Jovem leva paulada na cabeça por criticar Bolsonaro em bar

A vítima é uma jovem de 19 anos. Homem não gostou de ouvir falarem mal do presidente Bolsonaro

por Jameson Ramos sab, 24/09/2022 - 12:36
Reprodução Vítima levou sete pontos na cabeça Reprodução

Uma jovem de 19 anos, identificada como Estefane de Oliveira, foi agredida com uma paulada na cabeça em um bar localizado em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, após a sua irmã fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Um homem, que também estava no estabelecimento, não gostou do que ouviu e deu início a uma discussão. 

Esther de Oliveira Laudano, 24 anos, irmã da vítima, relatou ao O Globo que conversava sobre o status de um amigo em uma rede social, que dizia: Minha bandeira é verde e amarela. "Embaixo, menor, completava com 'mas eu voto é 13', só que na hora eu não notei, então comentei com a minha irmã", disse.

Laudano aponta que comentou com Estefane: "Ué, gente, ele vota no Bolsonaro? Não tenho amigo bolsonarista, não". Isso foi o suficiente para despertar a ira do suspeito que ouviu a conversa e se intromete dizendo que era Bolsonaro e pergunta qual era o problema de apoiar o presidente - sendo que elas não estavam falando diretamente com eles -, já que alegam nunca terem visto o rapaz. 

Com o início das ofensas, o homem foi expulso do bar pela proprietária, mas ele voltou em seguida com um pedaço de madeira na mão para atacar o grupo. "Começou a berrar que se eu era homem, então iria apanhar que nem homem. Eu parei na frente dele e falei: então bate", complementa Esther.

Neste momento, Estefane teria entrado no meio da discussão para tentar afastar o agressor e acabou sendo atingida na cabeça. A vítima precisou ser socorrida para a Santa Casa de Angra dos Reis, depois foi transferida para o Hospital Municipal de Japuíba, onde precisou levar sete pontos na cabeça e permanece internada, mas com o quadro de saúde estável.

O homem foi localizado e conduzido para a Delegacia de Angra dos Reis, onde foi autuado em flagrante por lesão corporal. O bolsonarista responderá em liberdade por se tratar de um crime de menor potencial. 

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