Governo está entregando os pontos, diz Danilo Cabral

O comentário do deputado federal diz respeito ao arquivamento da Medida Provisória que trata da privatização da Eletrobras

por Giselly Santos qua, 23/05/2018 - 10:12

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) comentou o fato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) arquivar a Medida Provisória 814 que trata da privatização da Eletrobras. Para Cabral, a ação é “um sintoma que mostra que o governo está entregando os pontos no debate da privatização do setor energético”.

Danilo é contra a venda da estatal, que atinge as subsidiárias, entre elas, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Embora a MP tenha sido arquivada, o Projeto de Lei 9463 que também prevê a privatização da estatal continua em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. 

Mesmo assim, o sentimento dos parlamentares no plenário, segundo Danilo Cabral, é que o governo não vai mais levar adiante. “É uma vitória da mobilização dos trabalhadores, das lideranças políticas e, sobretudo, de toda sociedade, que compreendeu que a venda da Eletrobras prejudica a população”, salientou.

Cancelamento do edital

Outra parlamentar contra a privatização é a deputada Luciana Santos (PCdoB). Nessa terça-feira (22), ela entrou com ação na Justiça para cancelar o edital de licitação do BNDES que busca contratar empresa para realizar o estudo de modelo para privatização da Eletrobras. A ação popular foi protocolada no Rio de Janeiro e tem como coautores o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários (STIU-DF), Fabíola Antezano, e o dirigente da Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil (Intersul), Lucio Pottmaier.

“O BNDES faz um movimento que desautoriza o Congresso Nacional quando inicia um processo sobre um tema que ainda está sendo debatido na Câmara, antes mesmo da sua aprovação ou rejeição. As declarações do presidente do BNDES em dizer que é necessário ganhar tempo e iniciar o estudo baseado na certeza de que o projeto será aprovado é um grande desrespeito ao Congresso e ao debate que aqui está sendo travado”, disse Luciana.

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