Tópicos | Ciro Gomes

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) virou réu pelos supostos crimes de calúnia, difamação e injúria contra a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A 3ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza aceitou a queixa-crime movida pela ex-ministra da Mulher do governo de Jair Bolsonaro (PL), que foi chamada de "bandida nazifascista da quadrilha do Bolsonaro" por Ciro.

O caso que originou o processo ocorreu em 27 de maio de 2020, em uma entrevista concedida pelo pedetista ao canal Portal do José no YouTube. O vídeo não está mais disponível. O juiz Ricardo Nogueira destacou que a decisão é "uma mera admissibilidade da acusação, não cabendo nessa fase processual exame aprofundado do teor dos fatos narrados".

##RECOMENDA##

Em maio de 2023, uma audiência de conciliação foi marcada, mas as partes não chegaram a um acordo. A assessoria de Ciro foi procurada pelo Estadão para comentar o caso, mas não se manifestou.

A partir decisão da 3ª Vara Criminal, no último dia 18, Ciro tem dez dias para responder à acusação.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Damares disse que recebeu a notícia "com muita alegria" e que não tem medo de "coronéis" ou de quem quer intimidar as mulheres "a não participar do processo político". "Ele vai ter que provar que eu sou 'bandida nazifascista'", afirmou em vídeo publicado em sua conta na noite desta quarta-feira, 24.

Um ano após a invasão à Praça dos Três Poderes contra o resultado das eleições, nesta segunda (8), Ciro Gomes (PDT) apontou que o evento vem sendo explorado politicamente ao invés de ser investigado de forma adequada.

O Governo Federal realiza uma cerimônia à tarde, no Congresso, para reafirmar a defesa de democracia. Além do presidente Lula (PT), ministros e governadores, são esperados representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário.

##RECOMENDA##

Em seu perfil nas redes sociais, Ciro Gomes cobrou uma investigação mais rigorosa para identificar financiadores e outros envolvidos na tentativa de golpe. Ele indicou que há mais esforço político em explorar o evento do que punir os invasores.

[@#video#@]

Nesta segunda (8), a Polícia Federal deflagrou a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa identificar pessoas que estimularam ou custearam o ato golpista. Na ação, foram expedidos 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

Com um canal aberto de denúncias, a investigação se desdobrou em 22 fases e rendeu, pelo menos, 117 mandados de prisão temporária e preventiva e outros 317 de busca e apreensão.

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, 29, que "dificilmente" voltará a disputar eleições. Em 2022, o pedetista amargou seu pior desempenho em uma campanha à Presidência da República, quando obteve apenas 3% dos votos e ficou em 4º lugar. Ciro criticou o movimento para fazê-lo desistir de se candidatar nas últimas eleições.

"Eu fui desistido. Não é bem que eu desisti, não", disse. "Quando eu saía de uma eleição difícil, quase impossível, com 12% (dos votos), eu achava que não tinha direito de desertar da expressão daquilo. Quando aconteceu aquilo (eleições de 2022), da forma que foi, eu me senti asfixiado por aqueles por quem eu lutei a minha vida toda. De repete senti: estou fazendo isso sozinho. Em nome de quê?"

##RECOMENDA##

Nas últimas eleições, apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e artistas como Caetano Veloso e Alinne Moraes fizeram uma campanha para tirar votos de Ciro, batizada de #tiragomes. O objetivo era estimular o voto útil no petista para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ciro na época chamou o movimento de "terrorismo eleitoral".

À GloboNews, Ciro criticou artistas que apoiam Lula apesar de concessões feitas ao Congresso. O ex-governador citou repetidamente as emendas parlamentares liberadas pelo governo como exemplo de falhas da gestão federal. Diante disso, o cearense afirmou que perdeu "a crença e o entusiasmo na linguagem eleitoral brasileira".

"O que me causou um constrangimento e me fez perder a vontade de disputar minhas ideias eleitoralmente são as mediações", afirmou. "Como vou explicar isso aqui (suas ideias de governo) pro povão se não tiver um conjunto de pessoas equipadas pelo privilégio de serem artistas, intelectuais, cientistas, líderes estudantis, lideranças sindicais? Essa gente toda está batendo palma para a destruição do meu País, para o apodrecimento da República. O cinismo perdeu o pudor. Fala-se: o Congresso é assim."

Ciro criticou Lula por, segundo ele, agravar a "relação podre, corrupta, fisiológica e clientelista" com o Congresso. Em agosto, o petista se tornou o presidente que mais liberou emendas parlamentares em um único mês. Para o ex-governador, este é um sinal de que a negociação com os deputados e senadores continua da mesma forma que ocorria com Bolsonaro, quando revelou-se o esquema do orçamento secreto. "Enquanto isso, nossa elite, de forma cínica, diz: se não assim, como faria?", questionou Ciro, propondo a adoção de plebiscitos para resolução de disputas entre Executivo e Legislativo.

O ex-ministro disse crer que a verba que os parlamentares ganham com emendas acaba com a equidade na disputa política. "Não se elege mais uma pessoa jovem, uma pessoa séria no País. Estamos ensinando aos jovens que a política é assim?", criticou.

O cearense foi candidato à Presidência quatro vezes. Em 1998 e em 2002, pelo PPS, chegou a 10,9% e 11,9% dos votos. Em 2018, com o PDT, alcançou 12,4% do eleitorado. Na última disputa, ficou atrás de Lula, Bolsonaro e Simone Tebet (MDB). "Eu tenho êxito na política, só não consegui ser presidente do País. Deus não quis", disse Ciro na entrevista. Depois de afirmar que "dificilmente" entraria em disputas novamente, reafirmou: "Eu vou seguir lutando, mas disputar eleição não quero mais não".

Ciro critica governo Lula e diz que Brasil está em ‘decadência franca’

O ex-governador do Ceará criticou a atuação do governo federal em diferentes áreas, da economia ao meio ambiente, passando por segurança, educação e tecnologia. Para ele, Lula "perdeu o pulso faz tempo" e o País está em "decadência franca" há anos. Ciro disse acreditar que as políticas públicas não mudaram muito desde a gestão passada.

"É muito melhor criticar um governo como o do Lula, do que um governo como o do Bolsonaro", afirmou. "Mas vamos ficar amarrados nessa âncora mortal? Ao invés de comparar as coisas com o passado, eu comparo com a promessa que foi feita, que está muito longe de ser atendida, e com as condições objetivas de fazer diferente, que eu sei que poderia ser."

Outra área de atuação do governo criticada por Ciro foi a da política externa. Para ele, o Brasil deveria voltar seus olhos à resolução de conflitos e tensões na América Latina. "Lula está buscando ser um pop star, uma celebridade internacional, a falar bobagens em assuntos externos complicados e complexos", afirmou. "Eu fui ao Parlamento Europeu e o que eu ouvi me obrigou a defender o Lula, de tanta bobagem que ele falou. Lula só se preocupa com a paz onde a imprensa está olhando."

Irmãos Gomes em disputa

O ex-ministro não citou na entrevista a briga com o irmão, Cid Gomes. O senador deve sair do PDT para se filiar ao PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, sigla em que já esteve por oito anos, quando foi eleito e reeleito para o governo do Ceará, em 2006 e 2010. Em outubro deste ano, Cid Gomes ameaçou deixar o PDT após uma reunião acalorada que contou com bate-boca e troca de ofensas entre ele e Ciro.

O ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) agrediu um homem com um tapa no rosto durante um evento em Fortaleza, na noite de domingo (3). A agressão foi registrada pela vítima e divulgada nas redes sociais. O homem que aparece no vídeo finge ser um apoiador e se aproxima do pedetista para uma foto, mas quando consegue iniciar o registro, provoca Ciro. 

"Como é que rouba da população sem ser preso?", questionou. E Ciro responde: "Quem deve saber isso é bandido, eu não sou, não". "Tu é [sic] bandido", volta a dizer o homem, que em seguida leva um tapa de Ciro Gomes. Até o momento desta publicação, Ciro não se pronunciou sobre o caso e sua assessoria não emitiu notas à imprensa. O político possui histórico de agressões físicas e verbais, durante embates com opositores. 

##RECOMENDA##

[@#video#@] 

 

Durante toda esta quarta-feira (30), a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, participou, em Fortaleza, de uma série de agendas institucionais representando a Prefeitura do Recife. Pela manhã, ela conheceu o projeto Fortaleza Bilíngue. Já na sexta-feira (1), terá agendas voltadas para a Primeira Infância. No fim da tarde desta quinta, Isabella teve um encontro com o ex-Governador do Estado e uma das principais lideranças políticas do PDT e do Brasil, Ciro Gomes. 

Recebida por Ciro em sua casa, a conversa entre os dois abordou pautas como Sustentabilidade e Segurança Pública - temas muito estudados por Ciro atualmente - além da importância do pensamento crítico do ex-presidenciável sobre o cenário nacional. "Viemos para Fortaleza conhecer um pouco sobre algumas das políticas públicas implementadas na cidade e fomos recebidos pelo meu querido amigo Ciro", afirma Isabella. 

##RECOMENDA##

"Ciro Gomes é um importante líder do nosso partido, o PDT, e uma das figuras políticas mais importantes do nosso país. Sempre é bom ouvi-lo sobre os principais assuntos da atualidade. Inclusive, sou assinante de sua Newsletter. É fantástica. Também me identifico muito com alguns temas que ele vem estudando ultimamente, como Sustentabilidade e Segurança Pública. São temas atuais e extremamente necessários", continua a vice-prefeita.

Conhecendo o Fortaleza Bilíngue

Durante a manhã, Isabella de Roldão esteve com Joana Nogueira, da coordenação de Relações Internacionais da Prefeitura de Fortaleza, para conhecer o Fortaleza Bilíngue. O projeto é super importante, pois é voltado para alunos e professores da rede pública de ensino. A iniciativa oferece capacitações para esse público, além de distribuição de material didático complementar.

*Da assessoria 

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) chamou o ministro da Educação, Camilo Santana, de "decepção" e "maior traidor da história", ao comentar a autorização para a abertura de novos cursos de medicina privados no País. Os dois já foram aliados políticos e fizeram campanhas juntos em eleições anteriores. Procurado, o ministro preferiu não comentar o caso.

A declaração foi feita na última sexta-feira, 17, na gravação do programa "Brasil Desvendado", no qual Ciro é o entrevistado. Ele falou da abertura dos novos cursos privados emendando uma crítica ao Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.

##RECOMENDA##

"O atual ministro da educação, que é um cearense aqui ilustre - que, para mim, é a maior decepção, o maior traidor da história... Mas isso é um assunto paroquial -, autorizou a abertura de 95 novos cursos de medicina, todos privados (...). Esse é o socialismo do PT", disse Ciro Gomes.

De acordo com Ciro, a autorização para criar cursos em universidades particulares seria uma forma de injetar dinheiro público na iniciativa privada, através do programa de financiamento estudantil. "Vão tirar dinheiro do Tesouro, colocar no bolso desses empresários, que é o tal do Fies, a garotada não vai pagar e eles vão dispensar de novo, como agora", disse o ex-governador.

Ele faz referência à lei aprovada no último dia 1º pelo governo federal para renegociação das dívidas feitas através do sistema de financiamento estudantil. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), hoje há 1,2 milhão de pessoas inadimplentes que, juntas, devem R$ 54 bilhões aos cofres públicos.

A normativa permite a isenção dos encargos (juros e multa) para quem possui dívidas pelo programa e, para os estudantes inscritos no CadÚnico ou no Auxílio Emergencial de 2021, pode haver o desconto de até 99% sobre o valor total da dívida para pagamento à vista.

Ciro é um crítico frequente do Partido dos Trabalhadores. Santana, hoje ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e conterrâneo do ex-presidenciável, foi governador do Ceará por dois mandatos seguidos, de 2015 a 2022. No último pleito, elegeu-se senador pelo Estado, ocupando uma cadeira na mesma casa que Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro.

Há uma crise interna na sigla envolvendo os dois irmãos e o comando do PDT no Ceará. Ciro está mais próximo de André Figueiredo, deputado federal pelo Estado, pré-candidato a 2024 e membro de uma ala do partido que se opõe ao PT.

O chefe do Executivo da capital cearense rivaliza com Cid, que defende alianças mais amplas e chegou a ameaçar sair do partido após uma reunião do diretório em outubro passado. O senador foi à Justiça e, no último dia 13, assumiu o comado do diretório estadual de volta com a chancela do juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível de Fortaleza.

O PDT havia aprovado uma intervenção da executiva nacional no diretório do Ceará, afastando Cid das funções.

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) chamou o ministro da Educação, Camilo Santana, de "decepção" e "maior traidor da história", ao comentar a autorização para a abertura de novos cursos de Medicina privados no País. Os dois já foram aliados políticos e fizeram campanhas juntos em eleições anteriores. Procurado, o ministro preferiu não comentar o caso.

A declaração foi feita na última sexta-feira (17), na gravação do programa "Brasil Desvendado", no qual Ciro é o entrevistado. Ele falou da abertura dos novos cursos privados emendando uma crítica ao Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.

##RECOMENDA##

"O atual ministro da educação, que é um cearense aqui ilustre - que, para mim, é a maior decepção, o maior traidor da história... Mas isso é um assunto paroquial -, autorizou a abertura de 95 novos cursos de Medicina, todos privados (...). Esse é o socialismo do PT", disse Ciro Gomes.

De acordo com Ciro, a autorização para criar cursos em universidades particulares seria uma forma de injetar dinheiro público na iniciativa privada, através do programa de financiamento estudantil. "Vão tirar dinheiro do Tesouro, colocar no bolso desses empresários, que é o tal do Fies, a garotada não vai pagar e eles vão dispensar de novo, como agora", disse o ex-governador.

Ele faz referência à lei aprovada no último dia 1º pelo governo federal para renegociação das dívidas feitas através do sistema de financiamento estudantil. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), hoje há 1,2 milhão de pessoas inadimplentes que, juntas, devem R$ 54 bilhões aos cofres públicos.

A normativa permite a isenção dos encargos (juros e multa) para quem possui dívidas pelo programa e, para os estudantes inscritos no CadÚnico ou no Auxílio Emergencial de 2021, pode haver o desconto de até 99% sobre o valor total da dívida para pagamento à vista.

Ciro é um crítico frequente do Partido dos Trabalhadores. Santana, hoje ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e conterrâneo do ex-presidenciável, foi governador do Ceará por dois mandatos seguidos, de 2015 a 2022. No último pleito, elegeu-se senador pelo Estado, ocupando uma cadeira na mesma Casa que Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro.

Há uma crise interna na sigla envolvendo os dois irmãos e o comando do PDT no Ceará.

Quarto candidato na disputa presidencial de 2022, Ciro Gomes (PDT) ficou afastado da Política, mas reapereceu, nesta segunda (10), com o anúncio da sua newsletter. O ex-presidenciável convida assinantes para financiar suas análises semanais sobre as decisões econômicas e políticas do atual governo.  

Intitulada "O Brasil Desvendado", depois da Ciro TV, a newsletter será a oportunidade de Ciro conversar com o público "fora da propaganda, da torcida e do negativismo", como citou. Nas palavras do pedetista, as publicações vão representar "uma corrente de opinião independente, que pode dizer o que é certo e pode dizer o que é errado, sem dever nada a ninguém". 

##RECOMENDA##

A assinatura anual da newsletter custa R$ 200 e o plano mensal R$ 20. A descrição esclarece que os inscritos também poderão interagir com o autor. "Os assinantes receberão em primeira mão os textos semanais, notas de atualização e também terão oportunidade de realizar perguntas e participar de debates ao vivo com Ciro", explica o anúncio. 

A disputa política entre o senador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes, candidato à Presidência em 2022, pelo comando no PDT ganha novos contornos com ameaças de punições por infidelidade partidária, tentativa de intervenção da Executiva Nacional no diretório da sigla no Ceará - berço político do clã Ferreira Gomes - e ressentimentos expostos publicamente.

O racha entre os irmãos Gomes se arrasta desde a campanha eleitoral do ano passado, quando Cid decidiu apoiar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de um nome do PDT alinhado aos petistas para o governo do Ceará. A divisão se aprofundou.

##RECOMENDA##

Nesta segunda-feira (3), a Executiva Nacional do partido decidiu, por unanimidade (7 a 0), "evocar as competências da executiva estadual no Ceará para a executiva nacional". Na prática, o grupo do atual presidente interino do partido, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), que é ligado a Ciro, tenta manter o comando do partido ao controlar o diretório cearense.

"O termo não é intervenção. Tendo em vista que o os ânimos estão extremamente acirrados, inclusive com a convocação de uma reunião do diretório para destituir a executiva que tem mandato até 31 de dezembro, a direção nacional do partido chamou uma reunião, com a participação de praticamente todos os seus integrantes, para fazer uma evocação dos poderes da direção estadual para a direção nacional. É uma forma de tentar reduzir todos os danos que estão sendo causados ao partido por conta dessas divisões", afirmou André Figueiredo ao Estadão.

O controle da legenda no Ceará é ameaçado pelo grupo do senador Cid Gomes. Amparado por 52 dos 84 integrantes da Executiva Estadual, Cid convocou uma reunião para sexta-feira (7) na tentativa de assumir o controle do partido. O senador não reconhece a decisão tomada pela Executiva Nacional e diz que fará a "reunião na calçada", caso seja barrado de entrar na sede do PDT.

"A meu juízo, a decisão não promove intervenção no diretório estadual, porque o artigo 67 (usado como base da decisão da Executiva Nacional do PDT) trata da possibilidade de a Nacional avocar processos éticos disciplinares. Simplesmente, não se aplica ao caso. Eu disse isso lá: 'Rapaz, se vocês têm alguma intenção diferente da evocação de um processo ético e disciplinar, que é o que diz textualmente, procurem outro artigo. Esse, não'. Enfim, eu falei que a votação era inócua e que me absteria", contou Cid Gomes.

O senador afirmou ainda que manterá a reunião marcada para esta sexta, mesmo com ameaças de represálias por infidelidade partidária por parte de Figueiredo e do grupo de Ciro.

"Se houver quórum, a reunião acontecerá na sede do partido. Se não nós deixarem entrar, faremos na calçada, na frente da sede", disse.

Já Figueiredo, que também preside o diretório no Ceará, entende que a convocação da reunião fere o estatuto do partido. E diz que aguardará o desfecho para avaliar possíveis punições aos envolvidos.

"Tentamos fazer com que o processo seja menos traumático. O grupo do senador Cid está querendo chamar uma reunião para destituir a Executiva legalmente eleita e com mandato. Isso não está previsto em nenhum lugar do nosso estatuto. Há a previsão de convocação sim, mas nunca para destituir um Executiva com mandato. Isso aí é que está gerando toda essa celeuma. O partido não vai reconhecer. O que estamos vendo, infelizmente, é algo que tá fazendo o partido sangrar", disse.

Figueiredo é aliado de Ciro Gomes, rompido com o irmão desde 2022. O mandato de Figueiredo está previsto para durar até o fim do ano. No entanto, este prazo pode ser encurtado caso haja o consentimento dos integrantes da Executiva Estadual do PDT pela troca da liderança.

Os dois lados diferem em qual postura adotar nas eleições do ano que vem. Enquanto Cid busca uma reconciliação com o PT, a ala cirista, ligada a Figueiredo, não quer abrir o diálogo com o partido do governador Elmano de Freitas (PT) e defende a reeleição independente de José Sarto (PDT) na capital.

Procurado pelo Estadão, o ex-ministro Ciro Gomes não se pronunciou.

Para tentar mediar a questão, o ministro Carlos Lupi (Previdência Social), presidente licenciado do PDT, viajou para Fortaleza há cerca de duas semanas. Em reunião com parte dos membros, ele demonstrou não querer abrir mão de André Figueiredo na presidência da sigla até o fim do mandato. As disputas devem se estender até sexta.

O deputado estadual Osmar Baquit (PDT), que chegou com Cid no último encontro, não vê, no entanto, perspectivas próximas para o fim da crise interna do partido. "Eu não vejo como ter esse acordo, está só empurrando para frente", declarou.

Racha no clã Ferreira Gomes

A cisão entre os irmãos Gomes começou na eleição passada. Na ocasião, Ciro ficou frustrado sem o apoio de Cid durante a campanha presidencial. O rompimento foi motivado pela discordância de Cid, aliado do senador e ex-governador petista do Ceará Camilo Santana, com a estratégia de campanha do irmão, que contava com ataques constantes ao presidente Lula.

O embate público ainda se agravou com as disputas estaduais na mesma época. O partido se dividiu entre o apoio à então governadora Izolda Cela (PDT) e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). Ciro Gomes bancou a candidatura de Roberto, enquanto os irmãos Cid e Ivo Gomes mantiveram-se neutros para evitar um rompimento com o partido do ex-governador Camilo Santana, que apoiava a candidatura de Izolda.

Apesar do histórico e da divisão política, Cid diz que é natural que ele e Ciro tenham opiniões diferentes sobre determinados caminhos políticos.

"Duas pessoas só brigam quando as duas querem. Nada me fará brigar com Ciro, nenhuma declaração que ele faça, em respeito aos meus irmãos e em respeito à memória do meu pai e da minha mãe", afirmou Cid Gomes nesta terça.

No fim das contas, puxada pela decisão de Ciro, foi desfeita a aliança com o PT que vigorava desde 2006 no Ceará, ano em que Cid Gomes foi eleito governador do Estado. A ação ainda rende ressentimentos.

Insegurança no PDT

Em meio às novas brigas de caciques do PDT, a insegurança é quase consenso entre os parlamentares do partido. Aliado de Cid Gomes, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) admitiu que muitos parlamentares falam em se desfiliar da sigla "com medo do futuro".

"As pessoas não se sentem seguras porque não sabem o amanhã, principalmente em relação a candidaturas, então estão indo para outros partidos", disse Bismarck.

Nos bastidores há rumores até de uma possível saída de Cid do partido, que nega. O cientista político Kevan Brandão acredita, porém, que isso não acontecerá. "Cid ainda é o nome do consenso do PDT, e ele está ciente disso, por isso vai continuar. Mas hoje está totalmente rachado o PDT do Ceará", avaliou.

Apesar da força de Cid no Estado, Brandão crê que o partido pode deixar de ser o maior do Ceará caso José Sarto (PDT) não seja reeleito em Fortaleza nas eleições do ano que vem. "Se perder a capital em 2024, o PDT tende a passar por muita dificuldade no Ceará e pode perder muita força."

A formação da maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder, nesta sexta-feira (30), gerou reações no mundo político. Opositores ao ex-presidente analisaram o posicionamento da Corte em publicações nas redes sociais.

Ex-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes disse no Twitter que a justiça foi feita. O PDT é autor da ação que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. 

##RECOMENDA##

“Fez-se justiça! Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE, queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro. Bolsonaro inelegível por império da lei. O que espero é que, de hoje em diante, tenhamos os brasileiros direito de cobrar de nosso governo mudanças profundas na vida política e econômica do Brasil, sem o oportunismo de a tudo termos que engolir porque senão… ‘Bolsonaro voltaria’”, escreveu.

O presidente nacional do PDT e atual ministro do Trabalho e Previdência, Carlos Lupi, também celebrou o julgamento. 

"A justiça foi feita! O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!", disse. 

Veja essas e outras declarações:

[@#video#@]

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), após sete meses da última eleição na qual concorreu à presidência, quebrou o silêncio e fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). As declarações foram feitas nesta sexta-feira (12), durante uma palestra na Universidade de Lisboa, em Portugal.

O pedetista disse que o chefe do Executivo não foi inocentado pela Justiça. “Será possível que não aprendemos nada? Ou acreditamos que Lula foi inocentado? Ele não foi inocentado. Lula teve direito à presunção de inocência restaurada, é diferente de ser inocentado num julgamento. Por quê? Porque não teve o devido processo legal. Nunca teve, e denunciei na mesma hora”, afirmou.

##RECOMENDA##

Ciro disse ainda que o líder petista é responsável pelo “reacionarismo” no Brasil e que não tem compromisso com a mudança. Além disso, criticou a possível indicação do advogado Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin ganhou notoriedade como advogado do atual mandatário nos processos relacionados à Operação Lava Jato.

O ex-presidenciável também criticou Fernando Haddad, ao falar sobre o arcabouço fiscal, proposto pelo ministro da Fazenda, e disse que a gestão está “completamente entregue à banqueirada”. “O Brasil não tem projeto para nada”, observou. “Bolsonaro é uma tragédia, mas, meu amor, cadê o projeto anterior que a gente tinha e não tem mais? Não tem mais projeto para nada.”

Mesmo após os resultados das eleições deste ano, os casos de pessoas sendo perseguidas - principalmente por eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, se tornaram recorrentes. O que talvez esses bolsonaristas não saibam, é que eles correm o risco de serem presos, além de pagar multa, se tipificado o crime de stalking.

Nas últimas semanas, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o deputado federal Rodrigo Maia (PSDB), o cantor e compositor Gilberto Gil e a sua esposa Flora Gil foram duramente atacados, nenhum de forma física, pelos bolsonaristas. Maia, inclusive, pediu investigação à Polícia Civil da Bahia após sofrer ameaças e ser chamado de "ladrão".

##RECOMENDA##

Ele e sua esposa, a advogada Vanessa Canado, estavam em um resort de luxo na Praia do Forte, quando o episódio aconteceu no dia 20 de novembro. 

[@#video#@]

Os autores dessas perseguições correm o risco de serem presos. Isso porque, em 2021, o presidente Bolsonaro sancionou a lei que tipifica o crime de perseguição, prática também conhecida como stalking. A norma prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. 

O crime de stalking, segundo o Código Penal, é definido como "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. 

O cyberstalking, que usa a internet para perseguir e expor as vítimas nas redes sociais, também pode ser penalizado perante essa lei, que é de autoria da senadora Leila Barros (PDT), que na época destacou que o avanço das tecnologias e o uso em massa das redes sociais trouxeram novas formas de crime. 

"É um mal que deve ser combatido antes que a perseguição se transforme em algo ainda pior. Fico muito feliz em poder contribuir com a segurança e o bem estar da sociedade. Com a nova legislação poderemos agora mensurar com precisão os casos que existem no Brasil e que os criminosos não fiquem impunes como estava ocorrendo", disse.

De acordo com o doutor em ciência política e professor Antônio Lucena, perseguições sempre ocorreram no meio político, mas estão ocorrendo com mais intensidade há um certo tempo. “Durante o petismo era comum as pessoas criticarem e ‘esculhambarem’ quando foram identificadas a corrupção da Lava Jato, da Petrobras. Vários atores já sofreram com isso também, como José de Abreu e Chico Buarque, por exemplo”, informou. 

Lucena chamou atenção para o aumento desses “esculachos” feitos pela extrema direita brasileira que foi incentivado pelo próprio presidente Bolsonaro e pelo ex-deputado estadual Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei. “Essa é uma estratégia muito utilizada pelos grupos de extrema direita e consiste em, como eles não rebatem em termos ideológicos, no plano das ideias, eles desqualificam a pessoa para atacá-la, e termina sendo algo extremamente importante”, explicou.

Questionado se os ataques poderiam ser, de alguma forma, considerados como liberdade de expressão, o cientista político garantiu que não. “Existe uma linha muito tênue entre liberdade de expressão e você cometer crimes. Você não pode simplesmente pegar um microfone, chegar em frente ao apartamento da pessoa e ficar ameaçando ela de morte. Isso é crime. Então, esses esculachos feitos são estratégias como forma de atingir as pessoas. Além de tudo, ele pode ser classificado como crime a depender do caso”, afirmou. 

Segundo Antonio Lucena, é difícil que essas perseguições e xingamentos aconteçam no próximo ano, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse, com o mesmo nível de intensidade. “No ano que vem teremos uma alteração significativa da liderança e geralmente esses eventos ocorrem por causa de incentivos da liderança, e teve, especificamente o caso de Bolsonaro. Nos Estados Unidos, com Donald Trump, também acontecia, mas de outro nível”. 

“A gente precisa acompanhar um pouco mais, ver como vai ser o início do próximo governo, ver como essas pessoas, inclusive as que estão em frente aos quartéis, vão reagir. Ainda é um momento muito delicado em que os ânimos estão aflorados por causa das eleições, mas é uma tendência. Acredito que diminua, mas não se extinga completamente”, detalhou o especialista.

O texto do Código Penal prevê que a pena será aumentada em 50% quando for praticado contra criança, adolescente, idoso ou contra mulher por razões de gênero. O acréscimo também pode acontecer mediante concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma. 

Confira os ataques sofridos por Ciro e Gil

[@#podcast#@]

*Com Alice Albuquerque

O ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), foi hostilizado por uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto estava na fila de embarque no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, ao lado de sua esposa, Giselle Bezerra. O vídeo circula nas redes sociais e foi publicado pela bolsonarista, em redutos de comunicação da direita, mas logo se espalhou. 

Nas imagens, a mulher provoca e ataca Ciro por ele ter apoiado o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, ainda que o apoio tenha surgido após uma forte onda de críticas do pedetista, que acompanhou o voto do próprio partido no último momento. A mulher também ofende Lula. 

##RECOMENDA##

“Olha aqui, gente, quem tá aqui em Miami, aquele que se aliou ao bandido do PT, ó, Ciro Gomes, na fila aqui de Miami. O traidor. Falou um monte de bosta do Lula e se aliou a ele. Está aqui, ó, passeando em Miami enquanto vocês estão aí passando dificuldade”, disse a bolsonarista. Ciro e a mulher sorriem de forma irônica, mas não respondem à agressão.

[@#video#@]

Após amargar o quarto lugar na disputa pela Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes divulgou um vídeo nesta terça-feira (4), em que endossa o apoio do PDT à candidatura do ex-presidente Lula (PT), afirmando que essa "é a última saída". Ciro não cita o nome "Lula" na gravação.

Mesmo declarando que o apoio ao petista, Ciro lamentou que "a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto, que reste aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias". Também afirmou que não acredita que a democracia está em jogo neste embate eleitoral, "mas sim no seu absoluto fracasso da nossa democracia, em construir oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo". 

##RECOMENDA##

O pedetista argumentou que nunca se ausentou da luta pelo Brasil e sempre se posicionou na defesa do país contra projetos de poder que levaram a população para o que chama de "situação grave e ameaçadora". Ele também aproveitou para frisar que o seu apoio não é dado em troca de vantagens e que não aceitará qualquer cargo que possa ser oferecido, em caso de vitória do Lula.

[@#video#@]

O candidato Ciro Gomes (PDT) votou às 10h52 na Secretaria de Saúde do Ceará, em Fortaleza (CE). Gomes estava acompanhado pela família, apoiadores e o candidato a governador do Ceará, Roberto Cláudio (PDT). Em coletiva a jornalistas após a votação, o pedetista indicou a possibilidade de não disputar novos pleitos caso perca a eleição deste domingo (2).

"Eu pretendo parar por aqui. Se eu ganhar, quero trocar a minha reeleição pela reforma que o Brasil precisa ter e que foi jogada na lata do lixo em nome de projetos de poder trágicos para o país. Se eu não vencer, quero ajudar a juventude a pensar as coisas sem a suspeição de uma candidatura", afirmou.

##RECOMENDA##

"Essas coisas podem mudar, mas dei minha vida inteira à causa do povo brasileiro e chego sem nunca ter sido denunciado por corrupção", disse. "Talvez esteja na hora de eu cuidar da minha vida, dos meus lindos filhos", completou.

[@#video#@]

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e sua candidata a vice Ana Paula (PDT), chegaram na tarde deste sábado, 1, ao ato de encerramento da campanha: uma carreata em Fortaleza, que contou com a participação do candidato do partido ao governo do Ceará, Roberto Cláudio. Com seu apadrinhado correndo o risco de perder as eleições dentro do seu reduto eleitoral, Ciro, que governou o Estado por dois mandatos (2007-2015) disse que voltava ao berço por vê-lo "ameaçado de cair na mão de uma pessoa que não tem a maior qualificação nem moral, nem intelectual, nem treinamento" para assumir o governo.

Atualmente, o comando do Estado é disputado por Capitão Wagner (União Brasil), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e à frente nas pesquisas de intenção de voto, seguido por Elmano de Freitas (PT), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Roberto Cláudio ocupa o terceiro lugar da disputa.

##RECOMENDA##

Devido a um racha entre ele e seus irmãos, Ciro evitava comparecer ao Estado. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o rompimento de uma aliança de 16 anos entre o grupo de Ciro e o PT no Ceará dividiu a família Ferreira Gomes. Enquanto Ciro optou, durante a reta final da campanha, em aumentar o tom de suas críticas contra Lula, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT) - irmãos dele - evitaram dar apoio a Roberto Cláudio e fazer campanha para o petista Camilo Santana ao Senado. Na tentativa de se reaproximar do PT, Cid afirmou que não vai declarar voto para governador.

Segundo turno

Ao ser questionado sobre apoio ao PT no segundo turno, caso não consiga avançar na disputa, Ciro disse que "se o PT quiser nos apoiar, o Roberto Cláudio, nós aceitaremos, mas eu apoiar o PT só na próxima encarnação".

O ex-governador também voltou a se colocar como uma opção à polarização que existe entre Lula e Jair Bolsonaro. "Saio da campanha sem nenhuma única acusação de corrupção de nenhum dos meus adversários, nem para direita, nem para esquerda, apesar de ter denunciado na cara dos dois candidatos que ambos são muito corruptos", disse a jornalistas.

No momento em que é pressionado por uma campanha de voto útil no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, enfrenta uma crise no seu Estado, o Ceará, onde brigou com o irmão Cid Gomes, e vê a candidatura de seu indicado para a disputa ao governo estadual definhar.

"Recebi uma facada poderosa nas costas. A traição é a cara do momento no Ceará. Resolvi não ir ao meu Estado pela primeira vez. Que o cearense diga lá o que quer fazer de mim", disse Ciro em recente entrevista ao site O Antagonista.

##RECOMENDA##

O rompimento de uma aliança de 16 anos entre o grupo de Ciro e o PT no Ceará dividiu a família Ferreira Gomes. Enquanto o candidato do PDT ao Palácio do Planalto ataca o PT, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT) - irmãos do ex- ministro -, evitam dar apoio a Roberto Cláudio (PDT), o candidato de Ciro ao governo, e fazem campanha para o petista Camilo Santana ao Senado.

Na tentativa de se reaproximar do PT, Cid afirmou que não vai declarar voto para governador. "Vou me preservar no primeiro turno para tentar ser esse catalisador, o cupido da renovação dessa aliança", disse o senador, no início do mês, ao pedir votos para Ciro e Camilo Santana, em Sobral. Cid está recluso e não participou nem mesmo da convenção do PDT que lançou a candidatura do irmão à sucessão de Jair Bolsonaro (PL).

Roberto Cláudio corre o risco de ficar fora do segundo turno, que deve ser disputado entre Elmano de Freitas (PT), candidato de Lula, e Capitão Wagner (União Brasil), nome avalizado por Bolsonaro.

A divisão tem atrapalhado também a candidatura de Ciro no seu Estado. Pesquisa Ipec divulgada na quinta-feira da semana passada indicou que o pedetista tem 10% das intenções de voto no Ceará. Ocupa o terceiro lugar no Estado onde construiu sua trajetória política, atrás de Lula (63%) e Bolsonaro (18%).

Nas três eleições presidenciais que disputou, Ciro sempre venceu em seu Estado. Em 1998 ele bateu, com 34,23% dos votos, Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que foi eleito. Em 2002, venceu Lula e José Serra (PSDB), com 44,48% dos votos válidos. E superou Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro em 2018, com 40,95%.

Divisão

Adversários políticos de Ciro duvidam, no entanto, que haja um rompimento na família. O ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) vê o movimento como "jogo de cena" para garantir cargos, caso o PT ganhe o governo do Ceará. "Eles não brigam entre eles, não. Eles querem uma boquinha porque perderam o Brasil. O Ciro destruiu tudo, ninguém pode ser ministro de um nem de outro", afirmou Eunício, em referência a Lula e a Bolsonaro.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse ao Estadão que Cid tem evitado seus contatos. "Não falo com ele há um bom tempo. Ele se licenciou do Senado. Logo no comecinho (do período eleitoral), liguei para ele e não respondeu. Não voltei a falar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, fez, nesta segunda-feira (26), um pronunciamento que chamou de "manifesto à nação". Durante sua fala, Ciro disparou contra os adversários que lideram as pesquisas de intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Ciro também ponderou que o chamado "voto útil" pregado pela campanha petista é um "falso argumento", segundo ele de uma "campanha virulenta" para fazer com que desista do pleito. 

"É o que está acontecendo agora quando estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura. Mas nada deterá nossa disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas", declarou o postulante.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas pesquisas divulgadas pelos institutos desde o início da campanha eleitoral. No levantamento BTG/FSB desta segunda, ele aparece com 7% das intenções de votos. 

Como sempre vem fazendo em seus discursos, o ex-governador do Ceará reforçou a fala de que Lula e Bolsonaro são reflexo político um do outro. 

"Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas. Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro. Mesmo assim, as máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro. E que este passo atrás é o único meio de levar o país adiante", disparou, referindo-se a Lula. 

Diversos apoiadores de Ciro já estão fazendo um movimento para que seus eleitores mudem de posição já no primeiro turno e optem por votar no candidato petista. 

Leia o pronunciamento da íntegra:

Na maioria das vezes em que um movimento nacionalista se levanta no Brasil, ele é destruído pelas forças do atraso ou se autodestrói por acordos eleitorais espúrios.

É um jogo de culpa-desculpa, trágico e repetitivo.

Para esconder a culpa da renúncia covarde aos verdadeiros ideais de mudança, muitos se escondem na desculpa de que para governar é necessária uma aliança com as forças do atraso.

E para eliminar, na raiz, a diversidade do embate democrático tentam transformá-lo, de forma artificial e prematura, no embate de duas forças que utilizam falsos argumentos morais para se tornarem hegemônicas.

Aqueles que ousam resistir –como é nosso caso–, são vítimas das mais violentas campanhas de intimidação, mentiras e de operações de destruição de imagem.

É o que está acontecendo agora quando estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura.

Mas nada deterá nossa disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas.

Hoje, a máscara desta farsa cobre duas faces que, mesmo possuindo certos conteúdos e contornos diferentes, trazem, de forma profunda, a matriz histórica dos erros que há décadas atrasam o Brasil e escravizam nosso povo.

É esta matriz –escrava de um modo corrupto de governar e de um modelo econômico submisso aos interesses do mercado financeiro– que une Lula e Bolsonaro.

Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas.

E Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro.

Mesmo assim, as máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro. E que este passo atrás é o único meio de levar o país adiante.

Esse rito suicida tem o incentivo comodista e covarde de setores da mídia e da inteligência que, em uma mistura de cumplicidade, amnésia e medo, perderam a nitidez dos fatos, das causas, dos efeitos e de suas perigosas consequências.

Reduziram o debate a um choque vazio e oportunista entre um suposto bem e um suposto mal, enquanto produzem a campanha mais sem propostas e sem projeto da nossa história recente.

De forma deliberada, não questionam o fato de o Brasil vir adotando, há 30 anos, um modelo político baseado no conchavo, na corrupção e no toma lá dá cá; e de vir prolongando a vida de um modelo econômico que entrega a riqueza do país para quem já tem muito e que distribui migalhas para quem tem pouco.

Em uma das engenharias financeiras mais perversas da história mundial conseguiram transformar, de 2003 a 2021, uma dívida pública de pouco mais de 600 bilhões de reais em uma dívida que ultrapassa 7 trilhões, mesmo que tenhamos pago, neste mesmo período, outros 7 trilhões.

Praticamente, a cada trilhão que pagamos da dívida, em lugar de diminuir ela aumentou em mais um trilhão, algo completamente absurdo, ainda mais se lembrarmos que as taxas de juros são definidas pelo próprio governo.

Não por acaso, esta trágica engenharia financeira transformou-se em uma pavorosa tragédia social.

Por esta e outras razões, o Brasil tem uma das piores concentrações de renda e desigualdades sociais do mundo.

Aqui, os cinco mais ricos acumulam uma fortuna equivalente a tudo que os 100 milhões de brasileiros mais pobres possuem, e cinco bancos concentram 85% do mercado, o que lhes permite impor à população os juros mais altos do planeta.

Esquecem-se, ou fingem esquecer, que, exatamente por isso, cerca de 40 mil indústrias e mais de 350 mil comércios fecharam as portas do governo Dilma para cá; e que mais de 66,6 milhões de pessoas e 6 milhões de micro, pequenas e médias empresas estão com o nome sujo no SPC ou no Serasa.

É por conta desse esquecimento deliberado e criminoso que ostentamos tantos outros números que nos causam vergonha e indignação.

Somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo, porém aqui mais de 33 milhões de brasileiros passam fome, 125 milhões não conseguem fazer as três refeições diárias e até carcaças de animais são vendidas como alimento.

Somos uma das maiores economias do planeta, mas aqui 55,5 milhões de pessoas vivem só com 14 reais ou menos ainda por dia; o desemprego ronda a casa dos 10 milhões; 5 milhões são desalentados, ou seja, pessoas que já desistiram de procurar emprego; e o subemprego, que paga menos que o mínimo e não garante nenhum direito, tornou-se a regra geral e não a exceção.

Lula e o PT passaram 14 anos no poder e deixaram o Brasil com os mesmos problemas que encontraram. A prova disso é a rápida evaporação dos efeitos da fugaz benesse que conseguiram produzir impulsionada por ciclos favoráveis das commodities.

Lula continua a repetir que colocou os pobres no orçamento quando, na verdade, os contentou com migalhas, deixando-os onde sempre estiveram: na escravidão da pobreza.

Bolsonaro, sua cria maligna, seguiu parte desta cartilha, aliando-se ao Centrão e rendendo-se à corrupção e ao clientelismo.

E acrescentou, sem dúvida, conteúdos gigantescamente mais pavorosos: o desrespeito às instituições e crimes contra a humanidade. Mas estas diferenças não conseguem os separar de todo.

Ao contrário, conteúdos políticos e econômicos profundos mais os aproximam do que os separam.

Por isso tudo, o Brasil está na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da nossa história.

Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas, inventada por Bolsonaro. Mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem, nas urnas invioláveis, o 13 ou o 22.

As urnas são de fato invioláveis, mas a legítima vontade popular está sendo tremendamente violada.

Pois os que pensam que ao apertar o 13 elegerão Lula (mesmo que com seus defeitos), estarão, na verdade, elegendo os mesmos que saquearam o país nos últimos anos, com os quais Lula vergonhosamente de novo se aliou.

Aqueles que pensam que ao apertar o 22 elegerão Bolsonaro (mesmo que com suas deformidades) estarão, na verdade, elegendo a outra parte da corja que saqueou o país em governos anteriores, e que pularam agora para um novo barco que disputa, com a mesma rota, a reta de chegada ao caos. Mas ninguém traz isso para o debate.

Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do “voto útil”.

Com esta pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem, no regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores, e, se for o caso, de optarem depois por aquele que mais se aproxime de suas ideias.

Querem privá-las do direito de expressar seus sonhos e de testar a força de suas posições, enriquecendo o debate e fortalecendo a pluralidade de ideias.

Querem calar as vozes das dissidências e submetê-las, sob o regime do medo e do terror velado, a dois blocos rivais que se escondem no maniqueísmo e no personalismo para disfarçar as profundas semelhanças de suas candidaturas.

Por mais jogo sujo que pratiquem, eles não me intimidarão. Não fugirei do verdadeiro embate democrático e não compactuarei com esta farsa.

Tenho compromisso de vida e morte com a luta por um Brasil melhor e nada me amedrontará nem irá me deter!

Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto, como firme e legítima opção, para livrar nosso país de um presente covarde e de futuro amedrontador.

Com rebeldia e esperança ainda podemos, juntos, salvar nossa pátria.

Levanta, Brasil!

 

Os candidatos à Presidência e fizeram campanha neste domingo e entre as cidades que estavam na agenda estão Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entre as atividades estiveram caminhadas, atos e gravações para a última semana do programa eleitoral gratuito antes do primeiro turno. 

Ciro Gomes

##RECOMENDA##

O candidato à presidência pelo PDT Ciro Gomes participou da caminhada da Rosa Vermelha em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Eu conto com todos e com cada um dos brasileiros, quero o apoio dos humilhados, o apoio dos que estão constrangidos na dívida, o apoio daqueles que estão no pico da informalidade, mirando um futuro de velhice sem nenhuma proteção. Eu quero o apoio do Brasil para reconciliar a nossa nação ao redor de um projeto emancipador”, disse. 

O candidato também apresentou, em discurso, dados que mostram, ao longo dos últimos anos, o aumento do desemprego e a perda do poder de compra. “A tarefa é de construir um Brasil novo”. Em seguida, o candidato participou de caminhada na Rocinha, também na Zona Sul. Ciro subiu o morro a pé e seguiu até a sede de uma associação de moradores, no alto da comunidade, onde conversou com a população.

Lula 

O candidato a presidente pelo PT Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (25) de um ato na quadra da Portela, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em discurso, Lula incentivou que as pessoas compareçam às urnas no próximo domingo (2): “É importante que as pessoas compareçam para votar, até para depois terem o direito de cobrar, exigir. Nesses últimos dias, vamos fazer uma campanha para convencer o maior número de pessoas a irem votar”.

O candidato também reforçou algumas das bandeiras sociais da campanha. “Eu só quero ser presidente porque eu quero cuidar do povo. E o povo não quer muito, quer ter sua casinha, um emprego, ganhar um salário justo. E para isso precisa de uma profissão. O maior sonho de uma mãe é ver seu filho ou filha com uma profissão. Se o filho tiver um diploma universitário, ela já vai para o céu de alegria”, disse.

Sofia Manzano 

A candidata à Presidência pelo PCB, Sofia Manzano fez campanha em Belo Horizonte. Ela fez panfletagem e uma caminhada com apoiadores no centro da cidade. Manzano ainda participou de uma plenária, seguida de um almoço, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Informações do Estado de Minas Gerais (Sintappi).

Nas redes sociais, a candidata demostrou otimismo para a última semana de campanha eleitoral antes do primeiro turno. “Entramos na reta final da campanha e o interesse e engajamento na nossa campanha só aumenta”, disse.

Soraya Thronicke

A candidata a presidente pelo União Brasil Soraya Thronicke reuniu-se com a equipe de sua assessoria de comunicação no período da manhã. À tarde, realizou gravação de material para a propaganda eleitoral. No início da noite, a agenda da candidata previa uma live.

Em suas redes sociais, a candidata destacou o tema da fome. “Cada ida ao supermercado é motivo de tristeza para o povo brasileiro. Apesar do governo dizer que não existe fome em nosso país, ela tem batido na porta de milhões de pessoas. Vamos nos unir para mudar essa situação”, escreveu.

Ciro Gomes, candidato à Presidência da Republica do PDT, intensificou sua ofensiva aos adversários Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), com o último episódio de "A Fábula dos Dois Ladrões". A série satírica, uma recriação da fábula do escritor Monteiro Lobato, apresenta dois personagens, homens jovens, inspirados na aparência física e discursos dos opositores.

O novo episódio encerrou a trilogia criada pela equipe de Ciro e foi exibido ao vivo em um evento de campanha nessa quinta-feira (22), quando o presidenciável também abordou seu plano de governo no âmbito da saúde. 

##RECOMENDA##

No vídeo, os personagens estão sentados em um banco de praça, conversando sobre formas de ganhar a eleição. O homem que representa a imagem de Jair Bolsonaro, sinaliza que, caso perca, vai dizer que o sistema foi vítima de fraude. Já o que representa Lula rebate e diz que a fraude deve ser feita antes das eleições e que é "fácil enganar milhões de pessoas". "Basta colocar um cheiro de carne assada, tocar uma música e mostrar um filme do passado, que as pessoas dormem e sonham", diz o personagem. 

Ao divulgar a nova peça publicitária, Ciro reforçou o tom e disse que, no Brasil, a imagem de que o crime compensa prevalece. “Hoje nós estamos vendo Lula e Bolsonaro disputando pra ver qual dos dois é mais corrupto”, escreveu em uma rede social. 

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando