Antropóloga brasileira ameaçada de morte ganha prêmio
Em 2018, Débora Diniz precisou sair do Brasil por sofrer perseguição e ameaças oriundas de grupos conservadores
A antropóloga e professora brasileira Débora Diniz recebeu, nessa quarta-feira (12), o prêmio Dan David, que reconhece pessoas que tenham se destacado nas áreas da ciência, tecnologia, cultura e assistência social. A pesquisadora teve que deixar o Brasil em 2018, após sofrer ameaças de morte de grupos conservadores.
Além de Débora Diniz, outra mulher foi honrada com o prêmio. A professora indiana Gita Sen que trabalha com causas que incentivam o empoderamento da mulher. As duas estudiosas dividirão 1 milhão de dólares por terem contribuído em prol das igualdades de gênero.
O ativismo de Débora Diniz em defesa dos direitos reprodutivos das mulheres, em especial, a da descriminalização do aborto, foi criticado por conservadores da extrema direita que perseguiram a antropóloga, passando a ameaçá-la por telefone e redes sociais. Ela se mudou para os Estados Unidos com a família em 2018 para fugir das ameaças de morte.
“Acabo de receber o prestigioso prêmio Dan David Prize pela atuação na igualdade de gênero. É alentador saber que a luta pelo aborto no Brasil é central à igualdade no mundo”, pronunciou a professora da Universidade de Brasília (UnB) em seu Twitter.