Bolsonaristas invadem ônibus e agridem jovens em São Paulo
Uma das vítimas teve o supercílio cortado
Bolsonaristas que participavam de um ato antidemocrático em frente ao 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) em Jundiaí, São Paulo, na quinta-feira (3), invadiram um ônibus com estudantes secundaristas e os agrediram. O fato teria sido motivado porque os jovens teriam gritado o nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e feito o gesto de "L" com as mãos.
Isso teria motivado a ira dos manifestantes, que arremessaram pedras contra o coletivo e acabou atingindo o estudante Vitor Cotrim, de 18 anos, que teve o supercílio cortado.
"Depois de terem mirado a pedra em mim, eles bateram muito no ônibus e devem ter forçado o motorista para entrar. Não tem como julgar o motorista, mas acho que ele foi coagido, acho que ele abriu a porta depois de gritarem com ele. Nessa, eles começaram a intimidar a gente: 'Fala agora! Fala do Lula de novo!' E foram intimidando gente que nem tinha falado nada e só estava sentado no ônibus seguindo viagem e querendo ir embora depois de mais um dia de aula", falou Vitor ao G1.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um dos bolsonaristas falando palavras de baixo calão contra os meninos e meninas que estavam no ônibus. Ele também mandou os estudantes trabalharem. "Vai trabalhar, vai pagar um boleto", diz o homem com a bandeira do Brasil amarrada no pescoço.
Os estudantes estariam voltando de mais um dia de aula da Escola Técnica Vasco Antônio Venchiarutti. O LeiaJá ligou diversas vezes para a unidade de ensino, que depois de muita insistência passou o contato da assessoria responsável, que não retornou as nossas tentativas de comunicação para saber mais detalhes sobre quais suportes serão ofertados aos seus alunos e o que será feito legalmente contra os bolsonaristas. O espaço segue aberto.