Medidas de Bolsonaro diminuem obrigação fiscal de igrejas

As decisões do presidente vêm em uma tentativa de levantar bandeira de paz com parlamentares da bancada evangélica, que andavam insatisfeitos com ele

ter, 09/07/2019 - 13:44
Isac Nóbrega/PR Recentemente o presidente participou da Marcha para Jesus, o maior ato evangélico do país Isac Nóbrega/PR

Após constantes pedidos formalizados pela bancada evangélica no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) começará a tratar com menos rigorosidade as obrigações fiscais de igrejas espalhadas pelo Brasil.

O “pacote” conseguido pelos evangélicos vai fazer com que haja uma maior flexibilização das obrigações das igrejas perante o Fisco. As medidas vêm após um primeiro semestre de governo marcado pela insatisfação da bancada com atitudes do presidente.

Em uma possível tentativa de levantar uma bandeira de paz, Bolsonaro estabeleceu um prazo de dois meses para que o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, atenda a solicitação de parlamentares que contestam as multas cobradas aos grupos cristãos.

Essa decisão tomada pelo presidente aconteceu durante uma reunião, no último mês de maio, em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também estava presente. Agora, já há benefícios conseguidos pela bancada evangélica.

Houve o fim da obrigação de igrejas menores a se inscreverem no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), já editada pela Receita. Além disso, teve a medida de elevação do piso de arrecadação para que uma igreja seja obrigada a informar suas movimentações financeiras diárias. Essa elevação foi de R$ 1,2 milhão para R$ 4,8 milhões. 

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