Tópicos | PP

Se 2023 ficou marcado na história da política nacional como um ano em que vários partidos fizeram acordos para, assim, comandar ministérios do terceiro mandato do presidente Lula (PT), também conseguiu ficar conhecido por ter sido um ano em que as importantes lideranças políticas traçaram suas estratégias para a tão aguardada eleição municipal de 2024. Em Pernambuco, por exemplo, a direita caminhou por todo o território do Estado, com o objetivo de firmar alianças, alcançar protagonismos e resolver os problemas referentes a sua popularidade.

Partidos como Progressistas e Podemos ampliaram seus números de prefeituras. No mês de maio, ao alegarem que buscavam alinhamento de suas ideias com as propostas da sigla, os gestores da cidade do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, e do município de Moreno, Edmilson Cupertino, abandonaram seus antigos partidos - PL e PSB, respectivamente - e logo apareceram em fotografias ao lado do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), atual presidente estadual do Progressistas. Outra desfiliação que foi também muito comentada na atmosfera política pernambucana foi a do prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, que deixou o PSD e formalizou a sua filiação no Podemos em março.

##RECOMENDA##

Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro definiu essas estratégias dos partidos como “inteligentes”, pois ao mesmo tempo em que as siglas se “potencializam eleitoralmente”, também conseguem “aumentar o comando de espaços tanto no território como no orçamento”. O estudioso também acredita que essas movimentações dos partidos “são naturais” e correspondem ao protagonismo que conseguiram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Progressistas, por exemplo, não só está criando estratégias para as reeleições dos prefeitos recém-filiados, mas também vem tentando inserir na próxima disputa municipal, nomes que já são conhecidos entre os pernambucanos, como é o caso da deputada bolsonarista Clarissa Tércio (PP), que entrará na corrida pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A parlamentar, que tem um papel importante para a manutenção do bolsonarismo no estado, já se mostrava interessada pelos assuntos ligados a Jaboatão antes mesmo que seu partido a indicasse como pré-candidata em setembro. Por defender pautas conservadoras, Clarissa solicitou, no início do ano, reforço policial na Marcha da Maconha do município. Na época, a deputada afirmou que a ação policial seria para apurar “eventuais condutas criminosas e uso ou tráfico de entorpecentes”.

No entanto, diferente da Clarissa, que ainda defende fortemente a reputação do bolsonarismo, outras figuras políticas da direita pernambucana logo se viram na necessidade de se adaptarem ao atual cenário político após a saída de Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto.

Um dos partidos que passou a integrar a gestão Lula foi o Republicanos, que mesmo dividido entre apoiar o líder petista, para conseguir alguma visibilidade no governo, e manter a sua fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu emplacar o nome do pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no Ministério dos Portos e Aeroportos.

O cientista político Arthur Leandro pontua que a ida do filho do ex-deputado federal Silvio Costa, ferrenho defensor de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), reforça a governabilidade do presidente e dá visibilidade ao pernambucano.

“O Silvio Costa Filho procura evidência e controle político. E a condição de ministro assegura controle sobre uma fatia do orçamento, de articulação junto ao Governo Federal, não só na sua pasta, mas nas outras também. Então o ministro e o presidente da República têm clareza dos interesses que os unem nessa relação. É uma relação pragmática e que não deve alterar, digamos assim, a natureza, seja da visão que o presidente e seu núcleo de articulação política percebe acerca das forças do país, nem alterar a orientação de partidos como Republicanos”, disse.

Os desafios do PL estadual

Outro assunto abordado por Arthur Leandro foi as manobras feitas pelo Partido Liberal, em 2023, para driblar dificuldades e “se estabelecer na região Nordeste como uma alternativa ao histórico predomínio das esquerdas”. “A estratégia dos partidos de direita é de negociação com as lideranças regionais”.

As negociações, citadas por Arthur, fazem com que outros partidos ou lideranças políticas, que tentam pensar de forma independente e vão de encontro às decisões das suas siglas, apoiem as pré-candidaturas do partido de Bolsonaro. Com esse cenário, nomes já estão sendo lançados para a disputa de 2024. Como por exemplo, o da presidente estadual do PL Mulher, Izabel Urquiza (PL), para a corrida eleitoral da cidade de Olinda. 

Izabel foi candidata a vice-governadora na chapa encabeçada pelo presidente estadual da sigla, Anderson Ferreira (PL), nas eleições de 2022. Os dois terminaram as eleições em terceiro lugar, atrás da adversária Marília Arraes (Solidariedade), e da atual governadora, Raquel Lyra (PSDB). No município de Olinda, a chapa obteve 26,61% dos votos, sendo a mais votada no primeiro turno. Devido a esse resultado expressivo entre os eleitores do município, Izabel passou a ter seu nome credenciado para a próxima eleição.

Conflitos de ideias no União Brasil 

Se partidos como Progressistas, PL, Republicanos e Podemos, se organizam para 2024 sem apresentarem conflitos internos relevantes, outros ainda tentam cumprir o dever de unir as ideias dos seus políticos e assim ter êxitos, como é o caso do União Brasil, que surgiu da junção dos antigos DEM e PSL.

No campo político nacional, crises entre o presidente do partido, Luciano Bivar (UB-PE), e o secretário-geral, ACM Neto (UB-BA), já foram noticiadas, assim como também desfiliações de parlamentares. Para Arthur Leandro, esses conflitos também se reproduzem em Pernambuco.

“O PSL e o DEM são partidos muito diferentes, então o tipo de dificuldade que aconteceu no nível nacional, ele se reproduz em Pernambuco pelo fato de que os partidos têm funcionamentos internos que são diferentes. Não estou falando apenas de spoiler de liderança política de cada um das forças, mas basicamente do jeito de operar. O Democratas, aqui a gente tem a liderança do Mendonça Filho, que é diferente da liderança do PSL com o Luciano Bivar. Então quando a gente olha sobre essa união em termos de distribuição no território nacional, há locais em que o PSL era mais forte e há locais em que o Democratas era mais forte. Aqui em Pernambuco a liderança de Mendonça Filho era mais relevante e mais tradicional do que a liderança de Luciano Bivar, que foi uma liderança de circunstância, por ter sido o cara que abrigou o ex-presidente Bolsonaro. Então isso deu uma vitaminada, digamos assim, no PSL aqui em Pernambuco”, explicou.

O estudioso afirmou que “em Pernambuco o Democratas era um partido mais robusto do ponto de vista das suas lideranças, enquanto o PSL era um partido que foi catapultado, e que foi vitaminado, digamos assim, pela candidatura de Bolsonaro e pelo fenômeno das eleições de 2018”.

Gestão Raquel Lyra

Sobre a gestão Raquel Lyra (PSDB), que já foi apontada como um governo bolsonarista pelos seus adversários, o cientista político acredita que, em 2023, ela gerou “descontentamentos” tanto na esquerda, como na direita.

Para o estudioso, os acenos da líder tucana ao governo Lula, trouxe “desconforto” a base parlamentar e as lideranças bolsonaristas do estado. Entretanto, Arthur também apontou que o fato da governadora “ter abrigado pessoas claramente bolsonaristas no seu secretariado, como por exemplo a sua secretária de educação, que era secretária de Anderson Ferreira, em Jaboatão, gerou descontentamento na área tão sensível ao campo da esquerda, como a área de educação”. 

Mesmo com essas observações, o estudioso acredita que Raquel se posicionou de maneira “equilibrada” em relação à distribuição de forças no espectro nacional. 

“Ela não reproduziu a clivagem que há no país e ela soube buscar e apresentar o presidente Lula como parceiro, como aliado. Raquel se mostrou como alguém capaz de trazer esse apoio, trazer essa parceria para desenvolver o estado. Então o posicionamento, a postura de Raquel, em relação ao governo Lula, foi inteligente, foi estratégico e não deve mudar no ano que vem”, completou.

 “Direita consistente”

Questionado sobre como a direita exerceu o seu dever em 2023, Arthur Leandro fez questão de afirmar que “a direita se posicionou de maneira consistente” e que ela “não teve enfraquecimento das bases locais” da última eleição municipal para o cenário político desse ano.

“A direita está presente, está potencializada. Se a gente comparar, por exemplo, o ano de 2024 com o cenário que a gente tinha, por exemplo, em 2010, a gente vê que é outro mundo, né? A gente tem a direita viva, acesa, tanto do ponto de vista do lançamento de candidaturas, tipicamente a direita, e eu diria até uma direita com influência, com inspiração bolsonarista, como no campo da centro-direita, do apoio, junto a lideranças locais, nos bairros”, explicou.

Uma semana depois de parte de sua bancada aderir ao governo com a entrada de André Fufuca (MA) no Ministério do Esporte, o comando do PP aprovou uma agenda central que, na prática, pode dificultar o apoio a diversas votações de interesse do Executivo. Produzido sob a coordenação da senadora Tereza Cristina (MS), que é cotada até como candidata a presidente em 2026, o documento elenca uma série de princípios que o partido considera "inegociáveis" ou "cláusulas pétreas" e que, segundo ela, "nortearão as ações e políticas" da legenda.

Embora haja pontos que se coadunam com o discurso do governo, como a defesa do desenvolvimento econômico sustentável, com estabilidade financeira caminhando ao lado de justiça social e redução da pobreza, há reiterações da sigla na centro-direita, com princípios contra o aumento de impostos, em defesa da liberdade econômica, e indicações contra o aborto, por exemplo.

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, o presidente da sigla, Ciro Nogueira (PI), exaltou a resolução e publicou uma foto de água e óleo, que não se misturam. A publicação se dá no momento em que outro líder da legenda, o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), se aproxima cada vez mais do governo ao patrocinar a entrada de parte da bancada na base do Executivo.

Na postagem, Ciro Nogueira afirma o partido pode inclusive fechar questão nas convicções centrais expostas no documento, o que abriria espaço para punição a membros do PP que votassem com o governo em alguns desses temas sem a concordância da legenda. "São a nossa essência, o que nos fazem sermos o que somos. A nossa identidade para dizer, em última instância: água e óleo não se misturam! Em nossas convicções centrais, fecharemos até questão. Seremos uma só voz", resumiu.

Ciro Nogueira, um ex-aliado de Lula que tornou-se ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), tem sido um dos principais críticos da aproximação do PP com o governo.

Ele faz críticas quase diárias a Lula e à gestão petista nas redes e teria desaconselhado André Fufuca a assumir o Ministério do Esporte, como disse o próprio ministro em entrevista recente ao Estadão.

Entre os 11 pontos, o PP começa destacando o "respeito à Constituição Federal e à segurança jurídica". "Aspiramos a um Brasil onde as regras são claras, justas e consistentemente aplicadas, assegurando a cada brasileiro a convicção de que seus direitos, garantidos pela nossa Carta Magna, serão respeitados e protegidos", afirma o partido.

No segundo tópico, o PP trata da defesa de "políticas fiscais equilibradas" e "contra o aumento de impostos". A postura da legenda vem no momento em que o governo quer aprovar no Congresso medidas que permitam o aumento da arrecadação, de modo a zerar o déficit em 2024, como prevê o novo arcabouço fiscal. Entre essas medidas estão, por exemplo, propostas para tributar investidores de fundos offshore, fora do país, e exclusivos, chamados de fundos dos "super-ricos", o que enfrenta resistência na Câmara.

"Ademais, deixamos claro que somos contra o aumento de impostos no Brasil e não aceitaremos retrocessos, por exemplo com a tentativa de retorno da contribuição sindical compulsória", diz o PP, fazendo referência ao recente debate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cobrança de taxa sindical, que tem adeptos no governo.

O PP também finca o pé na defesa da liberdade econômica e dos direitos de propriedade. "Almejamos uma nação onde empreendedores, livres de entraves burocráticos, possam dedicar-se plenamente à inovação e à geração de negócios transformadores".

Quanto ao respeito à propriedade privada, a sigla aponta o objetivo do Estado de "proteger propriedades, combater invasões e assegurar os direitos dos legítimos proprietários".

O PP, que já viu no passado membros da legenda envolvidos em acusação de aparelhamento e corrupção em estatais em governos petistas, aponta defender a eficiência no gasto pública com gestão profissional das empresas que pertencem ao Estado. "Enxergamos um futuro onde as empresas estatais são regidas por mérito e competência, alinhadas à uma gestão transparente e voltada para resultados", afirma a sigla no documento, complementando que "esta abordagem elimina o espaço para práticas corruptas, indicações políticas e desperdício de dinheiro público".

O partido também defende o que chama de "privatizações estratégicas" em alguns setores, sem apontar, porém, quais seriam as empresas e áreas que poderiam passar por essa desestatização.

Em um dos pontos que mais se choca com o discurso de grupos de esquerda que sustentam o governo e que defendem a possibilidade de ampliar as hipóteses para o aborto legal, o PP faz uma defesa da "valorização da vida desde sua concepção até a terceira idade", apontando que seria um pilar fundamental para moldar uma sociedade mais cuidadosa e respeitosa". "Enfatizamos que todas as vidas possuem valor inestimável, e este princípio abrange desde os não nascidos até mulheres grávidas, famílias e idosos".

O PP também reserva um capítulo especial para tratar da segurança pública, do combate às drogas e da corrupção. "Buscamos um Brasil onde o consumo de substâncias nocivas seja vigorosamente combatido, protegendo nossos jovens e famílias dos impactos negativos do vício", diz a legenda, enfatizando políticas preventivas, como educação, incentivo ao esporte e geração de oportunidades, além de serviços de saúde mental em apoio aos dependentes.

O documento traz, por outro lado, pautas mais convergentes com o discurso de membros do governo, como a ampliação de investimento e valorização de profissionais da saúde, com fortalecimento do SUS, investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, com proteção ao meio ambiente, valorização da cultura e do turismo brasileiros e um arcabouço de medidas de proteção social para redução da pobreza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está para anunciar uma minirreforma ministerial, que deve incluir a demissão da ministra do Esporte, Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica e que deve ser substituída por um político do "centrão".
Lula e Moser conversaram por cerca de uma hora na última terça-feira (5), no Palácio do Planalto, mas a saída da ministra ainda não foi oficializada. "O técnico entra com um time em campo, mas no decorrer do jogo ele vai mudando.

É muito difícil chamar uma pessoa para dizer: 'Eu vou precisar do teu ministério'. Essa é a política, nós precisamos construir maioria no Congresso", afirmou o petista no programa Conversa com o Presidente.
Moser deve ser substituída pelo deputado federal André Fufuca (PP), correligionário do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que vem pressionando o governo para ampliar o espaço do "centrão" nos ministérios. Em troca, Lula espera obter uma margem mais confortável de votos para aprovar seus projetos no Congresso.
As negociações entre o presidente e Lira, que foi aliado do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), já duram quase dois meses.
"A reforma ministerial está caminhando", afirmou ontem o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), após uma reunião com Lula.
Alckmin poder ter que deixar o Ministério do Desenvolvimento para dar lugar ao atual ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), cuja pasta atual seria entregue ao deputado Silvio Costa Filho, do Republicanos, partido do "centrão" e ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

##RECOMENDA##

*Da Ansa

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou no período da tarde desta segunda-feira, 4, que a reforma ministerial deve ser concluída pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, "nas próximas horas" e que PP e Republicanos estarão integrados à base do governo a partir das mudanças na Esplanada dos Ministérios.

Em entrevista ao telejornal GloboNews Mais, do canal de notícias GloboNews, Pimenta disse que os dois partidos comporão a base porque tomaram a iniciativa de procurar o governo e manifestar disposição e interesse. "As conversas estão acontecendo; acredito que nas próximas horas nós vamos poder concluir esse processo todo", comentou.

##RECOMENDA##

Pimenta afirmou, no entanto, que essas "próximas horas" podem ser estendidas por "mais de duas mãos". "Governo tem uma agenda importante no Legislativo no próximo período e não tenho nenhuma dúvida de que, quanto mais forte for a base política, mais sinalizamos a capacidade de fazer com que as reformas sejam votadas o mais rápido possível", declarou.

De acordo com Pimenta, uma base forte sinaliza a investidores a "força política do governo e ajuda a controlar inflação e um ambiente de negócios mais favorável"

Mais cedo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a entrada de PP e Republicanos no governo é "importante", mas não antecipou o desenho da Esplanada.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, repetiu nesta segunda-feira, 4, sua avaliação positiva sobre o embarque dos partidos Progressistas (PP) e Republicanos no governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a partir da reforma ministerial, mas não antecipou o desenho da Esplanada, que é alvo de especulação nos últimos meses. Alckmin classificou a entrada dos partidos como "importante", mas atribuiu ao presidente a decisão sobre a reestruturação do comando de ministérios.

"Reforma ministerial é com presidente Lula. Eu entendo que é importante trazer para o governo o PP e Republicanos, são grandes partidos que ajudam na governabilidade, contribuem com propostas. Então sou favorável. A forma de fazê-lo cabe ao presidente", respondeu Alckmin.

##RECOMENDA##

A pasta comandada pelo vice-presidente é uma que pode ser reformulada para o governo abrigar PP e Republicanos.

Lula, já anunciou que vai recriar o Ministério da Micro e Pequena Empresa, temática que hoje é tratada em uma das secretárias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No arranjo político para selar o apoio do Centrão e favorecer a aprovação de projetos no Congresso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva prevê uma minirreforma ministerial com mudanças em pelo menos três pastas. A principal delas deve atingir Portos e Aeroportos, cobiçada pelo Republicanos, obrigando o Planalto a deslocar o ministro Márcio França (PSB).

--> O que falta para o Republicanos entrar no governo Lula?

##RECOMENDA##

Já o PP, também contemplado com um cargo na Esplanada nesse desenho previsto pelo governo, deseja o Ministério do Desenvolvimento Social, que hoje controla o programa Bolsa Família e tem no comando o petista Wellington Dias, ex-governador do Piauí.

No caso do Republicanos, o cenário mais provável, traçado após um encontro fora da agenda entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é que França deixe o posto para entregar o ministério ao deputado Silvio Costa Filho (PE). Essa troca atende a um pedido do partido do deputado Marcos Pereira (SP) por causa do Porto de Santos, área de interesse do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, filiado à legenda.

Proposta

O PP de Lira, por sua vez, vai compor o primeiro escalão de Lula com o também deputado André Fufuca (MA). Lula já concordou com os nomes de Costa Filho e Fufuca; falta definir as pastas. Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a proposta do Centrão entregue ao presidente envolve a ida de França para a pasta de Ciência e Tecnologia, hoje com Luciana Santos (PCdoB). Luciana seria realocada no Ministério das Mulheres, comandado atualmente por Cida Gonçalves, que é filiada ao PT.

O PP voltou a insistir na indicação de Fufuca para o comando do Ministério do Desenvolvimento Social. No entanto, Lula resiste e quer manter a pasta com o PT. O Estadão apurou que, diante do impasse, num primeiro momento, o ministério pode ser poupado nesta reforma.

Pressão

A avaliação de líderes é a de que a demora do governo em definir o espaço do PP e do Republicanos na Esplanada elevou a insatisfação dos parlamentares. A recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o "poder muito grande" da Câmara, também agravou o clima de atrito.

Além disso, uma romaria de prefeitos a gabinetes de deputados nesta semana reacendeu a insatisfação com a demora na liberação de emendas para as bases eleitorais. Também há a cobrança de que o governo precisa retribuir o apoio que conseguiu na Câmara para aprovação, por exemplo, do projeto que retoma o voto de desempate a favor da Receita no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O próprio Lira tem sido pressionado pelos parlamentares.

Deputados dizem ainda esperar uma contrapartida pelo esvaziamento da CPI do MST. Partidos como Republicanos e União Brasil substituíram bolsonaristas do colegiado por nomes mais governistas, e Lira anulou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, teria mais força política para concorrer à Presidência em 2026 do que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, aposta do PL para participar da corrida eleitoral. Segundo o parlamentar, é natural que Tarcísio venha a disputar a vaga no Planalto caso o ex-presidente Jair Bolsonaro esteja inelegível, deixando aberta a cadeira para um eventual novo nome em São Paulo.

Na manhã desta terça-feira, 25, Nogueira participou da Convenção Nacional do Partido Progressista, em Brasília, e foi reconduzido à presidência da sigla, a mesma do presidente da Câmara, Arthur Lira.

##RECOMENDA##

"O Tarcísio, se não ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, é mais forte do que ela. Me perdoem dizer isso. Política é fila", afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "A dona Michelle é a única pessoa que se elege senadora nos 27 Estados da federação, quer alguém mais forte do que ela?" Ciro reiterou, no entanto, que se Bolsonaro puder ser candidato, ele teria mais força neste cenário do que o governador, e que Michelle poderia disputar qualquer outro cargo em função de sua "força na política brasileira".

'Imbatível'

Ao ser questionado sobre o processo que irá analisar a inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às falas do ex-presidente em reunião com embaixadores sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, Nogueira disse que não via "nada demais", e comparou ao encontro convocado pela ex-presidente Dilma Rousseff à época do impechment. "Eu não vejo nada demais. A mesma reunião foi feita pela presidente Dilma quando foi cassada e fez a reunião com os embaixadores para denunciar um golpe", disse.

Segundo ele, a repercussão do tema o tornaria "imbatível". "Sabe qual é a grande dúvida se vão cassar Bolsonaro ou não? É vão tornar Bolsonaro imbatível. Se ele já elegeu a quantidade de pessoas que ele elegeu, imagine ele injustiçado (...) A população não vai aceitar."

Repetindo elogios ao ex-presidente, de quem foi ministro da Casa Civil, Nogueira avaliou que os principais responsáveis pela derrota de Bolsonaro nas últimas eleições foram os próprios aliados do ex-mandatário. "Nós cometemos muitos erros. Perdemos as eleições para nós mesmos", disse. "Culpa minha e de muita gente", destacou, ao lembrar dos acontecimentos envolvendo Roberto Jefferson, que atirou em policiais federais, e a deputada federal Carla Zambelli, que apontou uma arma para um homem no meio da rua. "Se não tivesse tido esses fatos nós teríamos ganhado a eleição com uma diferença maior do que o Lula ganhou."

'A narrativa de Lula Santo e Bolsonaro Bandido não vai colar'

Nogueira defendeu ainda a integridade de Bolsonaro diante do escândalo das joias que atingiu o ex-presidente. Conforme revelou o Estadão, o ex-chefe de estado recebeu três pacotes de joias do governo da Arábia Saudita quando ainda estava na gestão do Planalto.

O conjunto recebido por Bolsonaro soma entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões. "Eu tenho certeza da honestidade e seriedade de Bolsonaro", pontuou, e esclareceu que "a narrativa de que Lula é um santo e Bolsonaro é bandido não vai colar".

Relações Internacionais

Questionado sobre a comparação da diplomacia durante o governo Bolsonaro e a intensa agenda externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato, o senador subiu o tom e disse que o primeiro ato internacional do atual mandatário foi criar "um estelionato eleitoral" na Argentina. "As pessoas não são tão tolas em um país que precisa de uma infraestrutura enorme como o Brasil para fazer um gasoduto na Argentina. O Fernandes é o Lula de amanhã", citou ao criticar as ações do governo brasileiro em solo argentino.

Nogueira ainda criticou o acordo de paz proposta por Lula na guerra entre Rússia e Ucrânia e questionou que "se ele não controlou nem o Palácio do Planalto para invadir, ele vai ensinar o mundo?", frisou. "Nós estamos sem comando. O país não iniciou o seu governo", afirmou.

O União Brasil e o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), anunciam nesta quarta-feira, 12, a formação de um bloco com outras sete legendas, incluindo o PSB e o PDT, que fazem parte da base aliada do governo Lula.

Com 173 deputados, o grupo será o maior da Casa, ultrapassando a aliança formada pelo Republicanos com PSD, MDB, Podemos e PSC, que tem 142 parlamentares.

##RECOMENDA##

A partir da formação dos blocos, as duas maiores forças da Câmara terão partidos do Centrão. De um lado, o Republicanos aliado a uma parte dos partidos de centro-direita. De outro, o PP e o União com PSB, PDT, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Avante e Patriota.

Há uma avaliação no Congresso de que os petistas, assim como o PL, vão se manter isolados. A federação formada pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PCdoB-PV) soma 81 deputados, enquanto a legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro tem 99.

O PDT, o PSB e o Solidariedade já anunciaram que negociam formar uma federação, o que foi visto como uma forma de se contrapor aos petistas no Congresso. Os partidos federados precisam atuar de forma conjunta por pelo menos quatro anos, inclusive em eleições majoritárias, como a de presidente e senador, em que só precisam lançar um único candidato.

Houve também uma tentativa de federação entre o PP e o União Brasil. As negociações travaram em impasses regionais, mas precipitaram conversas de bastidores entre os outros partidos.

A própria formação do bloco do Republicanos com as legendas de centro-direita foi vista como uma reação ao movimento do partido de Lira.

Nesta quarta-feira (12), o Partido Progressista (PP), do presidente da Câmara, Arthur Lira, vai anunciar o acordo que lhe deu a liderança do maior bloco da Casa. O "superbloco" com oito siglas vai contar com 175 deputados de diferentes espectros políticos. 

Depois do MDB fechar aliança com PSD, Republicanos, Podemos e PSC no fim de março, o PP se movimentou para fazer frente aos 142 parlamentares reunidos no bloco de centro direita. O partido conseguiu atrair o União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB para criar seu próprio grupo, mais plural, contudo, sem siglas alinhadas à esquerda tradicional. 

##RECOMENDA##

Com a movimentação entre os corredores da Salão Verde, a promessa é de embates entre os blocos na busca por protagonismo na distribuição de cargos e comissões. Com mais integrantes, o grupo de Arthur Lira sai em vantagem e terá prioridade para indicações em colegiados, inclusive os mistos na análise de medidas provisórias. 

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (30), em Brasília, arquivar três processos que apuravam o uso de recursos ilícitos desviados da Petrobras nas campanhas eleitorais de 2014, envolvendo os partidos PT, PMDB e PP. Os casos estavam relacionados às revelações de caixa dois (recursos não declarados) provenientes da Operação Lava Jato. 

As três representações haviam sido abertas em 2016, por iniciativa da então corregedora-geral eleitoral, ministra Maria Thereza de Assis Moura. Ela decidiu abrir os processos após receber grande volume de documentos encaminhados pelo ex-juiz Sergio Moro, então responsável pela Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. 

##RECOMENDA##

“Constato, nesta análise preliminar da documentação, indícios de práticas ilegais tanto por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), quanto pelo Partido Progressista (PP) e pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)”, escreveu ela na ocasião. 

Gravidade das acusações

No mesmo despacho, ela havia decidido pela distribuição - por sorteio - dos casos para outros relatores no TSE, por entender que não deveriam ser de responsabilidade somente da corregedoria, ante o tamanho e a gravidade das acusações. 

Os casos ficaram quase um ano parados enquanto o plenário do TSE decidia se deveria haver a distribuição livre ou não. Ao final, as representações acabaram sendo distribuídas para relatoria da ministra Rosa Weber e do ministro Luiz Fux.

Ainda em 2020, os relatores votaram pelo arquivamento dos processos. Em seguida, o corregedor Luís Felipe Salomão, que sucedeu Maria Thereza de Assis Moura, pediu vista (mais tempo de análise) dos processos, que ficaram parados desde então. 

Nesta quinta-feira, o atual corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, devolveu as vistas e decidiu acompanhar os votos pelo arquivamento. “Não há o mínimo suporte de prova para poder prosseguir com a investigação”, afirmou ele. Os demais ministros fizeram o mesmo. Com isso, as representações serão arquivadas antes mesmo de se tornarem ações de investigação judicial eleitoral (Aije’s).

 

Conversas de WhatsApp encontradas pela Polícia Federal (PF) em celulares apreendidos na Operação Ptolomeu reforçam as suspeitas de corrupção que recaem sobre o governador do Acre Gladson Cameli (PP). Os diálogos foram classificados como "chocantes", "estarrecedores" e "gravíssimos" pelos investigadores.

Relatório de 444 páginas subscrito pelos delegados Pedro Henrique Do Monte Miranda e Anderson Rodrigo Andrade De Lima, da Divisão de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da PF no Acre, detalha as trocas de mensagens.

##RECOMENDA##

O governador é o principal alvo da investigação conduzida e tem sido apontado nos relatórios parciais do inquérito como o líder de um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio do direcionamento e superfaturamento de contratos, com a ajuda de familiares. Cameli nega as acusações.

A PF chegou a pediu o afastamento do governador, mas a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu mantê-lo nas funções, por não ver indícios de que ele tenha tentado usar o cargo para obstruir a investigação. Galdson foi reeleito no ano passado.

Uma das conversas que chamou a atenção da Polícia Federal foi entre Gladson e seu primo, Linker Cameli, apontado como "gerente" da construtora Colorado, que segundo os investigadores seria controlada por Eládio Cameli, pai do governador.

Em uma mensagem de áudio, em maio de 2020, Gladson se queixa: "Linker, tua mãe mandou aqui essa mensagem, aí eu pergunto aqui: por que é que tu não corre atrás? Parece que eu não tô querendo te dar obra, é isso? Fica um negócio chato para mim, Linker, entendeu? Tu tem que dizer tu tem que se movimentar, ou tu quer que eu vá aí atrás de ti. O que é que eu tenho que fazer? Me diz aí".

Na avaliação da PF, a conversa indica que "quer dar obras ao primo, bastando que ele lhe diga o que precisa ser feito". "Absurdamente, Gladson chega a sugerir obras, como se fizessem parte de um cardápio, para que o primo as pudesse escolher", destaca a Polícia Federal.

Em outra conversa, o governador sugere que o primo acompanhe 'as coisas' e complementa dizendo: "Todo mês eu tô soltando pacote de obras. Depois não pode é vim dizer que eu não tô avisando (sic)."

Para a PF, as conversas "nada republicanas" indicam que a empresa supostamente controlada pelo pai do governador foi beneficiada em licitações e contratações públicas.

COM A PALAVRA, A DEFESA DO GOVERNADOR

"O governador não cometeu qualquer ilegalidade. A investigação caminha sem conclusão há dois anos e, ao final, servirá para comprovar sua inocência.

O inquérito é todo ele derivado de relatórios encomendados do COAF, que além de tudo são desprovidos de qualquer coerência.

A gestão do Governador Gladson Cameli sempre foi pautada pela ética e eficiência e, não por outra razão, foi reeleito pelo povo do Acre.

Desde o início do inquérito, o governador já prestou os devidos esclarecimentos, colocou-se à disposição das autoridades e assim permanece."

Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira, advogados do governador Gladson Cameli."

Em comunicado curto, o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), confirmou que foram encerradas as negociações envolvendo uma possível federação entre seu partido e o União Brasil. "No que diz respeito ao Progressistas, encerramos as discussões para formação de federação junto com o partido União Brasil", publicou o ex-ministro de Bolsonaro em suas redes sociais, ao anunciar o fracasso dos entendimentos.

O União Brasil é dono da terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados, e uma eventual federação com o PP e o Avante, como estava sendo negociada, poderia resultar numa representação com 115 deputados. Seria um número suficiente para bater o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que detém a maior bancada da Casa, com 99 parlamentares.

##RECOMENDA##

Federações

As federações foram criadas com a reforma eleitoral aprovada em 2021 pelo Congresso Nacional e exigem que as legendas aglutinadas atuem de forma conjunta, em torno de um programa comum, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos. A união vale nos níveis federal, estadual e municipal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda, 13, que haverá reuniões esta semana entre seu partido e o União Brasil para tratar da formação de uma federação entre as duas siglas. Lira minimizou as divergências entre os partidos para fechar o acordo, que estaria dependendo apenas da definição de "detalhes de governança".

"O problema está só em detalhes da governança. As cúpulas dos partidos já se entenderam e querem fazer", afirmou o deputado, em entrevista ao deixar um evento sobre liberdade de expressão, na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.

##RECOMENDA##

Embora tenha citado "detalhes da governança", Lira tratou em seguida do entrave considerado maior, as divergências entre os diretórios estaduais de cada partido.

"Agora, estamos na forma, na conversa, que tem que ser ampla, com todos os diretórios. A que se ter um critério único, justo, para todos os Estados da federação, porque são dois partidos que têm representatividade bem expressiva no Congresso Nacional, governadores, prefeitos", completou Lira.

No início do mês, em busca de entendimentos regionais, o União Brasil e o PP adiaram mais uma vez o anúncio da federação. Como mostrou o Broadcast Político no último dia 6, a demora em fixar um prazo se deve à dificuldade para fechar acordos sobre os comandos em algumas executivas estaduais. Segundo relatos de fontes à reportagem, esses cargos devem ficar com quem tiver mais poder político local. Localmente, o maior problema é que parlamentares dos dois partidos temem perder influência na disputa por prefeituras em 2024.

A federação começou a ser negociada logo após o primeiro turno das eleições do ano passado. Um dos objetivos é fazer frente ao PL, presidido por Valdemar Costa Neto, que tem 99 deputados e 12 senadores. A federação, caso se concretize, contará com, no mínimo, 106 assentos na Câmara e 15 no Senado. Caso consiga fechar também a negociação com o Avante, o grupo ficaria 113 deputados.

Questionado se a formação da federação entre o União Brasil e o PP poderia ajudar o governo federal a consolidar uma base parlamentar no Congresso, Lira evitou responder. "O nosso intuito é fazer com que o País destrave nos temas importantes", disse o presidente da Câmara, citando a reforma tributária como o principal desses temas.

O senador e presidente do PP Ciro Nogueira anunciou, neste sábado (28), a criação de um bloco no Senado Federal em parceria com o Partido Liberal e o Republicanos em apoio à candidatura do senador Rogério Marinho (PL), à Presidência da Casa. 

No anúncio, Nogueira destacou que “não é uma união contra ninguém, mas, sim, a favor do Senado, do Brasil e dos cidadãos de bem do nosso País”. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O deputado estadual do Rio de Janeiro Anderson Moraes (PL), em comentário na publicação do Twitter, parabenizou a união. Ele afirmou que é preciso ter “consciência de que qualquer divisão da direita ou de políticos sensatos que repudiam a nítida deterioração da democracia devido ao enfraquecimento do Senado é entregar a vitória ao Pacheco”. 

A oficialização da formalização do bloco dos partidos também foi oficializada neste sábado pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “Vamos unir os três partidos: PP, Republicanos e PL”. A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu mão de indicar um nome à vice-presidência da Câmara e cedeu a cadeira ao Republicanos em troca do apoio à candidatura de Marinho à presidência do Senado. 

Por sua vez, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, afirmou que a eleição à presidência do Senado não é um “terceiro turno” das eleições presidenciais, tendo em vista o fim do pleito em 30 de outubro de 2022. “Esta união que se consolida hoje do PL, do PP e do Republicanos para o apoio à eleição do meu amigo, também meu irmão, Rogério Marinho, não é um terceiro turno como alguns têm dito”. 

 

O PP e o União Brasil anunciaram nesta quarta-feira (21) que a partir da próxima legislatura na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alpe), que inicia em fevereiro de 2023, passarão a atuar conjuntamente. Dois dos maiores partidos em número de eleitos na Casa, o bloco contém 12 parlamentares eleitos e atuará em apoio à gestão da futura governadora Raquel Lyra (PSDB). 

Durante a debate entre os partidos, também ficou definido que o líder do bloco será o deputado reeleito, Antonio Coelho, irmão do ex-candidato ao governo de Pernambuco e grande apoiador da candidatura de Raquel no segundo turno, Miguel Coelho (UB). 

##RECOMENDA##

Segundo nota encaminhada a imprensa, os partidos ressalta que a decisão "se consolida a partir da convergência de ideias e do interesse comum em colaborar com propostas e projetos que contribuam para o crescimento, o desenvolvimento e o fortalecimento do estado".

Confira a nota na íntegra 

O União Brasil e o Partido Progressista passarão a atuar em conjunto a partir de fevereiro de 2023. As duas legendas decidiram se unir e formar um bloco parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Composto por um total de 12 deputados estaduais, o grupo também já deliberou a posição de apoio à nova gestão estadual, a ser comandada pela governadora eleita Raquel Lyra a partir do próximo dia 1º de janeiro.

O União Brasil e PP vão caminhar juntos para apoiar esse novo momento vivido pelo estado. O novo bloco partidário se consolida a partir da convergência de ideias e do interesse comum em colaborar com propostas e projetos que contribuam para o crescimento, o desenvolvimento e o fortalecimento do estado.

O grupo reafirma, ainda, o compromisso de defender os interesses do povo pernambucano, ressaltando a necessidade de trabalhar para construir um Pernambuco melhor, correspondendo às expectativas depositadas em cada parlamentar pelos pernambucanos e pernambucanas. Após debate interno, o grupo definiu que o deputado Antonio Coelho exercerá a liderança do bloco de parlamentares.

Recife, 21 de dezembro 2022   

União Brasil 

Antonio Coelho 

Chaparral 

Romero Albuquerque 

Romero Sales Filho   

PP 

Adalto Santos 

Antônio Moraes 

Claudiano Martins Filho   

Henrique Queiroz Filho 

Jeferson Timóteo 

Kaio Maniçoba 

Pastor Cleiton Collins 

Pastor Júnior Tércio

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta sexta-feira, 25, excluir o PP e Republicanos da ação que determinou multa de R$ 22,9 milhões à coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) por litigância de má-fé.

Agora, a multa precisará sair exclusivamente dos cofres do PL, que pediu para o TSE invalidar os votos registrados em 279 mil urnas sem provas de fraude.

##RECOMENDA##

O ministro também havia determinado a suspensão dos fundos partidários dos três partidos até o pagamento da multa - medida que também será aplicada apenas ao PL.

Na quinta, o PP e o Republicanos recorreram ao TSE se descolando da ação do partido de Bolsonaro. "Ocorre que os partidos Progressistas - PP e Republicanos, apesar de coligados com o Partido Liberal - PL jamais foram consultados sobre o ajuizamento da presente representação", escreveram na ação.

O PP e o Republicanos, partidos que integraram a coligação que patrocinou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro nessas eleições, afirmaram ao Tribunal Superior Eleitoral que 'jamais foram consultados' sobre a ação em que o PL, legenda do chefe do Executivo, pediu a anulação de parte dos votos do segundo turno do pleito. As siglas sustentam terem reconhecido publicamente a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

O pedido liminar feito pelos partidos, mais urgente, versa sobre o desbloqueio de recursos do Fundo Partidário. Ao rechaçar as alegações do PL contra as urnas, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, viu 'má-fé' no ajuizamento da ação e aplicou multa de R$ 22,9 milhões à coligação que lançou a candidatura de Bolsonaro - portanto, atingindo o PP e o Republicanos.

##RECOMENDA##

No mérito, as legendas querem ser excluídas da ação - ou seja, não constem mais como responsáveis pelo requerimento que alegou suposto 'mal funcionamento' de 279,3 mil urnas. Além disso, o documento pede que seja reconhecida a ausência de má-fé do PP e do Republicanos. O argumento é o de que os partidos 'não tiveram a intenção de propor a demanda e dela discordam'.

Como mostrou o Estadão, os presidentes do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), e do PP, deputado Cláudio Cajado (BA) já haviam anunciado que os partidos não foram consultados sobre a ação do PL. Ao TSE, as legendas reiteram a declaração, argumentando que o processo eleitoral já foi encerrado, com a proclamação dos eleitos e assim a coligação que os unia ao PL foi dissolvida.

Nessa linha, sustentam que Valdemar da Costa Neto, presidente da legenda do presidente Jair Bolsonaro, não seria representante do grupo e tampouco poderia ter ajuizado ação em nome da coligação, 'muito menos sem a anuência dos demais partidos coligados'. O PP e o Republicanos dizem que 'estão sendo penalizados por uma ação exclusiva do PL, mas que usa o nome da coligação'.

"A Coligação, ora autora, sequer era parte legítima para propor a presente demanda, sendo que desfeita a Coligação após as eleições não poderiam Progressistas - PP e Republicanos ser penalizados por atos que não anuíram ou sequer tinham conhecimento", argumentam.

Os presidentes do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), e do PP, deputado Cláudio Cajado (BA), afirmaram, nesta quinta-feira (24), que os partidos não foram consultados sobre a ação do PL que pede a anulação de votos de determinadas urnas no segundo turno da eleição presidencial. As três siglas formaram uma coligação para lançar o presidente Jair Bolsonaro à reeleição.

"Não fomos consultados. Reconheci o resultado publicamente às 20:28 do dia da eleição", declarou Pereira ao Estadão. Cajado, que administra interinamente o PP enquanto Ciro Nogueira exerce o cargo de ministro da Casa Civil, foi na mesma linha. "Não fui consultado e eles falavam em nome do PL e não em nome da coligação", declarou.

##RECOMENDA##

Além do PL, a ação foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em nome da coligação eleitoral de Bolsonaro, da qual Republicanos e o PP também faziam parte. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, solicitou que a solicitação também incluíssem as urnas de primeiro turno, quando o PL elegeu 99 deputados e oito senadores, mas o partido se recusou a fazer isso.

Em resposta, Moraes considerou que a coligação e o partido acionaram a Justiça indevidamente e determinaram o pagamento de multa e o bloqueio das contas das três legendas enquanto ela não fosse paga. Os presidentes do Republicanos e do PP disseram que vão entrar com um recurso para excluir seus partidos do bloqueio. "Será protocolado hoje ainda", afirmou Pereira. "Faremos em conjunto", completou Cajado.

Para reforçar sua posição de distância da iniciativa adotada pelo PL de Valdemar Costa Neto, condenado pelo escândalo do Mensalão no governo de Lula, mas hoje aliado de Bolsonaro, o presidente do Republicanos divulgou um vídeo gravado logo após o resultado da eleição de segundo turno.

"Tivemos a eleição do ex-presidente Lula. Reconhecemos o resultado. Apoiamos o presidente Bolsonaro até o último minuto, trabalhamos, mas as urnas, o povo escolheu, as urnas são soberanas. Não há porque duvidar do resultado das urnas, não há porque questioná-los", declarou ele.

Contrariando a ação do PL, que visa apenas questionar o resultado presidencial do primeiro turno, Pereira reconhece que não dá para dissociar a disputa que Lula venceu das outras, inclusive as que os candidatos do Republicanos venceram. "Se não, nós teríamos que questionar a eleição do Tarcísio (eleito governador de São Paulo pelo Republicanos), a eleição do senador Mourão, a eleição da senadora Damares, a eleição do nosso governador, que foi reeleito em primeiro turno lá em Tocantins, Wanderley Barbosa, a eleição dos 41 deputados federais", enumerou. "Não, o resultado está aí, nós não apoiamos o candidato eleito, mas agora precisamos continuar trabalhando em prol do Brasil", completou.

Já o presidente interino do PP chamou a atenção para fato de Ciro Nogueira comandar a transição para o governo Lula pelo lado do atual governo. De acordo com o dirigente, é "claro" que o partido reconhece a vitória de Lula. "Se o chefe da transição pelo atual governo é o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, e que já praticou os atos da transição, sim, claro (o PP reconhece o resultado da eleição)".

O Republicanos declarou que vai adotar postura de independência durante o próximo governo Lula, sem se classificar como base ou oposição. Já o PP ainda não decidiu a postura que será tomada.

O Partido Progressistas (PP) informou na manhã desta terça-feira, 18, que protocolou uma denúncia contra o deputado federal André Janones (Avante) no Conselho de Ética da Câmara por quebra do decoro parlamentar.

A representação, apresentada pelo deputado federal e presidente do PP, Cláudio Cajado, na última segunda-feira, 17, afirma que Janones quebrou o decoro parlamentar ao "divulgar notícias caluniosas, em absoluto ato de má-fé e desonestidade" e pede pela perda do mandato do parlamentar.

##RECOMENDA##

Ao Estadão, o relator da peça afirmou que o documento está recheado de provas contra o parlamentar e cita o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgação de fake news, como uma possível jurisprudência para a cassação do mandato de Janones.

"Qualquer pessoa que exerça o mandato não pode se esconder atrás da imunidade parlamentar para se livrar de crimes graves como os que estão sendo praticados pelo deputado Janones", diz Cláudio Cajado.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciou a apresentação da ação, classificando o político mineiro como um "réu confesso de propagar fake news" e seus atos como "antidemocráticos".

"Janones, intencionalmente, divulga vídeos editados e descontextualizados com o único intuito de enganar eleitores e disseminar ódio contra o presidente Jair Bolsonaro", relata o documento. A denúncia lista uma série de postagens no Twitter e no Facebook do político mineiro como provas de que ele teria divulgado fake news contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

Os casos

O documento aponta quatro casos nos quais Janones teria divulgado desinformações sobre a campanha do atual presidente -- quando afirmou que o senador Fernando Collor (PTB) seria ministro de Bolsonaro e confiscaria o dinheiro da população brasileira; quando disse que o presidente realizou um pacto com a maçonaria para vencer o pleito de 2022; quando relatou que a campanha presidencial não extraditaria o ex-jogador Robinho, que foi condenado por estupro na Itália, em troca do apoio do ex-atleta; quando afirmou que Bolsonaro teria praticado atos de pedofilia contra crianças venezuelanas.

De acordo com a representação, o deputado federal não só sabe que está divulgando informações falsas, como também incentiva seus seguidores a espalharem as notícias. Como evidência, o deputado Cajado utiliza uma postagem de Janones no Twitter onde o político mineiro afirma estar "combatendo o bolsonarismo de igual para igual".

"É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE pela divulgação de fake new. [...] Ou seja, o representado afirma estar divulgando fake news com o intuito de atacar Jair Bolsonaro e qualquer pessoa que seja a seu favor!", diz a nota.

Procurado pelo Estadão, André Janones afirmou que a representação "não traz qualquer fundo de verdade, sendo somente fruto de retaliação política devido à minha incessante atuação nas redes sociais, com vistas a desmontar o esquema criminoso de milícias digitais que levaram à eleição de Jair Bolsonaro nas eleições passadas".

O deputado do Avante diz que sua atuação sempre obedeceu os limites da lei e que todas as afirmações veiculadas a ele serão comprovadas no processo. "Ao contrário do grupo comandando por Ciro Nogueira, Bolsonaro e seus comparsas, eu jamais descumpri e nem descumprirei qualquer ordem da justiça. Quebra de decoro se dá quando o político ataca a imprensa, incentiva a não vacinação, e diz que pintou um clima com uma criança, o que não é o meu caso."

Janones ainda aponta para uma suposta confissão de culpa na peça, que ele classifica como um "ato falho". "Eles admitem que os próprios bolsonaristas fazem fake news. Dizem que combater o bolsonarismo de igual para igual é propagar fake news", afirma o deputado. "Há muito o que ser explicado, mas não da minha parte. Continuo confiante que, ao final, a justiça prevalecerá", finaliza.

Janonismo cultural

O texto apresentado pelo PP ressalta que André Janones apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e que, "apesar de não integrar formalmente a equipe do petista, se tornou um dos seus principais apoiadores e referência de campanha digital de Lula nas redes sociais".

O deputado federal é um fenômeno nas redes sociais. Com forte presença no Twitter e no Facebook, Janones ganhou fama ao apoiar a greve dos caminhoneiros em 2018 e, meses depois, ao ser eleito deputado federal por Minas Gerais com 178 mil votos. No começo de 2022, o mineiro chegou a ser pré-candidato à Presidência pelo Avante, mas acabou desistindo de sua candidatura em prol de Lula.

Desde então, ele vem atuando na campanha digital do ex-presidente de forma agressiva, com táticas que podem ser comparadas as estratégias digitais de Carlos Bolsonaro (Republicanos) e do youtuber, membro do MBL e deputado cassado Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei. A prática ficou conhecida na internet como "janonismo cultural".

Ao ser eleito, o deputado mineiro havia afirmado que não defenderia Lula ou Bolsonaro, mas sim o povo brasileiro. No primeiro turno, no entanto, o político foi um dos mais ferrenhos defensores do ex-presidente e sua atuação continua a reverberar na segunda parte do pleito.

Líderes da campanha petista afirmam que Janones age sozinho e por iniciativa própria, mas o parlamentar participa de reuniões estratégicas e integra a coordenação de campanha do ex-presidente. Assim, Lula ganha impulso nas redes sociais sem se envolver diretamente em pautas polêmicas.

  O deputado federal Eduardo da Fonte e presidente estadual do Partido Progressista (PP) declarou nesta sexta-feira (14), apoio, em bloco, à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) para governadora de Pernambuco. O ato que confirmou a adesão de deputados estaduais e federais e prefeitos foi realizado na sede do PP, no bairro do Pina.

  “Mantivemos o mesmo posicionamento, onde o nosso partido está liberado pra presidente. Nossos filiados tem liberdade para votar e praticamente, por unanimidade, declaramos aqui o apoio a futura Governadora do Estado de Pernambuco. Com a certeza que ela é capaz de administrar o nosso estado, cuidar da vida das pessoas e principalmente colocar nosso povo em primeiro lugar”, disse Eduardo. 

##RECOMENDA##

“Nosso trabalho de unir Pernambuco está conseguindo chegar na alma dos pernambucanos. O desafio que nós temos é construir pontes entre o presente o futuro do nossos estado. Precisamos conquistar essa eleição todos os dias, pedindo voto a voto. E para isso, a gente também conta com o engajamento do partido”, acrescentou Raquel. 

 A candidata a vice-governadora, Priscila Krause agradeceu o apoio e destacou que a chapa tem apresentado a verdadeira mudança para o estado. “Eu tenho certeza que a gente segue levando para as pessoas uma mensagem de mudança e de esperança por dias melhores”, finalizou. 

*Da assessoria 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando