Não faz sentido um preso participar de debates, diz Amoêdo

Na capital pernambucana, reduto de Lula, nesta quinta (30), o candidato a presidente disse que não faz sentido o líder petista participar das discussões entre presidenciáveis

por Taciana Carvalho qui, 30/08/2018 - 17:11
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O candidato a presidente João Amoêdo (Novo) desembarcou, nesta quinta-feira (30), no Recife, para lançar sua candidatura à Presidência da República em um evento que acontecerá, a partir das 19h, no Clube Português. Antes, durante entrevista coletiva, no comitê da legenda, o empresário falou sobre propostas, temas polêmicas e também emitiu sua opinião sobre Lula ser impedido de participar dos debates entre presidenciáveis na TV.

Mesmo no reduto de Lula, Amoêdo não se intimidou ao falar que não faz sentido um preso participar de debates. “O que me estranha é ele ser cogitado a participar dos debates. Afinal, uma pessoa que foi condenada e que está preso participar dos debates não faz o menor sentido. Eu nem cogito isso, estranho é ele ser cogitado a participar dos debates”, disparou.

O candidato do Novo também não pôde participar dos que já foram realizados devido aos baixos percentuais de intenções de votos. “Eu lamento não ter tido a oportunidade de participar e o que me chamou a atenção foi alguns debates que eu quase fui onde tiveram alguns candidatos que disseram que se eu fosse ao debate eles não iriam, quer dizer vetando a minha participação”, contou.

Ele questionou onde fica a democracia nesse sentido. “O cidadão brasileiro não quer ouvir ideias novas? Não quer renovação? Então por que não privilegiar uma proposta diferente como a do Novo? Mas o que a gente tem vencido isso é usando as mídias sociais. As mídias sociais fizeram com que a gente crescesse e o fato da gente ter esse crescimento traz a mídia tradicional e o interesse da população”.

João Amoêdo também criticou o fato de ter apenas cinco segundo na propaganda de TV, que começa nesta sexta-feira (31). “E existe uma concentração tão grande de alguns [candidatos] por que estão fazendo coligações com quem não tem nenhum alinhamento ideológico e, por último, essa distribuição de recursos públicos onde boa parte dos partidos que vão recebê-los são justamente os partidos que estão mais envolvidos na operação Lava Jato”.

“Isso é mais um exemplo de como a legislação feita por quem está lá tem um viés que dificulta a renovação. Então, é difícil montar um partido, o Novo foi um exemplo disso, foram cinco anos para montar um partido porque é o primeiro partido os últimos 30 anos que veio da sociedade civil”, ressaltou o presidenciável.

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