TSE mantém restrições a Michelle na propaganda eleitoral
Primeira-dama feriu regra eleitoral ao surgir em campanha do marido por quase 40 segundos
As restrições à participação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nas propagandas eleitorais da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição foram mantidas. Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu seguir com a limitação de tempo, após a esposa do presidente ferir a regra eleitoral que determina que a aparição em campanha veiculada consuma até 25% do tempo da peça inteira.
A reavaliação da matéria foi feita em sessão virtual do colegiado nessa segunda-feira (5). A decisão inicial foi tomada pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, que acatou um pedido da senadora Simone Tebet (MDB-MS), também candidata à Presidência da República.
Na solicitação da parlamentar, que é opositora de Bolsonaro, ela argumentou que na peça onde Michelle se direciona às mulheres nordestinas, ela excedeu o tempo que poderia aparecer como "apoiadora". O tempo total de cada bloco é de dois minutos e 38 segundos; um quarto deste tempo seria 39 segundos e meio.
"Ao meu olhar, Michelle Bolsonaro qualifica-se tecnicamente como apoiadora do candidato representado, e sua participação, embora claramente legítima, não poderia ter ultrapassado os 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção", entendeu a ministra do TSE.
A imagem da primeira-dama tem sido entendida como uma forma de Jair Bolsonaro estreitar os laços com o eleitorado evangélico, para o qual ele já é o favorito, mas principalmente o eleitorado feminino, nicho de eleitores no qual o mandatário possui um dos maiores índices de rejeição.