CPI da Covid abre sessão para ouvir diretora da Precisa
Emanuela Medrades, contudo, tem habeas corpus do STF que permite o silêncio apenas para questões que podem incriminá-la
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid iniciou por volta das 10h30 a sessão para coletar o depoimento da diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. O Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu o direito de ela ficar em silêncio na comissão, o que provoca dúvidas sobre o avanço da sessão desta terça-feira. A Precisa intermediou a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. O contrato é alvo de investigação da CPI, que suspeita de um esquema de corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro.
"Falcatruas e mais falcatruas que estão sendo descobertas e não só no governo federal, mas também no Distrito Federal. Onde a Global e a Precisa colocaram a mão, está claro para os brasileiros que houve coisas erradas", disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), antes do início da sessão, se referindo às empresas de Francisco Maximiano, alvo da investigação.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o habeas corpus do STF permite o silêncio apenas para questões que podem incriminar a depoente, o que permitiria Emanuela responder a algumas perguntas. Conforme Omar Aziz, a diretora da Precisa fez um media training, "perdeu a cabeça várias vezes" e por isso foi aconselhada por advogados a não responder.
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