Pacheco diz desejar 2023 com 'reconciliação nacional'

"Uma coisa fundamental é a reconciliação nacional, a volta de um ambiente de equilíbrio, ponderação e sensatez", disse o presidente do Senado

qui, 22/12/2022 - 19:54
Waldemir Barreto/Agência Senado O presidente do Senado Rodrigo Pacheco Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o Brasil precisa alcançar uma “reconciliação nacional” em 2023 e retomar um “ambiente de sensatez” na esfera pública. Na saída da última sessão do Congresso Nacional deste ano, quando os parlamentares aprovaram o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA -  PLN 32/2022), Pacheco falou à imprensa sobre os desafios para o próximo ano.

"Uma coisa fundamental é a reconciliação nacional, a volta de um ambiente de equilíbrio, ponderação e sensatez. O ambiente da democracia é o melhor para o progresso. Questionamento indevidos, crises que não precisam ser geradas, isso tudo tem que ser combatido. O Brasil tem que se apresentar para o mundo de uma maneira melhor, com melhores relações', defendeu.

Pacheco disse que é preciso o Congresso se identificar os principais entraves do país para retomar o desenvolvimento e combater o desemprego e a fome. Ele defendeu as grandes reformas aprovadas recentemente — como a da Previdência, a trabalhista e o estabelecimento do teto de gastos — e elencou as próximas a serem encaradas, a começar pela reforma tributária. "Considero que deve ser uma prioridade do Congresso, juntamente com o próximo governo, que nós tenhamos um sistema de arrecadação desburocratizado, mais simplificado e com mais justiça social".

A reforma administrativa, o avanço das concessões e o foco em políticas sociais também foram destacados pelo presidente do Senado como pautas de maior relevância para a próxima legislatura do Congresso Nacional.

Pacheco também comentou sobre a nova configuração das emendas parlamentares, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais as emendas do relator-geral. No Orçamento do próximo ano, parte dos R$ 19,4 bilhões que estavam destinados a esse instrumento foi remanejada para as emendas parlamentares individuais. Depois disso, segundo Pacheco, o governo e o Congresso discutirão novas configurações para a utilização do dinheiro público.

"O importante é que o Congresso respeite as prerrogativas do Executivo, o Executivo compreenda que o Congresso colabora na construção do Orçamento e que ambos tenham o objetivo comum de qualidade do gasto público. A forma importa menos. O que não pode faltar é recurso para o que importa ao Brasil". 

*Da Agência Senado

COMENTÁRIOS dos leitores