em suas redes sociais no dia 10 de janeiro, onde ele questiona a regularidade das eleições de 2022. 

8- Voto sobre porte de maconha 

Alexandre de Moraes destruindo pés de maconha quando era ministro da Justiça, em 2016. Foto: Reprodução/Youtube 

Um dos momentos marcantes da atuação do ministro neste ano aconteceu em agosto, quando ele proferiu um voto favorável à descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. O ministro propôs que portadores de até 60 gramas de maconha, ou seis plantas fêmeas, sejam considerados usuários e não traficantes. O caso concreto em que se baseia o julgamento se refere a um homem que foi condenado por portar três gramas de maconha. 

9- Delação premiada de Mauro Cid 

Mauro Cid na oitiva da CPMI do 8 de janeiro. Foto: Pedro França/Agência Senado 

Já em setembro, uma decisão de Moraes moldou o rumo dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, quando foi homologado acordo de delação premiada a seu ex-ajudante de ordens, o ex-tenente Mauro Cid. Além de ter ganhado a liberdade provisória, com uso tornozeleira eletrônica, o militar não pode sair de casa aos fins de semana e durante a noite. Cid foi preso em maio deste ano acusado de ter fraudado cartões de vacina e ter inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde. 

10- Voto do Marco Temporal 

Julgamento do Marco Temporal no STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF 

Um dos debates fortemente discutidos no decorrer do ano foi sobre o entendimento da tese do Marco Temporal, que defende a demarcação das terras dos povos indígenas a partir de 5 de outubro de 1988. Alexandre de Moraes, por sua vez, votou contra a tese, argumentando que a demarcação de terras de uma comunidade retirada à força do local antes da promulgação da Constituição seria impossível. Apesar da decisão judicial, o texto foi levado ao Congresso Nacional, em forma de veto ao marco, que foi derrubado, na última quinta-feira (14), em votação conjunta do Senado e Câmara dos Deputados.  

 

Assim que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi aprovado pelo Senado Federal, na última quarta-feira (13), para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares de todas as instâncias e localidades comentaram sobre o ocorrido. Alguns representantes de Pernambuco no legislativo nacional deixaram uma mensagem nas redes sociais para registrar o momento. 

O senador Humberto Costa (PT-PE), parabenizou Dino com um vídeo e uma breve mensagem ao conterrâneo. “A alegria de saber que o Brasil conta agora com um nordestino arretado no Supremo Tribunal Federal. Parabéns, Flávio Dino”, comentou. 

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Deputadas estaduais também celebraram a aprovação do ex-governador do Maranhão para ocupar a cadeira que pertenceu a Rosa Weber, aposentada no final de setembro. É o caso da deputada estadual Rosa Amorim (PT), que também publicou um vídeo para explicar um pouco sobre a carreira política do novo futuro membro do STF. 

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A deputada Gleide Ângelo (PSB) também destacou em suas redes sociais a aprovação de Dino ao STF, assim como a do procurador Paulo Gonet à chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Foto: Reprodução/Redes sociais

A governadora Raquel Lyra (PSDB), por sua vez, ressaltou o marco da nomeação de Dino, e fez votos de manter uma relação amistosa com o Supremo. “Tenho certeza que usará o seu notável saber jurídico em favor do Brasil, com coragem, seriedade, isenção e competência. Em breve, espero lhe fazer uma nova visita, desta vez num gabinete diferente em Brasília, para discutir temas importantes pra Pernambuco e pro nosso país”, afirmou. 

Foto: Reprodução/Redes sociais

A sabatina de Flavio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (13), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, no Senado Federal, contou com momentos de desentendimento entre os parlamentares. Um deles foi entre o presidente da sessão, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES). 

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o ministro da Justiça e Segurança Pública sobre sua participação no combate aos atos golpistas, realizados no dia 8 de janeiro deste ano, em Brasília. 

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Em sua fala, do Val tenta apresentar um áudio de um delegado de polícia, quando foi interpelado pelo presidente da mesa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), para que o microfone do Senado seja utilizado unicamente pelo parlamentar. “Eu, pessoalmente, não concordo, que um senador da República pegue o microfone da Tribuna do Senado Federal, que é pra ele se pronunciar perante a nação brasileira, e coloque um áudio que a gente não se é de hoje, se é de ontem, se tem dois anos, se tem 10 anos, se é uma montagem, a gente não sabe o que é. Então, eu queria pedir com o carinho que eu tenho por vossa excelência, com a amizade que eu tenho por vossa excelência, e com o respeito pelo mandato de vossa excelência, vossa excelência vai ter o tempo regimental para fazer a arguição que deseja. Com muito carinho, peço para vossa excelência que a gente não coloque áudio no microfone, o microfone é de vossa excelência, senador da República, membro da CCJ”, declarou Alcolumbre. 

Do Val discordou do pedido, citando o artigo 53 da Constituição Federal, que afirma que “deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. “Então, presidente, o senhor está me cerceando do direito de falar, ou de mostrar o que de fato desmente muitas narrativas, então, não é uma pessoa qualquer, é um chefe de uma delegacia”, argumentou. 

Irredutível, o presidente da CCJ pediu para a arguição fosse feita apenas por do Val, sem reproduzir falas de outras personagens. 

Sabatina STF e PGR 

Iniciadas nesta manhã, as perguntas são voltadas para que os dois sejam avaliados para ocuparem os cargos para os quais foram indicados pelo presidente Lula. A votação é anônima, e são necessários 41 dos 81 votos dos senadores, favoráveis a Dino e a Bonet.  

 

Barrado na foto oficial do novo presidente argentino, Javier Milei, com os chefes de estados, nesse domingo (10), Jair Bolsonaro foi recebido na cerimônia de posse antes do ministro das Relações Exteriores do Brasil. Alvo de acusações de Milei durante a campanha, o presidente Lula não compareceu ao evento.

Bolsonaro tentou se infiltrar na foto oficial dos representantes sul-americanos, mas foi barrado pelo staff de Milei. O continente foi representado pelos presidentes Luis Lacalle Pou (Uruguai), Santiago Peña (Paraguai), Gabriel Boric (Chile) e Daniel Noboa (Equador). Também compareceram à posse o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, o líder do partido partido espanhol de extrema-direita Vox, Santiago Abascal e o presidente da Ucrânia Volodimir Zelenski.

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Se por um lado Bolsonaro foi barrado da foto oficial, ao menos conseguiu falar com Milei antes do brasileiro Mauro Vieira. O chanceler tentou cumprimentar o argentino no primeiro bloco de autoridades onde estavam os chefes de Chile, Ucrânia, Hungria e o ex-presidente brasileiro.

Contudo, Vieira foi dedurado pelo assessor de Bolsonaro e ex-secretário de comunicação, Fabio Wajngarten, que sinalizou à equipe do argentino sobre sua presença. O staff retirou o ministro do bloco e o reposicionou no terceiro. 

Flávio Dino (PSB) foi eleito senador pelo Maranhão na eleição do ano passado, quando conseguiu mais de dois milhões de votos. No entanto, ele se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministro da Justiça. No final do mês passado, o presidente Lula o indicou para o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga aberta pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Conforme previsão constitucional, o nome de um indicado para o Supremo precisa ser aprovado pelo Senado, em votação secreta. Na quarta-feira (6), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Weverton (PDT-MA) leu seu relatório favorável à indicação de Dino ao STF. A sabatina na CCJ está prevista para a próxima quarta (13). Se aprovada na comissão, a indicação ainda precisa ser confirmada no Plenário. 

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Dino é o primeiro senador indicado para ministro do STF desde o ano de 1994. Caso seja aprovado, ele se juntará a outros 12 ministros do Supremo que também tiveram assento no Senado. Antes dele, o último senador indicado ao STF havia sido Maurício Corrêa (1934-2012), eleito pelo DF e sugerido à Casa pelo presidente Itamar Franco. Ele tomou posse no cargo em dezembro daquele ano. 

Em recente entrevista à TV Senado, Dino afirmou que, depois da indicação ao cargo de ministro do STF, ele agora não tem mais partido. Disse também que cada desafio profissional exige uma postura, e apontou que há diferenças claras entre ser juiz e ocupar cargo político.

Para ele, um juiz não deve se intrometer nas lutas políticas e ideológicas, que competem aos políticos. Dino garantiu que, como ministro da mais alta corte do país, não atuará como representante do governo: 

— Eu fui juiz durante 12 anos e conheço a ética profissional que exige a isenção e a discrição, que é diferente da tarefa política. É uma volta a esse código de conduta. Tenho respeito a todos os poderes do Estado. Se o Senado me der a honra dessa aprovação, eu deixo de ter lado político e partidário, pois o Supremo é do país. 

Apoio

Dino tem visitado o Senado em busca de apoio, já que no Plenário uma indicação para o STF precisa de pelo menos 41 votos para ser aprovada. Nesse sentido, o ministro tem ressaltado que, ao longo de sua carreira jurídica e no exercício dos cargos políticos, fez muitos amigos e amigas dentro do Senado. Assim, seu contato com os senadores pode ser visto como "a visita de um amigo". 

Dino relatou que tem conversado com seos parlamentares sobre a sabatina na CCJ, a primeira etapa do processo, seguida de votação naquele colegiado, e o exame de seu nome no Plenário. Essa peregrinação, descreveu, ocorre em clima de "muita tranquilidade e muita serenidade", com a apresentação de dados objetivos de sua carreira jurídica. Ao falar de sua  relação próxima com o mundo político, até pelos cargos que já ocupou, ele defendeu o ponto de vista de que as divergências políticas não podem comprometer o bom andamento do país. E ponderou que o STF, como guardião das leis, também deve ser um lugar para promover a união:  — Estar no Senado é uma alegria, é uma honra e é estar em casa. O STF deve ser um vetor de harmonia em nosso país — declarou, durante a visita ao Senado, na semana passada. 

Na projeção do senador Weverton, Dino receberá mais de 50 votos no Plenário. Conforme o relator, o indicado tem uma “vida vitoriosa” e um “esplêndido saber jurídico”. De acordo com o relator, o ministro da Justiça tem igualmente muito apoio no mundo do direito e no STF. Weverton elogiou a atuação do colega como juiz federal, deputado federal, ministro da Justiça e governador do Maranhão.

Weverton ainda destacou como um diferencial o fato de Dino já ter ocupado cargos nos Três Poderes da República: — Com a experiência que ele tem no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, tenho certeza de que será um grande ministro da Suprema Corte.  O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou estar convicto da aprovação do nome de Flávio Dino. Ele disse esperar mais de 50 votos favoráveis ao indicado, e elogiou o relatório do senador Weverton. 

Críticas

A indicação de Dino também tem sido motivo de críticas entre senadores. Em discurso no Plenário nessa quarta-feira (6), Magno Malta (PL-ES) afirmou que não receberá Dino em seu gabinete, e ressaltou que não acredita que o atual ministro da Justiça "mude de postura" ao assumir o cargo de ministro do STF. Por isso, ressaltou Malta, espera que o Senado rejeite a indicação.  Na semana passada, Luis Carlos Heinze (PP-RS) declarou-se contrário à indicação de Dino. O senador questionou a atuação do ministro da Justiça durante os ataques contra as sedes dos Poderes no dia 8 de janeiro e os ministros do STF, por suposta atuação política. Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Cleitinho (PL-MG) e Izalci Lucas (PSDB-DF) criticaram do mesmo modo a indicação de Flávio Dino.

Currículo

Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís (MA), em 1968. É advogado e professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1993. Tem mestrado em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e lecionou na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), de 2002 a 2006. Foi juiz federal por 12 anos, e exerceu os cargos de secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da presidência do Supremo.

De 2007 a 2011, foi deputado federal. Em seguida, presidiu o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), de 2011 até 2014, quando se elegeu governador do Maranhão pela primeira vez. Governou o estado por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022. Licenciou-se do cargo de governador em abril de 2022 para concorrer pela primeira vez ao Senado. Assumiu o mandato em 2023, mas logo se licenciou para chefiar o Ministério da Justiça.

*Da Agência Senado

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram hoje para um almoço na Corte antes do início da sessão plenária. O presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, pretende tornar a reunião mensal.

O encontro ocorreu uma semana após o Senado aprovar a PEC que limita as decisões democráticas dos ministros, com apoio do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA). O episódio gerou forte reação da Corte.

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"O almoço entre os ministros nesta quarta-feira foi uma reunião de pessoas que trabalham juntas e se querem bem. E que procuram equacionar harmoniosamente as situações que surgem no dia a dia", disse Barroso em nota enviada à imprensa.

Apenas o ministro Kassio Nunes Marques e a ministra Cármen Lúcia não participaram. Nunes Marques se recupera de uma cirurgia, e Cármen participava de um evento do Ministério da Justiça no mesmo horário.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira, 13, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofreu "assédio" do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, na preparação da eleição de 2022.

"O TSE sofreu um assédio, não da população ou dos torcedores para a eleição de Bolsonaro, mas do ministro da Defesa, que todo dia pela manhã escrevia uma carta ao ministro (Edson) Fachin e o ministro Fachin respondia à tarde", afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre "O papel do STF na democracia".

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O então ministro da Defesa dirigiu diversos questionamentos ao TSE sobre a segurança das urnas e a integridade do processo eleitoral. Na época, as Forças Armadas, que tradicionalmente têm a função de apoio logístico nas eleições, foram convidadas para participar de uma comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral, mas o clima foi de animosidade até o encerramento do segundo turno.

"O sistema eleitoral, numa eleição extremamente disputada, provou-se excelente", seguiu Gilmar Mendes. "As instituições mostraram resiliência, força e eu tenho muito orgulho de poder dizer isso."

As declarações do ministro foram dadas no painel "As cortes constitucionais e a qualidade da democracia", com participação do diretor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gianpaolo Poggio Smanio - ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo - e do professor da Faculdade de Direito da Goethe Universität Frankfurt am Main (Alemanha), Ricardo Campos, com mediação do repórter especial e colunista do Estadão Marcelo Godoy.

Omissão

O ministro defendeu ainda que o STF está autorizado a decidir sempre que for acionado e houver "omissão" do Congresso. Para Gilmar Mendes, a Corte não pode aguardar indefinidamente uma posição dos deputados e senadores sobre direitos fundamentais.

"A Constituição cobra, sim, do Supremo Tribunal Federal, respostas no sentido de ser uma Corte pró-ativa, especialmente no campo das omissões legislativas ou administrativas inconstitucionais", defendeu. "Deixar de legislar para regular um direito fundamental significa descumprir a Constituição."

Em julgamento recente, o STF impôs ao Congresso a obrigação de atualizar a distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados. Também abriu prazo para a União e os governadores apresentarem planos para pôr fim a violações de direitos em presídios. Nos dois casos, os ministros constaram omissões dos agentes públicos.

Gilmar também afirmou que não vê um ativismo indevido do STF ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Eu não vejo que o tribunal tenha tido uma conduta anormal nesse período. Deu resposta para desafios que então se colocaram. Nós tínhamos um governo que, em grande medida, era negacionista na pandemia e o tribunal então teve que decidir sobre questões de saúde", opinou o ministro.

Contrariando a área técnica, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou uma ação que investigava suposto nepotismo cruzado entre o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), e o deputado distrital Chico Vigilante (PT).

Conforme revelou o Estadão, a filha de Dias, Iasmim Dias Helou, foi nomeada em 24 de janeiro no gabinete do parlamentar. Três meses depois, um dos filhos de Vigilante, Flávio Morais dos Santos, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado. Os dois petistas têm uma relação próxima de amizade. Iasmin Dias Helou foi exonerada do gabinete de Vigilante na última quarta-feira, 1º.

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No acórdão, o TCU apontou que a representação não trouxe indícios mínimos das irregularidades. O relator do processo foi o ministro Antonio Anastasia.

"Considerando que diante dos fatos narrados na notícia, não há necessidade de atuação direta do Tribunal tendo em vista que a capacidade de atuação corretiva do Senado Federal e a do seu órgão de controle interno é suficiente para dar o adequado tratamento ao fato noticiado", diz o acórdão do tribunal, ao arquivar o processo na sessão de quarta-feira, 1º.

O caso foi levado ao TCU pelo subprocurador-geral Lucas Furtado. Além de nepotismo cruzado, o Ministério Público entendeu haver indícios de que o filho de Chico Vigilante seria um funcionário fantasma. Isso porque a reportagem foi ao local de trabalho do servidor no Senado, mas ninguém o conhecia, nem mesmo a chefe de gabinete.

Ele também pediu investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

A área técnica do TCU, por sua vez, confirmou se tratar de nepotismo cruzado. Além disso, a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) estimou um prejuízo de R$ 632,3 mil aos cofres públicos caso viesse a ser confirmado que Flávio Morais dos Santos seja um servidor fantasma.

"Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência - ainda que implícita -, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias", assinalou.

A AudPessoal do TCU considerou ser necessária uma oitiva da diretora-geral do Senado, mas o plenário do tribunal arquivou o processo, enviando o acórdão à Casa para, "se for o caso", adotar as medidas cabíveis. A Corte também não quis comunicar a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nem o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

O ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira, disse neste sábado (21), no Cairo, que a expectativa do Brasil sobre o encontro convocado pelo Egito para discutir a crise humanitária provocada pela guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, é grande. 

“A expectativa é que se crie uma consciência de que é chegado o momento de pôr um ponto final a este derramamento de sangue e a essa guerra que, no fundo, afeta todo o mundo”, disse o chanceler brasileiro, ante do início do encontro.  

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O ministro representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula egípcia. Também participam do encontro membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), países do mundo árabe e outros atores na região do conflito. Durante o mês de outubro, o Brasil está na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. 

O chanceler brasileiro adiantou que foi ao Cairo levar a mesma mensagem apresentada por ele em Nova York (EUA) durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na última quinta-feira, a de que é chegado o momento de se tomar medidas de ajuda humanitária para aliviar o sofrimento do povo de Gaza.

“Não é possível mais que continuem com uma carência absoluta de todos os víveres, de todas as necessidades, de água. Precisamos discutir essa questão antes que a situação se transforme num problema humanitário de maior volume ainda.” 

Mauro Vieira disse, ainda, que serão discutidas as questões relativas ao conflito, tanto sobre os atos do Hamas contra Israel, como também a reação do Estado de Israel a esses atos de violência, que já vitimaram, aproximadamente, 4,4 mil pessoas, do lado palestino, e cerca de 1,4 mil, do lado de Israel.  Estima-se que 201 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas e levadas para a Faixa de Gaza, em 9 de outubro. Duas norte-americanas foram as primeiras reféns libertadas nesta sexta-feira.

O ministro dos Direito Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, chegou ao Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, por volta das 10h desta terça-feira (17) e foi surpreendido por um protesto dos concursados da Polícia Penal de Pernambuco. O grupo de cerca de 30 pessoas aproveitou a visita do ministro para entregar um documento com dados sobre a realidade do sistema prisional do Estado.

Silvio Almeida foi recebido pela secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota, e pelos deputados estaduais Dani Portela e Eriberto Medeiros Filho. Comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Defensoria Pública também participaram da vistoria realizada pelo governo federal através do projeto Caravana dos Direitos Humanos.

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Silvio Almeida, ministro dos Direito Humanos e da Cidadania do Brasil  Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

O representante da comissão de aprovados Arthur Leça cobrou a nomeação de 970 candidatos que passaram pelo curso de formação e aguardam serem chamados para atuar no sistema prisional. Ele ainda reivindica que a Secretaria de Administração publique a classificação final do certame.

"A gente não tem nem sequer a lista de classificação do nosso concurso. Terminou dia 7 de junho e até então não soltou", reclamou. "O estado já fez o investimento de R$ 12 milhões no curso de formação da gente e todas as etapas já foram cumpridas", destacou Leça.

Arthur Leça, representante da comissão de aprovados  Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Entre os estados em pior condição carcerária do país, Pernambuco acomoda aproximadamente 32 mil detentos e conta com o efetivo de apenas 1.800 policiais penais. Conforme a proporção definida pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o ideal seria um policial para cada cinco presos.

Uma cópia do documento foi entregue à equipe do ministro, à secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos Isadora Brandão e outra será remetida para a governadora Raquel Lyra.

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O ministro Luís Roberto Barroso será empossado nesta quinta-feira (28) no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele cumprirá mandato de dois anos e ficará no cargo até outubro de 2025. Barroso substituirá Rosa Weber, que presidiu na quarta-feira (27) a última sessão da Corte.

A posse está prevista para começar às 16h e deverá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, além de outras autoridades dos Três Poderes.

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A cerimônia contará com a presença da cantora Maria Bethânia, convidada por Barroso para cantar o Hino Nacional. Cerca de mil pessoas foram convidadas.

Barroso também vai presidir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O vice-presidente do STF será o ministro Edson Fachin.

Perfil

Barroso chegou ao Supremo em 2013. Ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012 ao completar 70 anos. 

O ministro nasceu em Vassouras (RJ), é doutor em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos.

Antes de chegar ao Supremo, atuou como advogado privado e defendeu diversas causas na Corte, entre elas a interrupção da gravidez nos casos de fetos anencéfalos, pesquisas com células-tronco, união homoafetiva e a defesa do ex-ativista Cesare Battisti. 

O ministro da Cidadania e Direitos Humanos, Silvio Almeida, acionou a Advocacia-geral da União (AGU) contra os deputados do PL Nikolas Ferreira e Filipe Barros por fake news. Eles mentiram sobre a obrigatoriedade de banheiro unissex nas escolas em publicações feitas nessa sexta-feira (22).

Na manifestação à AGU, Silvio Almeida desmente a obrigatoriedade de banheiros unissex. "Quem usa a mentira como meio de fazer política, incentiva o ódio contra minorias e se não se comporta de modo republicano tem que ser tratado com os rigores da lei. É assim que vai ser", publicou o ministro.

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Uma resolução assinada pelo Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ baseou as fake news bolsonaristas, mas, na verdade, apenas orientava as escolas a adotar o nome social dos estudantes e os pais a denunciar casos de preconceito.

O ministro informou que Conselho não responde pelo governo federal, sendo uma entidade autônoma. "Ao contrário do que alegam os parlamentares, não há banheiros unissex; há, sim, banheiros individuais", esclareceu no ofício enviado à AGU.

"Trata-se de divulgação de fake news que claramente tem como objetivo provocar o pânico moral e expor ainda mais as pessoas LGBTQIA+ ao ódio e à repulsa social provocada pelo preconceito e pela discriminação", reforçou.

A Secretaria de Comunicação Social do governo federal também se posicionou contra as postagens da oposição. "Diferentemente do que está sendo propagado por peças de desinformação, o documento não possui caráter legal ou de obrigatoriedade nem cita banheiros unissex", aponta em nota.

As fake news repercutiram rapidamente nas bolhas da extrema-direita e foram compartilhadas pelo senador Sergio Moro (UNIÃO). Silviou indicou que também deve citar o ex-juiz e o ex-deputado Arthur do Val à AGU.

"Serão também tomadas providências contra outros propagadores de Fake News, dentre os quais um sujeito que já teve seu mandato cassado por desrespeitar mulheres de um país em guerra e outro, um Senador da República que quando juiz de direito envergonhou o Poder Judiciário", adiantou o ministro.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, errou o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao falar a jornalistas sobre o encontro bilateral com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Depois de corrigir, agradeceu os esforços do brasileiro, que tem defendido um caminho de paz como a solução para o fim da guerra na Ucrânia.

"Nós apreciamos a decisão do presidente Putin, oh, Lula. Nós continuaremos coordenando reuniões em torno de um caminho pela paz conforme proposto pelo presidente Zelensky", disse Kuleba, a jornalistas, em Nova York.

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Segundo ele, a reunião foi "importante", honesta e os presidentes entendem melhor a posição de cada um. "É um momento muito importante", concluiu.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), celebrou o avanço de antigas obras hídricas e de infraestrutura que estavam, há anos, paradas ou sob avanço lento no estado. Esse conjunto de investimentos está contemplado no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Lula, lançado no Rio de Janeiro, em agosto, e apresentado à população pernambucana nesta segunda-feira (11), no Recife.

Para a apresentação do PAC, a gestora se reuniu com parlamentares, prefeitos, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no auditório da Faculdade de Ciências da Administração da Universidade de Pernambuco (FCAP/UPE). A introdução dos eixos do programa foi feita pela secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior. Dos R$ 51,1 bilhões destinados a Pernambuco, R$ 10 milhões serão exclusivos do estado. O valor deve abraçar empreendimentos como a Ferrovia Transnordestina e a Adutora do Agreste, que há décadas são idealizadas pelas gestões municipal, estadual e federal.

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“Quando a [reserva] Cantareira entrou em colapso, não deu seis meses para se resolver. Na época, o governador do estado era Alckmin, e rapidamente se conseguiu R$ 4 bilhões e se fez o investimento. A obra da Adutora do Agreste tem exatamente esse valor, mas se arrasta há anos e foi necessário que o presidente [Lula] voltasse a ser presidente da República para a obra poder ser concluída. Agora temos a espinha dorsal da aplicação da BR-232, que era uma peleja danada desde a época da privatização [...] A mesma coisa acontece com a BR-104, que caiu por causa da Delta, depois por causa da obra, e foi se arrastando. É uma obra importante para a conexão dos estados e para o fortalecimento do polo de confecções do Agreste. Agora chegamos em um consenso com o ministro Renan Filho [Transportes] e devolveremos dinheiro ao Governo Federal, para que nos devolvam em obras”, celebrou Raquel. A BR-104 é paralela à BR-101 e uma cobrança de anos por parte da população interiorana.  

Pernambuco será um dos estados mais beneficiados com o novo PAC. A infraestrutura, em especial as estradas e canais portuários, deve ser o setor mais impactado com os novos investimentos. A governadora Raquel Lyra elogiou o Governo Federal pela atenção ao estado e creditou a capacidade de diálogo com o principal fator para que a parceria pudesse ser feita. 

“A gente conseguiu construir um relacionamento com o Governo Federal que permite que a gente tenha reuniões semanais de ponto de controle, para que as obras, que hoje estão anunciadas, possam, de fato, ser a realidade do nosso Estado. A gente só combate a desigualdade com investimento, e a gente não tem uma capacidade de investimento muito alta. Agora, a gente está buscando empréstimos, mas a parceria com o Governo Federal é fundamental”, completou a chefe do Executivo estadual.

"Governo anterior não tinha projeto estruturante"

O ministro Rui Costa, em seu discurso, também elogiou a atuação do Governo Federal no primeiro semestre de trabalhos e o que colocou como celeridade na comunicação entre as esferas administrativas. Segundo ele, o novo PAC não pode repetir os erros do programa anterior. 

“Não podemos deixar acontecer o que aconteceu no PAC 1, porque antes não tinha nenhum projeto estruturante no país enxergando a possibilidade de faltar mão de obra. Não é razoável, com esse nível de desemprego no país, a gente ter obra em andamento e as empresas se queixarem de mão de obra qualificada para contratar. É preciso, imediatamente, buscar parcerias entre os poderes e as redes de escolas técnicas federais, para que se identifique em cada cidade e região [as necessidades], para ‘customizar’ a formação e a mão de obra. Ver que tipo de mão de obra se busca naquela região. Fazer formação direcionada”, declarou. 

Por fim, elogiou as conquistas econômicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ironizou a “sorte” do mandatário frente à economia do Brasil. “Falaram que não conseguiríamos crescer a economia nem em 1%, depois aumentaram para 1,5%, depois 2%, e sempre admitem que erraram e erraram porque não acreditaram no país, porque não acreditem na ‘sorte’ do presidente Lula, porque eles dizem que é sorte. Graças a Deus Lula tem sorte e é por isso que o povo vota nele. Toda vez que ele volta, a economia cresce, o emprego aumenta e as coisas melhoram”, concluiu. 

 

O Republicanos disse, em nota divulgada nesta quinta-feira, 7, que "não fará parte da base do governo Lula e seguirá atuando de forma independente", mesmo após o Palácio do Planalto anunciar que o deputado do partido Silvio Costa Filho será indicado para o Ministério dos Portos e Aeroportos.

"O Republicanos vem a público reiterar, mais uma vez, que não fará parte da base do governo Lula e seguirá atuando de forma independente. Sendo assim, informamos que a indicação do deputado federal Silvio Costa Filho (PE) para o Ministério de Portos e Aeroportos trata-se, exclusivamente, de um convite pessoal e direto do presidente Lula ao parlamentar", afirmou o partido.

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Segundo o Republicanos, o deputado Silvio Costa Filho, que assumirá a vaga de Márcio França em breve, vai se licenciar de suas funções partidárias, como a presidência da sigla em Pernambuco e o cargo de 1º tesoureiro da Executiva Nacional da legenda.

A publicação da nota se deu como resposta a uma declaração do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, que disse que Lula trouxe "para o governo Tarcísio de Freitas e seu partido Republicanos para nos apoiar". O PSB tem criticado Lula por tirar espaço do partido para abrigar legendas que apoiaram Jair Bolsonaro em 2022.

"Saúdo o Lula por trazer para o governo Tarcísio de Freitas e seu partido para nos apoiar. O Brasil voltou!", escreveu França na publicação da foto. A manifestação foi feita no Instagram.

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