Kátia Abreu sai em defesa de Alcolumbre por “manter a paz”
A senadora defendeu o presidente do Senado das críticas feitas por Kajuru e devolveu ao democrata uma pasta que tomou dele no dia da última eleição da Casa
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) rebateu nesta segunda-feira (1º) as críticas do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Durante seu discurso como candidato à sucessão de Davi, Kajuru disse que o presidente havia traído acordos com os senadores ao não instalar CPIs. Kátia elogiou Davi por “manter a paz” e viabilizar os trabalhos da Casa.
"Se tivéssemos falhado com o país e aberto CPIs, o Congresso iria paralisar. Não teríamos feito nem 10% [do que fizemos]. Temos que mostrar à população que há coisas mais importantes", disse.
Kátia Abreu questionou ainda a observação de Kajuru de que a imagem do Senado estaria prejudicada aos olhos da população. Para ela, os parlamentares devem almejar a “admiração” do povo, mas precisam agir com responsabilidade.
"Tenho orgulho em fazer parte do Congresso. Se eu achasse que esta Casa me envergonha, eu teria a dignidade de renunciar ao mandato e ir embora. Se estamos com dificuldade na opinião pública, temos que levantar a cabeça e mostrar que temos trabalhado pelo país", afirmou.
A senadora foi à tribuna porque havia sido citada nominalmente por Jorge Kajuru.
Pasta
Ao fim do seu discurso, Kátia Abreu entregou uma pasta de documentos a Davi Alcolumbre, em referência a um episódio protagonizado por ambos na eleição para a presidência em 2019. Na ocasião, Kátia protestou contra o fato de Davi estar presidindo o pleito mesmo sendo candidato. Durante as discussões, ela subiu à Mesa Diretora e tirou a pasta contendo os documentos da sessão das mãos do colega, afirmando que ele estava “maluco”.
"Quando tomei aquela atitude, foi um símbolo de protesto, porque eu acreditava o rito processual estava equivocado. Eu não tinha outra coisa a fazer para demonstrar a minha indignação", cravou.
Kátia afirmou que “faria tudo de novo” e lembrou que não votou em Davi, mas admitiu que o presidente conquistou o seu respeito durante a gestão.
*Da Agência Senado