Daniel Silviera paga fiança com vaquinha de bolsonaristas
Após pelo menos 30 violações à tornozeleira eletrônica, o parlamentar foi preso nessa quinta-feira (24) por novo desrespeito ao equipamento
A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso nesta quinta-feira (24) em Petrópolis, pagou a fiança de R$ 100 mil estipulada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pagamento foi possível após cerca de 1900 eleitores bolsonaristas aderirem à vaquinha criada pelo deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), que chegou a mais de R$ 98 mil. O retorno da defesa foi confirmado em reportagem do Globo News.
“Em apenas 14hs, já arrecadamos quase R$ 80 mil na vakinha para pagar a fiança do Daniel Silveira. Agradeço a todos que estão engajados pela liberdade de um patriota que sempre defendeu as nossas liberdades e garantias individuais”, escreveu Jordy aos seus seguidores, em uma rede social.
O parlamentar foi preso no fim da tarde dessa quinta-feira por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), por descumprir as regras de uso da tornozeleira eletrônica que usava durante a prisão domiciliar. Ele ainda tentou fugir ao notar a chegada dos policiais, mas acabou sendo detido. Segundo apontou a Procuradoria-Geral da República (PGR), houve ao menos 36 violações no equipamento.
Estava prevista para esta sexta-feira (25) a audiência de custódia do parlamentar. A defesa pleiteará a prisão domiciliar, mas desta vez em Brasília.
De acordo com informações apuradas com os advogados de Silveira pela GloboNews, a defesa tentava diminuir o valor em 50%. O valor, no entanto, foi depositado na íntegra, após o escritório que representa o parlamentar não ter sucesso na redução da fiança.
A prisão
O deputado foi preso em fevereiro após publicar vídeo defendendo o Ato Institucional nº 5 (AI-5), instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
No vídeo, Silveira ataca seis ministros do Supremo: Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli.