Consulta: você é a favor ou contra o porte de armas?

No site do Senado, mais de 311 mil pessoas votaram a favor de um plebiscito para que uma nova lei assegure o porte de armas a qualquer cidadão

por Taciana Carvalho qui, 22/02/2018 - 15:59
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Em breve, o Congresso Nacional poderá votar um tema bastante polêmico: a revogação do Estatuto do Desarmamento, que restringe o comércio e o porte de armas no Brasil desde 2003. Um projeto de lei de autoria do senador Wilder Morais (PP) defende a revogação do Estatuto por meio da convocação de um plebiscito para saber se o povo é a favor de uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a qualquer cidadão. 

Uma consulta aberta no site do Senado Federal quer saber a opinião da sociedade. Até a tarde desta quinta-feira (22), mais de 311 mil pessoas são a favor do plebiscito sobre a revogação do Estatuto e 14 mil são contra. 

Um dos que defendem o porte de arma é o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC). Ele, durante um evento em Belém, no ano passado, chegou a dizer que no que dependesse dele, “todos terão porte de arma de fogo” e ressaltou que “não existirá o politicamente correto”. 

O deputado federal Delegado Waldir (PR), nesta quinta, voltou a falar sobre o assunto também defendendo o porte de armas. No entanto, o parlamentar garantiu que não será liberado para qualquer cidadão. “Quem tiver interesse deve atender requisitos como idade mínima, testes psicológicos, aulas teóricas e práticas. O criminoso já anda armado, uma vez que esse estatuto apenas desarmou as pessoas de bem”, ressaltou. 

No Facebook do deputado Waldir, muitos se posicionaram contra. “Acho que se essa lei do porte de armas for mesmo aprovado, todos esses políticos que estão a favor dessa barbaridade têm que ser responsabilizado por cada briga de vizinho, por cada briga de trânsito, por cada briga de boteco que acontecer mortes porque é exatamente isso que vai acontecer com uma população mal educada e violenta como a do Brasil”. O deputado rebateu o comentário do internauta. “Respeito sua opinião. Os crimes interpessoais que acontecem hoje é de responsabilidade de quem? Não é de quem os comete? Assassinatos são cometidos por pessoas e não por armas de fogo”, argumentou. 

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