Fábio Faria: quem é o novo ministro do governo Bolsonaro?
Indicação de Bolsonaro é pessoal, mas contempla o PSD e o Centrão, bloco que o presidente vem buscando ter mais proximidade
O novo membro do primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vai assumir o comando do recriado Ministério das Comunicações, é o deputado federal Fábio Faria (RN). Ele é filiado ao PSD, um dos partidos do chamado 'Centrão' - comandado nacionalmente pelo ex-ministro Gilberto Kassab -, parlamentar desde 2007 e marido da apresentadora Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT Silvio Santos, com quem tem três filhos.
Faria é apontado como um dos nomes do PSD mais próximos ao presidente e teria atuado para aproximar Silvio Santos de Jair Bolsonaro. O que contribuiu para a participação constante do chefe do Executivo nacional e de seus filhos nos programas do dono da emissora.
Apesar da proximidade e de se tratar de uma indicação pessoal de Bolsonaro para o cargo, a nomeação de Faria não deixa de contemplar o PSD e, consequentemente, o Centrão; bloco que Bolsonaro vem travando uma série de diálogos desde abril para conseguir mais apoio no Congresso. O que gerou críticas ao presidente, que defendeu como bandeira de campanha o fim do chamado “toma lá, dá cá” da política nacional e a redução do número de ministérios.
O novo futuro ministro também é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. E atualmente ele é o terceiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - cargo que deve ser entregue com a oficialização da nomeação.
Na mídia, Faria também ficou conhecido por ter namorado, antes de casar com Patrícia, com a atriz Priscila Fantin, a apresentadora Adriane Galisteu e com a modelo, ex-BBB e também apresentadora Sabrina Sato.
O histórico de namoradas levou Faria a ganhar o apelido de "garanhão" nas planilhas da Odebrecht, revelada pela investigação da Lava Jato em 2017, contendo repasses de propina para campanha através de doações. O deputado também apareceu na lista como "bonitão".
De acordo com o inquérito, Faria seria destinatário de R$ 100 mil como doação da empreiteira na campanha de 2010. Na época, ele chegou a dizer que prestaria todos os esclarecimentos à Justiça para provar sua inocência.