TSE mantém restrições a Michelle na propaganda eleitoral

Primeira-dama feriu regra eleitoral ao surgir em campanha do marido por quase 40 segundos

por Vitória Silva ter, 06/09/2022 - 10:41
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo A primeira-dama Michelle Bolsonaro segurando o microfone e fazendo gesto com as mãos Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

As restrições à participação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nas propagandas eleitorais da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição foram mantidas. Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu seguir com a limitação de tempo, após a esposa do presidente ferir a regra eleitoral que determina que a aparição em campanha veiculada consuma até 25% do tempo da peça inteira.  

A reavaliação da matéria foi feita em sessão virtual do colegiado nessa segunda-feira (5). A decisão inicial foi tomada pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, que acatou um pedido da senadora Simone Tebet (MDB-MS), também candidata à Presidência da República.   

Na solicitação da parlamentar, que é opositora de Bolsonaro, ela argumentou que na peça onde Michelle se direciona às mulheres nordestinas, ela excedeu o tempo que poderia aparecer como "apoiadora". O tempo total de cada bloco é de dois minutos e 38 segundos; um quarto deste tempo seria 39 segundos e meio.

"Ao meu olhar, Michelle Bolsonaro qualifica-se tecnicamente como apoiadora do candidato representado, e sua participação, embora claramente legítima, não poderia ter ultrapassado os 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção", entendeu a ministra do TSE.  

A imagem da primeira-dama tem sido entendida como uma forma de Jair Bolsonaro estreitar os laços com o eleitorado evangélico, para o qual ele já é o favorito, mas principalmente o eleitorado feminino, nicho de eleitores no qual o mandatário possui um dos maiores índices de rejeição. 

 

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