PF pede compartilhamento de provas contra Jair Renan

Setor de Inteligência da PF no DF registrou que diligências em andamento no inquérito que mira Jair Renan indicam a 'associação estável' entre o filho de Bolsonaro e outros investigados

ter, 07/12/2021 - 20:03
Reprodução/Instagram Jair Renan Bolsonaro e seu pai, Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Reprodução/Instagram

A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, que trabalha em outras apurações sensíveis ao Palácio do Planalto, recebeu um pedido de compartilhamento de informações que constam no inquérito das milícias digitais para abastecer a investigação contra o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, por suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Em ofício enviado à Denisse em outubro, o Setor de Inteligência Policial da PF no Distrito Federal registrou que diligências em andamento no inquérito que mira Jair Renan indicam a 'associação estável' entre o filho 04 de Bolsonaro e outros investigados 'no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade'.

"O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários", diz ainda o documento.

Os investigadores querem analisar vínculos entre os alvos da apuração que mira Jair Renan e os investigados no inquérito das milícias digitais, em especial uma possível ligação entre o filho 04 do presidente, o bolsonarista Oswaldo Eustáquio e Allan Lucena, apontado como sócio de Jair Renan.

A Polícia Federal aponta que, durante a Operação Lume - ofensiva aberta no bojo do inquérito dos atos antidemocráticos, que antecedeu o das milícias digitais - foi identificada uma conversa entre Oswaldo Eustáquio e um contato salvo em sua agenda como 'Allan Lucena Stf'. À época, ele ocupava o cargo de gerente da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do Distrito Federal.

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