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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a defesa do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a ter acesso aos autos da investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto esquema de espionagem ilegal que teria sido montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O vereador é um dos investigados, suspeito de fazer parte do "núcleo político" do esquema, e foi alvo de buscas nesta semana. A defesa dele pediu para se inteirar dos documentos e provas e, segundo o STF, o material está disponível para consulta. "Os advogados precisam buscar no gabinete", informou a Corte.

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O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, esclareceu em sua decisão que o acesso "permanece até o final da investigação", ou seja, a defesa do vereador estará a par de novos volumes que venham a ser juntados aos autos.

A Abin é o principal órgão do sistema de inteligência federal e tem como atribuição produzir informações estratégicas sobre temas sensíveis, como ameaças à democracia e às fronteiras, segurança das comunicações do governo, política externa e terrorismo. Para a PF, a agência foi instrumentalizada no governo Bolsonaro e usada para atender interesses privados do grupo político do ex-presidente.

Carlos Bolsonaro foi arrastado para o inquérito depois que a Polícia Federal encontrou mensagens trocadas entre uma assessora dele e uma auxiliar do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem sobre inquéritos sigilosos de interesse da família Bolsonaro. A assessora do vereador pede ajuda para levantar informações sobre as investigações.

A marca brasileira de roupas íntimas Duloren usou ao próprio favor a repercussão da operação da Polícia Federal (PF) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e elaborou uma nova campanha nas redes sociais. Uma sacola da loja apareceu em um vídeo gravado pelo parlamentar e no qual ele mostra a casa “revirada” após a presença de agentes da PF, que teriam realizado o cumprimento de um mandado de busca e apreensão horas antes, em endereços ligados ao legislador, no Rio de Janeiro. 

O assunto foi o mais buscado no Google e também um dos com maior alcance no X (antigo Twitter) na última segunda-feira (29). Em uma publicação feita em formato de carrossel no Instagram, a Duloren mostra, na primeira imagem, uma sacola da loja, filmada por Carlos Bolsonaro no quarto de um dos imóveis visitados pela polícia. Na segunda foto do post, a empresa deixa um recado para a PF: “Sabemos que era isso que vocês procuravam”. A frase é acompanhada da imagem de outra sacola da marca, repleta de calcinhas de renda, carro-chefe de vendas na empresa. 

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Nos comentários, a estratégia de marketing da marca foi elogiada pelo bom humor e por aproveitar bem da polêmica envolvendo o filho 02 de Jair Bolsonaro (PL). “Aí sim, publi de milhões, marketing é tudo, e com os Bolsonaros não tem erro", disse uma internauta. “Que sacada! Amei o bom humor e a ousadia”, escreveu outra. 

A operação 

O vereador Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na manhã da última segunda-feira (29). Ele é suspeito de receber materiais obtidos com a espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro. O mandado foi cumprido em endereços ligados ao filho do ex-presidente, como a Câmara dos Vereadores do Rio. Há suspeita de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan também tenham sido beneficiados com relatórios produzidos pela Abin. 

 

O cerco parece se fechar cada vez mais em torno do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando agentes da Polícia Federal (PF) entraram, na última segunda-feira (29), em endereços ligados ao parlamentar, com mandados de busca e apreensão. A operação investiga uma possível ligação do “filho 02” do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com o acesso ilegal a dados confidenciais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o mandato presidencial de seu pai. 

Em entrevista ao LeiaJá, o advogado criminalista Ygor de Carvalho, especializado em crítica da economia política e relações jurídicas, explica o que levou o vereador carioca a ser alvo da PF. “É o seguimento da investigação que visa expor uma estrutura de facção criminosa que operava como uma "Abin Paralela", onde os sistemas de espionagem eram utilizados como mercadoria e poder político pelo grupo e aliados”, contou o jurista. 

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O vereador, por sua vez, que é investigado por formação de organização criminosa e invasão de dispositivo informático, teve materiais apreendidos em seus endereços pela PF, a mando da Procuradoria Geral da República (PGR). Isso não foi uma surpresa para os órgãos, de acordo com Carvalho, “visto os fortes indícios de que os acusados de fato fariam parte desta organização criminosa atuante sobretudo no serviço de inteligência e espionagem da ABIN”. 

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O advogado afirmou ainda que, caso o processo aponte sua real autoria nos casos, há a possibilidade de Carlos Bolsonaro ser condenado a cumprir pena de reclusão que pode chegar a 10 anos, além da perda dos direitos políticos. “Politicamente, para a sua família, é a exposição institucional de um radicalismo evidente, capaz de cometer crimes de lesa pátria e recorrer a métodos flagrantemente ilegais. O Slogan ‘Brasil acima de todos’ se tornaria uma grande ironia, visto o dano a integridade nacional e à soberania do país em detrimento da ação criminosa das facções políticas aliadas a família Bolsonaro”, observou o jurista. 

Segundo o advogado, os avanços da PF na operação vão depender da colaboração de outros órgãos para adiantar seu processo. Ele já vem sendo apontado no Supremo Tribunal Federal (STF), por possível envolvimento no esquema de rachadinha no seu gabinete, além de participação em casos de fake news e milícias digitais. “Com a recente apreensão de celulares, incluindo o de Carlos e de sua assessora Luciana Paula Garcia, espera-se que as investigações avancem, podendo a Polícia Federal compartilhar informações conforme necessário com outros órgãos envolvidos”, concluiu. 

 

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) prestou depoimento por cerca de uma hora na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (30). O parlamentar foi ouvido em uma investigação sobre uma postagem que fez no X (antigo Twitter). O depoimento não tem relação com a operação que apura um suposto esquema ilegal de espionagem montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A postagem de Carlos Bolsonaro foi feita em 27 de agosto de 2023. O depoimento atende a um pedido do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

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Na publicação, o filho de Bolsonaro compartilhou uma postagem do perfil "Dama de Ferro" com imagens que remetem à morte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A sátira traz as legendas: "zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero". Carlos compartilhou a postagem com o título: "O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos". 

Carlos Bolsonaro chegou à sede da PF para prestar depoimento às 9h50 em um veículo fechado e com película nos vidros. Menos de uma hora depois, às 10h45, ele deixou o prédio na zona portuária do Rio sem falar com a imprensa.

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Alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), nessa segunda (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) mostrou a casa revirada após a passagem dos agentes. O filho do ex-presidente é investigado por receber informações sigilosas sobre adversários políticos através da espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão de Alexandre Ramagem.

A casa do vereador no Rio de Janeiro foi um dos endereços visitados pela operação. Também foram cumpridas ordens judiciais na residência de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, onde estavam o ex-presidente e os filhos Eduardo, Flávio e o próprio Carlos. 

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Nenhum dos quatro estava em casa quando os agentes federais chegaram ao local. A informação da assessoria é que eles haviam saído mais cedo para pescar. Celulares de Carlos foram apreendidos. 

"Cheguei há pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo", escreveu Carlos Bolsonaro no vídeo em que mostra móveis abertos e objetos espalhados em sua casa, compartihado nesta terça-feira (30). 

O irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL) - também citado no inquérito - criticou a operação e disse se tratar de perseguição do atual governo federal. "A PF paralela de lula perseguindo opositores políticos. Que saudade da PF raiz que ia atrás de bandidos…", publicou.

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) negou nesta segunda-feira, 29, que Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro, e os outros filhos políticos, tenham pedido informações para Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em entrevista à CNN Brasil, o ex-chefe do Executivo disse que não recebeu qualquer informação ou relatório da agência e falou em "perseguição claríssima" contra ele e os filhos.

"Jamais meu filho pediria algo que não é legal para o Ramagem", afirmou o ex-presidente.

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Ele disse ainda que nunca buscou informações "de quem quer que seja". "Eu gostaria de saber o que foi informado pelo Ramagem de volta. Obviamente, nos órgãos do governo, é comum as pessoas fazerem questionamentos. O que foi perguntado? Se é o andamento de um processo, não tem problema nenhum. Se é interferência, é outra questão. O que foi informado pelo delegado Ramagem? O que estava sendo investigado nesse processo, parece que é de 2020 essa mensagem? Que processo é esse? O que estava sendo investigado? Eu nunca busquei colher dados de quem quer que seja para me defender", comentou.

Mensagens enviadas por uma assessora de Carlos Bolsonaro o colocaram no centro da investigação da PF sobre o esquema de espionagem ilegal que teria sido montado na Abin durante o governo Bolsonaro. Luciana Almeida pediu a uma assessora de Ramagem, na época diretor da Abin, informações sobre dois inquéritos de interesse da família Bolsonaro.

"Estou precisando muito de uma ajuda", escreve Luciana à auxiliar de Ramagem ao informar o número das investigações e indicar que elas envolveriam o "PR (presidente da República) e 3 filhos".

Segundo a PF, o filho do ex-presidente e o então diretor da Abin conversavam por meio das assessoras para evitar deixar "vestígios". Carlos ainda não se manifestou sobre a investigação.

O ex-presidente negou que tenha recebido "qualquer informação ou relatório da agência de inteligência". "Eu raramente tinha contato com a Abin. Nunca recebi informação, localização geográfica, de quem quer que seja. Nunca precisei disso. Não pedi e não tive qualquer relatório da Abin", afirmou.

Ao pedir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer buscas em endereços ligados ao vereador carioca, a PF afirmou que ele fez parte do "núcleo político" do grupo que teria se instalado na Abin no governo do ex-presidente. A polícia chama os investigados de "organização criminosa" e vê indícios de espionagem ilegal e aparelhamento dos sistemas de inteligência.

Para a PF, as mensagens entre a assessora de Carlos Bolsonaro e a auxiliar de Ramagem confirmam que aliados de Bolsonaro tinham acesso direito ao ex-diretor da Abin e usavam o canal para conseguir informações sigilosas e sobre "ações não totalmente esclarecidas".

A Polícia Federal acredita que o aparato da Abin tenha sido usado para monitorar políticos de oposição ao governo do ex-presidente e para auxiliar a defesa de filhos de Bolsonaro em investigações criminais. A agência também teria sido usada para atacar as urnas e para tentar associar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Sem plano B para eleição do Rio

Como mostrou o Estadão, sem um plano B para a disputa à Prefeitura do Rio de Janeiro, o PL aguarda os desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o deputado federal e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem para avaliar os impactos na corrida eleitoral municipal na capital fluminense.

A operação representa um novo desgaste para a pré-candidatura de Ramagem, mas não tem forças para lhe tirar da corrida, avaliam líderes da legenda e até mesmo opositores.

Na entrevista desta segunda-feira, Bolsonaro reafirmou a intenção de apoiar Ramagem na disputa municipal. "O Ramagem, no que depender de mim, é o nosso candidato a prefeito. Está indo muito bem. É uma pessoa competente e responsável", disse.

Homem de confiança do clã Bolsonaro, Ramagem foi escolhido para suceder ao ex-ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na indicação do diretório carioca na disputa contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tentará a reeleição.

A Polícia Federal (PF) identificou a existência de um "núcleo político" da organização criminosa responsável pela espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, faria parte desse núcleo, de acordo com a investigação.

Na manhã desta segunda-feira, 29, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao filho do ex-presidente.

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A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro retirou o sigilo da decisão no período da tarde.

Pedido de ajuda de assessora

De acordo com o despacho de Moraes, o que colocou Carlos Bolsonaro no centro da investigação foram mensagens identificadas pela PF com um pedido de ajuda realizado pela assessora do vereador a uma assessora do delegado Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin.

Os assessores envolvidos também foram alvos da operação da PF.

"Os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras", diz Moraes no despacho.

O objetivo da espionagem ilegal seria obter ganhos políticos ao "criar narrativas" para envolver autoridades da oposição, jornalistas e políticos, além de fiscalizar o andamento de investigações de aliados, de acordo com a PF.

Ramagem, que hoje é deputado federal (PL-RJ), já foi alvo de busca e apreensão pela PF na última quinta-feira, 25. Ele foi nomeado diretor-geral da Abin em 2019 por Bolsonaro e deixou o cargo em março de 2022.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) afirmou na tarde desta segunda-feira, 29, que a ordem judicial que autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) é "ilegal" e "imoral".

Segundo o parlamentar, o mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é "genérico" e visava atingir todos os membros do clã Bolsonaro que estavam na casa de férias da família em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense.

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Pelo X, Eduardo diz que o mandado foi assinado por Moraes nesta segunda, pouco antes da operação, e que o objetivo seria atingir, além de Carlos Bolsonaro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os irmãos do vereador carioca.

"O mandado de apreensão era datado de hoje, 29/JAN. Ou seja, durante o recesso, logo após a super live que pela 1º vez reuniu Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e eu, Alexandre de Moraes escreveu os mandados. Tudo confeccionado entre meia-noite e 06:00h de hoje. Ao que tudo indica, para que todos fossem objeto de busca com base em investigação direcionado ao Carlos", afirmou. A publicação foi compartilhada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na rede social. Carlos ainda não se pronunciou.

Eduardo afirmou que os agentes cogitaram apreender o celular dele, do pai e de Flávio Bolsonaro, que não são alvos da operação.

"Esse estado de coisas não pode permanecer, não pode uma ordem judicial ter uma ampliação dessa forma. Isso é ato ilegal, além de imoral", afirmou.

Carlos Bolsonaro está em Angra dos Reis com o pai e dois irmãos. O clã promoveu uma live neste domingo, 28, para lançar um programa de formação para candidatos a vereador e reforçar a polarização com o PT nas eleições municipais deste ano.

A operação é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que vasculhou 21 endereços no último dia 25. O principal alvo da ofensiva foi o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A investigação se debruça sobre a suspeita de que a Abin teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua família.

A Operação Vigilância aproximada, por sua vez, é uma continuação da Operação Última Milha, que, em outubro de 2023, chegou a prender servidores da Abin que usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção. À época, o Estadão mostrou como a ofensiva ligou um sinal de alerta para o vereador Carlos Bolsonaro, que hoje é alvo de buscas.

O advogado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, Fabio Wajgarten, afirmou nesta segunda-feira, 29, que Bolsonaro e os filhos, que estavam em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, teriam saído para pescar antes mesmo da notícia de busca e apreensão da Polícia Federal na investigação sobre a "Abin paralela". "O presidente Jair Bolsonaro saiu para pescar as 5:00 [da manhã] com filhos e amigos bem antes de qualquer notícia", escreveu Wajgarten em uma rede social.

Ele diz que "não foi encontrado nenhum computador de quem quer que seja na residência ou gabinete do vereador Carlos Bolsonaro".

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Após rebater o que havia sido veiculado, no mesmo post, o advogado critica dizendo que "a responsabilidade com a apuração e com a notícia faz parte do Jornalismo dito profissional".

Na manhã desta segunda-feira, foi deflagrada uma nova operação da PF que investiga a "Abin paralela" - suposta espionagem ilegal na Abin - no governo de Bolsonaro.

Um dos alvos é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), conforme o blog da Andreia Sadi, no G1.

A informação foi confirmada pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Uma publicação da Secretaria de Comunicação (Secom) nas redes do Governo Federal, nesta segunda-feira (29), tem chamado a atenção de internautas pelo possível duplo sentido. A postagem alerta a população para a campanha nacional de combate à dengue, doença que acumula mais de 120 mil casos prováveis no país, apenas em 2024. Acompanhando o texto, há uma imagem de uma mão batendo à porta e a legenda “toc, toc, toc”. 

Na web, usuários repercutiram que o perfil oficial de comunicação do governo pode ter alfinetado o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), alvo de operação da Polícia Federal (PF), também nesta segunda. O tuíte da Secom aconteceu minutos depois de dezenas de manchetes repercutirem a suposta apreensão de um notebook da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um endereço de Carlos

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Na legenda, a secretaria escreveu que “quando os agentes comunitários de saúde baterem à sua porta, não tenha medo, apenas receba-os". No momento em que a PF cumpria os mandados de busca e apreensão, nesta segunda-feira (29), em Angra dos Reis, Carlos foi fazer um passeio de lancha junto aos irmãos, Flávio e Eduardo, e também junto ao pai, Jair Bolsonaro (PL). A PF encontrou a casa vazia. Os mandados foram expedidos para as localidades do Rio, Angra, Salvador (BA), Brasília (DF) e Formosa (GO). 

No ato desta publicação, o post do Governo Federal já possuía mais de 12 mil curtidas, quase mil respostas e quatro mil republicações. Os memes tomaram conta das respostas no X (antigo Twitter), alegando o suposto “deboche” da Secom; enquanto outros teceram críticas ao mau uso da plataforma oficial. A rede social do governo é um instrumento da administração pública e deve seguir, por lei, o princípio da impessoalidade. 

A PF investiga a participação de Carlos e outros políticos na chamada “Abin paralela”, gabinete paralelo criado na estrutura da Abin, com o intuito de espionar e obter dados de opositores políticos. Segundo a PF, Carlos seria a principal pessoa da família a receber, ilegalmente, informações do grupo. 

LeiaJá também: 'Pacheco quer os nomes de monitorados pela 'Abin paralela''

“Toc, toc, toc” 

A brincadeira com o “toc, toc, toc” surgiu a partir de um discurso da jornalista e ex-deputada federal Joice Hasselmann, ex-aliada do Clã Bolsonaro, em 2022. À época, ela reproduziu, na tribuna da Câmara, como imaginava que seria a chegada dos agentes ao endereço de Jair Bolsonaro, sob possibilidade de investigação. O vídeo já ressurgiu outras vezes, como durante a investigação da PF contra Carla Zambelli (PL-SP), no ano passado. 

Nesta segunda-feira (29), após a repercussão da nova investigação contra Carlos, Joice recriou o meme, com uma taça na mão e fazendo um brinde ao antigo aliado. “Para você, Carluxo. Com todo carinho, Joice”, escreveu a ex-parlamentar.  

Confira, abaixo, o tuíte da Secom, a publicação de Joice e a repercussão 

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou que, diante da suspeita de que equipamentos da agência foram encontrados com investigados da Operação Vigilância Aproximada, iniciou imediatamente apuração sobre o caso. Entre os equipamentos encontrados, um computador estaria em posse de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro é um dos alvos da etapa da operação deflagrada nesta segunda-feira (29) com o objetivo de identificar os “principais destinatários e beneficiários” das informações produzidas ilegalmente por meio de ações clandestinas da Abin.

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Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seu gabinete, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, bem como em sua residência. Dos oito mandados, cinco são cumpridos no Rio de Janeiro e três em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).

A Agência Brasil tentou sem sucesso contatar a defesa do vereador. Quem se manifestou sobre o caso foi o advogado de Jair Bolsonaro e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Fábio Wajngarten.

Segundo ele, nenhum computador “de quem quer que seja” foi encontrado em posse do filho do ex-presidente. Eles estavam pescando em Angra dos Reis (RJ).

“Vamos arrumar a bagunça de fakenews. O presidente Jair Bolsonaro saiu para pescar as 5:00 com filhos e amigos bem antes de qualquer notícia. Não foi encontrado nenhum computador de quem quer que seja na residência ou gabinete do vereador Carlos Bolsonaro. A responsabilidade com a apuração e com a notícia faz parte do jornalismo dito profissional”, disse Fábio Wajngarten por meio de redes sociais

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A Operação Vigilância Aproximada teve início na quinta-feira (25) com o propósito de investigar organização criminosa instalada na Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Essa “Abin paralela” teria utilizado “técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público, informou a agência.

Investigadores da Polícia Federal informaram que teria partido do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro a ideia de criar essa Abin paralela, e que ele seria “a principal pessoa da família que recebia informações” desse grupo.

A Polícia Federal (PF) apreendeu um notebook da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um dos endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro. A apreensão ocorreu durante a operação Vigilância Aproximada, deflagrada na manhã desta segunda-feira (29) para apurar a rede criminosa que se instalou no órgão com o intuito de espionar oposicionistas do Governo Bolsonaro. Carlos seria a principal pessoa da família a receber, ilegalmente, informações da “Abin paralela”, segundo a PF. 

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) informou que policiais federais estiveram no gabinete do vereador para cumprir mandado judicial de busca e apreensão, também na manhã desta segunda-feira, entre as 7h e 9h. Os agentes foram acompanhados pela segurança da Casa e por um assessor do parlamentar. 

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A Polícia Federal indicou, ainda, que Carlos teria sido o idealizador do grupo paralelo, com o objetivo de se aproveitar da estrutura da Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Nenhum nome foi citado. Ao todo, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão, cinco deles no Rio de Janeiro e os demais em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA). O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados. 

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro, foram encontrados equipamentos que seriam de propriedade da Abin. Diante disso, a coordenação de comunicação social da agência informou que "iniciou imediatamente apuração sobre o caso". Quem divulgou que o equipamento se trataria de um notebook foi a colunista Daniela Lima, do g1. 

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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda (29). Ele é suspeito de receber materiais obtidos com a espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro.

O mandado foi cumprido em endereços ligados ao filho do ex-presidente, como a Câmara dos Vereadores do Rio. Há suspeita de que Flávio Bolsonaro e Jair Renan também tenham sido beneficiados com relatórios produzidos pela Abin.

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Na quinta (25), a PF deflagrou a operação em cumprimento de ordens judiciais contra o amigo da família Bolsonaro e ex-diretor da Abin, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL).

Segundo a PF, quatro computadores, seis celulares e 20 pendrives foram apreendidos com Ramagem. Um notebook e um celular seriam da Abin, que não teriam sido devolvidos após a saída do ex-diretor.

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Ex-chefe de segurança de Jair Bolsonaro na campanha à Presidência, Ramagem se tornou amigo pessoal do ex-presidente e é o atual pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro.

A investigação apura o uso indevido do software First Mile, usado para a geolocalização de celulares em tempo real. Os sistemas da agência de inteligência teriam sido usados para monitorar ilegalmente adversários políticos de Jair Bolsonaro, como ministros do Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os passos da promotora de Justiça do caso da ex-vereadora Marielle Franco também seriam acompanhados. 

O vereador Carlos Bolsonaro deve deixar o Republicanos para tentar a reeleição pelo PL, mesmo partido o pai e dos irmãos. Com a mudança esperada para a janela partidária de março, ele deve se tornar o novo presidente do diretório do partido na cidade do Rio de Janeiro.

A chegada no PL ocorre após as críticas públicas de Carlos ao presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, por ter elogiado o presidente Lula (PT) em um podcast. Na ocasião, Costa Neto disse que o petista era uma figura extremamente popular, de muito prestígio e que não se comparava a Jair Bolsonaro.

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A saída do Republicanos - e o ingresso no PL - foram tratados com o atual líder do partido na capital, o vice-prefeito Nilton Caldeira. As informações foram publciadas pelo Metrópoles.

Carlos Bolsonaro chega na nova sigla com o projeto de se tornar o vereador mais votado do Rio. A missão é ser reeleito para seu 7º mandato seguido, mas ele também deve coordenar a campanha do deputado e amigo pessoal, Alexandre Ramagem, à Prefeitura. 

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) recorreu à Justiça Federal na terça-feira, 24, para tentar reaver o porte de arma após decisão da Polícia Federal (PF) de negar a renovação da licença ao parlamentar em julho deste ano. O parlamentar alega que ele e a família são alvos de ameaças de morte e pede que a sua licença para portar uma arma seja renovada.

"A concessão do direito de portar arma de fogo não teria sentido se fosse exigido um fato próximo a uma situação que beirasse a morte ou uma ameaça ainda mais grave a ponto de inviabilizar uma possível defesa. Como cediço, o impetrante é vereador de um dos municípios mais violentos do Estado do Rio de Janeiro, é pessoa pública e de filiação do ex-presidente da República, vivenciando terrível sensação de insegurança no dia a dia", argumenta a defesa.

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Para tentar reaver o porte, a defesa de Carlos cita como argumento a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018, cinco anos atrás, e ameaças de morte que ele e o clã Bolsonaro estariam sofrendo.

"Não há como se esquivar de reconhecer que tanto o impetrante como toda sua família foram e são alvos de ataques, virtuais e físicos, como fez a autoridade coatora sustentando que não havia comprovação suficiente de risco à integridade física", sustenta.

Procurada pelo Estadão, a defesa do vereador não quis se manifestar.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) anunciou o lançamento de um livro de sua autoria sobre a "introdução" do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas redes sociais. A obra se chama " Redes sociais e Jair Bolsonaro - Começo de tudo" e custa R$ 54,90, estando disponível apenas no formato digital.

Segundo o vereador, a obra conta como foi a experiência dos dois utilizando as plataformas digitais e qual seria a importância dela para a política. Nas eleições presidenciais de 2018, em que Bolsonaro foi eleito presidente ao vencer no segundo turno o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Carlos participou de uma campanha que explorou as mídias sociais para alavancar o nome do pai, que conseguiu chegar ao Palácio do Planalto mesmo com oito segundos de tempo de rádio e televisão.

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"Mergulhe fundo na história pessoal, revelando os detalhes que conectam Jair Bolsonaro às redes sociais em sua trajetória inicial. Uma jornada envolvente que desvenda os aspectos menos conhecidos e que moldaram o caminho único que ele percorreu", diz a descrição do livro digital lançado pelo vereador.

Lançamento teve críticas e pedido de autógrafos

Ao anunciar o lançamento do livro nas redes sociais, internautas criticaram o vereador por ter lançado a obra no momento em que o ex-presidente é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um esquema de venda ilegal de joias destinadas a Presidência da República. Por outro lado, apoiadores do ex-presidente tietaram o vereador, fazendo críticas positivas sobre a obra e pedindo autógrafos para o filho de Bolsonaro.

"Comprei 2 exemplares, um para mim e outro para dar de presente a uma amiga. Espero ter a chance de você autografar para mim, pois imprimi e encadernei. Parabéns e sucesso", disse uma seguidora.

Por Alessandra Monnerat

Um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) recorreu à rede social para reclamar dos que andam falando em risco de prisão de seu pai. Investigações da Polícia Federal apuram suposto desvio de joias presenteadas à Presidência. "Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo", escreveu ele na plataforma X (antigo Twitter).

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"Se quer ajudar desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer", continuou o vereador. "Óbvio que qualquer um sabe que já vivemos numa Venezuela, entretanto não é desse jeito que se luta. Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!"

O ex-presidente ainda não postou sobre o caso das joias nas redes sociais, mas afirmou ao Estadão que seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid tinha "autonomia" para agir.

Outro de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou no X várias mensagens em que afirmava que o hacker Walter Delgatti Neto não tem provas das acusações que fez contra o pai. Delgatti disse em depoimento à CPI do 8 de janeiro que Bolsonaro teria pedido que ele invadisse uma urna eletrônica.

Além das investigações sobre a venda de joias recebidas por Bolsonaro quando estava na Presidência, há cinco inquéritos que ameaçam a liberdade do ex-presidente: dos ataques às urnas eletrônicas, das milícias digitais, da associação entre a vacina da covid-19 e a AIDS, do vazamento de inquérito da Polícia Federal e da interferência na PF.

Bolsonaro costumava dizer em mandato que jamais seria preso. Em setembro de 2021, durante discurso no 7 de Setembro já tinha avisado: "Quero dizer aos canalhas que nunca serei preso".

A cada cinco propagadores de notícias falsas no país, um pertence a classe política, segundo um levantamento feito pelo UOL, divulgado no início da manhã deta terça-feira (8). O Partido Liberal, sigla na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é filiado, abriga 49% dos parlamentares identificados pela pesquisa.

Através do relatório final da CPI da Covid-19, enviado à Suprema Corte, contemplando o período de janeiro de 2020 a janeiro de 2023, foram contabilizados 314 disseminadores de desinformação, sendo 270 pessoas físicas e 44 pessoas jurídicas e órgãos do governo.

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Nas decisões do relatório, assim como do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), constam sanções que incluem ordem de busca e apreensão, cassação de mandato, retirada de fake news em páginas de redes sociais, bloqueio de contas bancárias e de perfis, multas e desmonetização de canais no YouTube. Dessa forma, foram listadas 480 ações e inquéritos.

A lista além de citar vários parlamentares, empresas privadas, empresários, pessoas que fizeram parte da administração pública, empresas públicas, órgãos do governo, partidos conhecidos e movimentos políticos, também divulga nomes de juízes, influenciadores digitais e jornalistas como Alexandre Garcia, Alessandro Loiola, Rodrigo Constantino e Guilherme Fiúza.

Partido Liberal e Fake News

O Partido Liberal, liderado por Valdemar Costa Neto (PL-SP), é a sigla com mais políticos investigados pelo STF e TSE. Tem 34 dos 70 parlamentares que fazem parte do levantamento, ou seja, 49% do resultado.

Jair Bolsonaro, considerado o maior nome do partido, recebeu multas no valor de R$ 30 mil e R$ 5.000 por espalhar notícias falsas na internet, entre elas a que ligava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a facções criminosas.

Em junho, o ex-mandatário também foi punido pelo TSE por questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, se tornando inelegível por oito anos. As declarações antidemocráticas foram ditas em uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto em 2022, na qual ele questionou a credibilidade do sistema eleitoral sem apresentar provas. Além disso, Bolsonaro é investigado por ataques aos ministros do STF.

Os filhos do ex-presidente também tiveram conteúdos removidos pela Justiça. Carlos e Flávio Bolsonaro compartilharam postagens que afirmavam que Lula bebia álcool antes de realizar atos da campanha pela disputa presidencial, por exemplo, sem provas. Flávio e Eduardo também foram multados em R$ 30 mil por compartilhar conteúdo que associava o líder petista a drogas e ao aborto.

Outra lideranças políticas do PL também figuram na lista, como a senadora pelo Distrito Federal Damares Alves (PL-DF), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ex-secretário da Cultura Mário Frias (PL-SP), o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), entre outros nomes da extrema direita.

Lula foi o mais atacado pelas mentiras na internet

O líder petista foi o principal alvo de desinformação nas redes sociais nos últimos quatro anos. De acordo com o levantamento, Lula foi atacado por 112 pessoas e empresas, assim como também por famosos e veículos de comunicação.

O cantor Latino, por exemplo, compartilhou um vídeo manipulado em que Lula teria dito que pessoas presentes em ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) seriam "vagabundos e traficantes". O cantor também publicou nas redes sociais a informação falsa de que o petista defendia a instalação de banheiros unissex nas instituições de ensino como proposta de sua gestão. As postagens foram derrubadas pelo TSE.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ministros do STF também foram atacados por pessoas que espalham mentiras na internet. Ao todo, 46 pessoas foram penalizadas ou são investigadas por atacar a Corte. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Edson Fachin foram vítimas citadas nominalmente.

Um dos punidos é o ex-presidente nacional do Partido Trabalhista do Brasil (PTB), Roberto Jefferson, preso no ano passado por divulgar notícias falsas sobre as eleições e contra a ministra Cármen Lúcia, além de atirar em agentes federais que cumpriram mandado de busca e apreensão em sua residência.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo de desinformações e aparece em terceiro lugar na lista. A atual ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet (MDB-MS), por exemplo, em publicação removida pela Justiça afirmou que Bolsonaro cometeu crime de pedofilia quando ele disse que "pintou um clima" com meninas venezuelanas. Já Janones teve de remover postagem em que responsabilizou a sigla do ex-mandatário pela suspensão do piso salarial nacional dos enfermeiros.

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, será o relator da ação movida pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) por injúria. O caso corre sob sigilo e foi a primeira ordem de relatoria atribuída ao recém-empossado da Corte. A ação estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril e deixou o cargo no Supremo. 

Pelas regras internas, quem assume o comando do processo é o seu substituto. Neste caso, Zanin. A mudança na relatoria já consta no sistema do STF. Segundo o processo, Janones fez publicações nas redes sociais em que se refere a Carlos como “miliciano”, “vagabundo”, “merda” e “bosta”. A defesa do filho de Bolsonaro pede uma indenização de R$ 20 mil, além da condenação do deputado. 

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Zanin tomou posse como Supremo Tribunal Federal nessa quinta-feira (3), após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A imagem do magistrado se tornou conhecida após o trabalho na defesa de Lula, durante o período de condenação. O advogado foi aprovado pelo Senado em junho. Antes disso, o candidato passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, onde foi aprovado por 21 votos a 5. A votação não teve abstenções. 

 

Carlos Bolsonaro (Republicanos) perdeu o porte de arma de fogo. Mesmo com as alegações de ameaças, a Polícia Federal (PF) negou a renovação por entender que o vereador não sofre perigo que justifique carregar uma pistola para todos os lugares. 

Nas redes sociais, o filho do ex-presidente reclamou do indeferimento e apontou uma possível conspiração. A informação publicada pela TV Globo é que ele possui uma pistola importada 9mm, mas Carlos frisou que o calibre é .380. 

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"Tudo coincidência, fora a matéria mentir que minha arma é uma 9mm, mas uma .380. Tudo foi redondamente orquestrado diante de mais um processo que corria sob sigilo! É cristalina a intenção do ato!", escreveu o vereador. 

O pedido de renovação do porte por mais cinco anos foi feito em 4 de julho e destacava a "efetiva necessidade" e insistia que "sua cabeça está a prêmio". Carlos chegou a anexar vídeos com ameaças contra ele e o pai Jair Bolsonaro, mas a PF do Rio de Janeiro não acatou a solucitação. 

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