Mais de 200 igrejas saem em defesa de Michele Collins

Após a vereadora ser acusada de intolerância religiosa, representantes de entidades afirmam que ela apenas expressou sua opinião e que isso não é crime

por Taciana Carvalho seg, 05/03/2018 - 18:26
Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo

A repercussão da declaração da vereadora do Recife Michele Collins (PP), acusada de intolerância religiosa por escrever em seu facebook sobre “quebrar toda maldição de Iemanjá”, parece não ter fim. Após a frase, a comunidade de Terreiro Axé Talabi divulgou uma nota de repúdio por "propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades".

Nesta segunda-feira (5), foi a vez de entidades religiosas saírem em defesa da vereadora. Representantes de mais de 200 igrejas foram até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com o objetivo de entregar uma carta aberta. No documento, os defensores de Collins ressaltam que o inquérito instaurado no órgão contra ela é uma violação da liberdade religiosa. 

A carta ressalta que Michele Collins apenas expressou sua opinião de fundamento monoteísta em um espaço particular. “Longe das tribunas do parlamento e sem fazê-lo em nome do Poder Público. Qual é o crime nisto? Se depois de se tornar parlamentar um cidadão precisar ser obrigado a silenciar suas convicções de fé, fatalmente um dos dois direitos serão violados: ou o direito do candidato eleito exercer sua liberdade religiosa em ambiente privado ou o direito de alguém com convicções religiosas concorrer a um cargo público”, destaca um trecho do texto. 

O grupo pediu para que o inquérito contra a vereadora seja arquivado e ainda solicitaram uma reunião com o promotor do caso. 

 

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