Jean Wyllys diz que fascistas não pensam e não refletem

O deputado federal criticou mais uma vez Bolsonaro e se referindo a ele como "fascista", Jean disse que o fascismo e nazismo são males que devem ser combatidos

por Taciana Carvalho sab, 08/04/2017 - 16:13
Wilson Dias/Agência Brasil Wilson Dias/Agência Brasil

Mesmo sendo absolvido pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (5), do julgamento que poderia resultar na suspensão de seu mandato por ter cuspido no deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), ainda assim o parlamentar Jean Wyllys (Psol) não dá trégua. O psolista fez questão de criticar uma palestra que Bolsonaro fez, durante a semana, no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro. 

“Esse clube, que é um tradicional reduto da comunidade judaica carioca, provavelmente, nunca foi palco de nenhuma outra atração tão desonrosa. Para plateia de aproximadamente algumas centenas de pessoas, o convidado desfiou um rosário de ofensas chulas e com conteúdo machista, racista e xenófobo. Em certo momento, ele chegou a dizer que quilombolas não serviriam nem para procriar. Como se não houvesse leis no país contra o racismo“, contou. 

Jean Wyllys, sem citar o nome de Bolsonaro, mas se referindo a ele como “fascista”, também declarou que ele ofendeu a dignidade de quilombolas, indígenas, homossexuais e mulheres e que fazem discursos similares em igrejas, universidades e em outros clubes. Ainda enfatizou que “os fascistas não pensam nem refletem criticamente”. “Apenas repete afirmações que estão de acordo com os preconceitos que carrega em si há tempos e dos quais não conseguiu se livrar”. 

“Os que se calam hoje diante da escalada do fascismo no Brasil, por conveniência, preguiça ou egoísmo, não têm ideia do que lhes espera no futuro se esse mal não for devidamente contido. O fascismo e o nazismo aniquilaram milhões de seres humanos com requintes de crueldade pelo simples fato de estes serem judeus, homossexuais, ciganos e comunistas. Não vamos nos esquecer disso. Porém, a luta e o enfrentamento desse mal não podem nos transformar nos monstros que estamos combatendo”, concluiu Wyllys. 

Nessa sexta (7), o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) também criticou Bolsonaro dizendo que ele tem um “comportamento inaceitável” e precisa ser “ responsabilizado por seus atos e tantas falas de ódio”. Humberto chegou a dizer que as "indignidades" pronunciadas por Jair são, costumeiramente, de “uma violência atroz” contra todas as mulheres, homossexuais, negros e contra a própria sociedade brasileira.

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