HFA, que testou Bolsonaro, esconde nome de dois infectados
Apesar de determinação judicial, o hospital não informou ao governo do Distrito Federal dois nomes que testaram positivo para o coronavírus
O Hospital das Forças Armadas (HFA) omitiu dois nomes que testaram positivo para o coronavírus. De acordo com o governo do Distrito Federal, que recebeu e analisou os dados de 17 pessoas, 15 foram identificadas, sem que constasse o nome do presidente. As demais identidades seguem mantidas em sigilo, mas o Distrito Federal confirmou, à Folha de São Paulo, a presença de membros do governo na relação.
As informações foram liberadas depois que Justiça Federal determinasse a exposição da lista, para que o governo distrital pudesse traçar suas políticas de combate à pandemia da COVID-19. Jair Bolsonaro e membros de sua comitiva fizeram os testes. Embora afirme que não esteja acometido pelo vírus, o presidente se recusa a mostrar seus exames.
Até agora, 23 membros da comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos no início de março foi diagnosticados com coronavírus. No dia 15 de março, Bolsonaro foi criticado por comparecer a uma mobilização contra o congresso nacional e manter contato físico com os manifestantes, sem utilizar nenhum tipo de equipamento de proteção.
Aos 65 anos, o presidente se enquadra no grupo de risco do coronavírus. Um dia antes de se diagnosticado com a doença, o general Heleno se reuniu três vezes com Bolsonaro, sem uso das máscaras de proteção.