Guedes desiste de ir à CCJ explicar reforma da Previdência
Deputados usaram o Twitter para criticar a decisão do ministro da Economia e pontuaram que vão convocar o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não vai mais participar de um debate, na tarde desta terça-feira (26), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados sobre a reforma da Previdência. A presença de Guedes era aguardada pelos deputados e a desistência foi alvo de críticas por parte da oposição.
"A ida do ministro da Economia à CCJ será mais produtiva a partir da definição do relator", disse uma nota divulgada pelo ministério para justificar a ausência e pontuar que uma equipe de técnicos em seu lugar.
Deputados usaram o Twitter para criticar a decisão de Guedes. "Lamentavelmente, o ministro Paulo Guedes não compareceu à CCJ da Câmara para apresentar a Reforma da Previdência. Diante dessa ausência, eu e @taliriapetrone [Talíria Petrone] pedimos a convocação do ministro. Qualquer governo minimamente democrático tem a obrigação de dialogar com o parlamento", escreveu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
"Paulo Guedes não vai mais à audiência na CCJC da Câmara. Desrespeito ao Parlamento e ao conjunto da população. Isso é medo dos argumentos que colocam a reforma da previdência em cheque!", tuitou o deputado Valmir Assunção (PT-BA).
"O ministro pode ir se preparando: já estamos recolhendo as assinaturas para convocá-lo para a sessão de amanhã", disparou no Twitter o líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
Tentando amenizar a ausência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que vai procurar os líderes partidários para negociar outra data para Guedes comparecer à CCJ para debater a proposta.
“Como ele não tem se furtado ao debate com a Câmara, entendo que a coisas ainda têm tempo. Acho que o presidente da CCJ podia indicar o relator e conversar com Guedes para ser recebido por todos nós. É isso que vou fazer, dentro do meu quadro, todo meu apoio à tramitação e aprovação da reforma”, disse Rodrigo Maia, em entrevista à imprensa.