É injusto lutadora trans lutar com mulher, diz Feliciano

O deputado comentou o caso de Fallon Fox, um ex-militar que se tornou a primeira lutadora transexual no MMA feminino

por Taciana Carvalho qui, 04/01/2018 - 20:17
Agência Brasil Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) comentou mais um assunto polêmico nesta quinta-feira (4). O parlamentar disse que era injusto uma luta de MMA entre um lutadora trans com uma mulher. Ele se referiu a Fallon Fox, um ex-caminhoneiro e ex-militar, que se tornou a primeira lutadora transexual nas artes marciais mistas, na categoria feminina. Fox tem sido alvo de uma grande polêmica por causa de sua presença incluindo casos de transfobia. Feliciano falou que Fox já chegou a “espancar” a rival e, depois, é aplaudida e recebe prêmios. 

“Nas últimas lutas que participou quase trucidou as suas oponentes, pois após uma cirurgia, esse ser que nasceu homem e se transformou em uma mulher, mas a sua formação óssea continua a mesma. Sua formação muscular continua a mesma, os cromossomos Y são os mesmo e quem diz isso não é um pastor fundamentalista não, são especialistas na área de biótipo humano”, declarou por meio de um vídeo publicado no Facebook. 

Feliciano falou que a participação da lutadora trans é “esdrúxula”. “Mas, por causa do politicamente correto, os organizadores dessas lutas aceitaram essa esdrúxula participação de uma lutadora, entre aspas, mulher com uma condição física de homem, robustez do homem, no que eu acredito ser um verdadeiro massacre contra às lutadoras nascidas mulher”. 

O deputado ainda pediu para que esse tipo de “combate desigual” não ocorresse no Brasil para proteger a integridade das atletas. “Mulheres nascidas mulheres, deixo bem claro. Mas, imagine a luta que teria um parlamentar homem para propor uma lei nesse sentido e antes que comece o massacre eu não irei propor uma lei, pois eu seria xingado de tantos palavrões, mas gostaria de desafiar a bancada feminina e as feministas da Câmara dos Deputados, especialmente, a deputada Jandira Feghali, que foi relatora da Lei Maria da Penha, para que apresente um projeto nesse sentido”.

Ainda salientou que se existem categorias específicas como peso leve e peso médio, o que torna esse tipo de enfrentamento injusto. “Com regras desiguais, estará aprovado homens espancar mulher e com direitos a aplausos, prêmios e fã-clubes. Me de sua opinião, talvez eu esteja errado. Compartilhe se você tiver coragem, pois a patrulha do mimimi e da poderosa agenda gay vai cair sobre você”. 

 

 

COMENTÁRIOS dos leitores