Ciro: No Brasil, até o termo 'de esquerda' foi corrompido

O pedetista aproveitou a convenção de seu partido para fazer ataques aos seus adversários

sex, 21/01/2022 - 18:31
José Cruz/Agência Brasil O pedetista Ciro Gomes José Cruz/Agência Brasil

  Nesta sexta-feira (21), durante a convenção nacional do PDT, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes aproveitou para atacar os seus adversários políticos. Segundo afirmou, no Brasil, o termo de esquerda foi corrompido. O pedetista aproveitou a convenção de seu partido para firmar o seu nome na disputa pela Presidência da República deste ano. Inclusive, o possível slogan de sua campanha será "Ciro, a rebeldia da esperança".

Isso porque o partido está buscando formas de mostrar um Ciro mais calmo e, com isso, distanciar a fama de sem paciência e grosseiro que o ex-governador tem. "Quando se juntam rebeldia, esperança e um novo e generoso Projeto Nacional de Desenvolvimento, está firmado um elo inquebrantável. Uma corrente capaz de eletrizar o Brasil e levá-lo adiante. 

Mas essa não é uma tarefa isolada de um homem só, nem mesmo de um presidente. É de toda uma nação de pé, mobilizada para transformar profundamente o Brasil", destacou Ciro Gomes. 

O pedetista reforça que, com a sua "rebeldia" quer ajudar o país a "libertar-se das garras do ódio e da mediocridade paralisantes. Quero ajudar o Brasil a retomar o seu destino e colocá-lo no centro das decisões mundiais. Quero ser o presidente da rebeldia e da esperança". 

Sem citar nomes, Ciro afirmou que muitos dos "pretensos" líderes estão imersos em suas "bolhas de picaretagem, oportunismo, ignorância e apologia à ignorância. O que faz com que  não pensem e nem formulem novas idéias. 

O centro do mundo deles é a subserviência vergonhosa aos seus patrões, que sempre lucram nas costas do povo", assevera. Gomes diz ainda ser diferente de todos os que comandaram o país. "Meu patrão é o povo e minha pátria minha única patroa.  Nunca vou cansar em dizer que em cinquenta anos, nós, os brasileiros, fomos o país que mais cresceu no mundo. Mas depois disso, viemos em progressivo declínio, até que sobreveu a estagnação dos últimos dez anos. Paramos no tempo e no espaço. Enquanto boa parte do mundo avançava, nós começamos a andar para trás, caranguejos atolados no mangue do atraso". 

O pedetista salienta que os especuladores financeiros fizeram e fazem verdadeiras fortunas no país durante os últimos governos, enquanto os pobres recebem migalhas em "ridículas políticas compensatórias que, ao invés de os envergonhar, servem de orgulho para alguns que se dizem de esquerda. Até o termo de esquerda foi corrompido no nosso país", pontua Gomes, possivelmente se referindo ao programa Bolsa Família, que foi transformado no governo Bolsonaro para Auxílio Brasil.

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