CPI da Covid ouve Luciano Hang

Defensor do presidente Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang perdeu sua mãe durante a pandemia de Covid-19

qua, 29/09/2021 - 11:05
Leopoldo Silva/Agência Senado Luciano Hang chegando ao Senado para prestar depoimento na CPI da Covid Leopoldo Silva/Agência Senado

O empresário Luciano Hang começou a prestar depoimento na CPI da Covid nesta quarta-feira (29). Defensor do presidente Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang perdeu sua mãe durante a pandemia de Covid-19. Apesar de Hang ter dito que a mãe não havia tomado medicamentos sem eficácia comprovada que integram o chamado "tratamento precoce" ou "kit covid", o prontuário do hospital Sancta Maggiore aponta que ela recebeu tais remédios, como hidroxicloroquina e azitromicina.

Veja mais detalhes sobre os fatos que levaram à convocação de Hang para a CPI, inclusive a reação do próprio empresário e do senador Marcos Rogério (DEM-RO), da base de apoio ao governo, criticando o comando da comissão por, segundo ele, violar o sigilo de informações entre médico e paciente.

Renan não tem expectativa de colaboração de Hang

Assim como aconteceu com outros depoimentos na CPI, o senador Renan Calheiros disse não ter expectativa de que Luciano Hang colabore com as investigações. Para o relator da comissão, apesar de Hang estar acompanhado de cinco senadores da base de apoio ao governo na sua chegada à CPI, será um depoimento como qualquer outro. Renan classificou Hang como "espécie de bobo da corte que vive da sabugice eterna" envolvido em disseminação de fake news, como a promoção de medicamentos sem eficácia contra a covid-19".

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o empresário Luciano Hang será tratado de acordo com a lei e também terá que se portar dessa forma.

"A CPI não tolerará desacato, não tolerará que, na condição de testemunha, se falte com a verdade",  afirmou, informando que a presidência da comissão vai utilizar os mecanismos que o inquérito policial dispõe para isso".

Para Randolfe, a CPI não pode cair na "cilada" das provocações, da intimidação e do tumulto.

"Não podemos perder a serenidade nesta reta final", avisou.

Assista à entrevista dada por Randolfe na terça-feira à tarde em que comenta o que espera do depoimento e contextualiza as investigações a comissão.

Da Agência Senado

 

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