Gabinete do Ódio se movimenta para comprar programa espião
Impedido de contratar a ferramenta Pegasus no ano passado, o núcleo virtual de apoio ao presidente busca negociar outro programahacker
Pessoas ligadas ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) negociaram programas de espionagem com Israel na feira aeroespacial Dubai AirShow, em novembro do ano passado. As informações foram publicadas pelo Uol.
O stand da empresa DarkMatter foi procurado por uma pessoa ligada ao filho do presidente, apontado como um dos líderes da milícia digital conhecida como Gabinete do ódio.
Composta por hackers vinculados ao Exército de Israel, a companhia tem sede em Abu Dhabi e desenvolve programas para invadir computadores e celulares, até mesmo desligados.
Outra ferramenta espiã foi negociada com a Polus Tech. Sediada na Suíça, a empresa tem como CEO o israelense Niv Karmi, um dos idealizadores da NSO Group, criadora do programa Pegasus. A empresa faz parte da lista proibida dos Estados Unidos.
Em maio do ano passado, Carlos se envolveu em uma licitação do Ministério da Justiça para tentar adquirir o programa de espionagem. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a contratação.