Boulos diz que ditadura é “um passado que não passa”
Para Boulos, a intervenção militar é um fantasma que segue assombrando o presente e comprometendo o futuro do Brasil
Diante dos movimentos que surgiram nos últimos dias pedindo uma nova intervenção militar no governo do país, a partir da greve dos caminhoneiros gerada pela crise da alta dos combustíveis, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, disse que a retomada constante da discussão sobre o assunto prova que os brasileiros não acertaram as contas com o passado que ressurge todas as vezes que a democracia passa por um episódio delicado.
“O fantasma da intervenção militar só será esconjurado com verdade, memória e justiça em relação à ditadura. Quando uma nação não acerta as contas com seu passado, ele segue assombrando o presente e comprometendo o futuro. Como se diz em psicanálise, é um passado que não passa”, salientou, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em publicação no Twitter.
Segundo Boulos, a única intervenção que a país precisa “é a popular”. Ele ainda se posicionou sobre os efeitos da paralisação. “As greves são mais do que justas. E agora o povo precisa da redução da gasolina e do gás de cozinha. A única saída para Temer é demitir [Pedro] Parente e alterar a política de preços da Petrobras”, pontuou o presidenciável.