Embaixada nos EUA terá uma mulher como chefe pela 1ª vez
A nomeação de Maria Luiza Ribeiro Viotti foi aprovada em sessão plenária nesta quarta-feira (17)
A nomeação da diplomata Maria Luiza Ribeiro Viotti para o cargo de embaixadora do Brasil nos Estados Unidos foi aprovada em sessão plenária nesta quarta-feira (17). A mensagem de indicação (MSF 9/2023) de Maria Luiza Viotti, primeira mulher indicada ao cargo, recebeu 44 votos favoráveis, 1 contrário e 1 abstenção.
Maria Luiza Ribeiro Viotti teve seu nome aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na quinta-feira (11) após sabatina. Relatora da indicação, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) destacou que esse é um importante marco na história da diplomacia brasileira. "Sinto-me honrada de ter sido a relatora", disse a senadora.
A indicação representa um marco na história do Itamaraty. Trata-se da primeira vez na história da nossa diplomacia que uma mulher vai chefiar a Embaixada [do Brasil] nos Estados Unidos. Isso fortalece os esforços para a maior representatividade de gênero nos postos mais importantes do serviço exterior brasileiro — destacou a senadora.
Currículo
Natural de Belo Horizonte, Maria Luiza Viotti tem 69 anos. Ela ingressou na carreira diplomática em 1976 e graduou-se em Ciências Econômicas pela Associação de Ensino Unificado de Brasília em 1978. Concluiu também os cursos de Aperfeiçoamento de Diplomatas (1982) e Altos Estudos (1995). É mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB).
Maria Luiza exerceu diversos cargos no Ministério das Relações Exteriores, entre os quais se destacam o de diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais, de 2004 a 2006; e o de diretora do Departamento de Organismos Internacionais, de 2006 a 2007. No exterior, a diplomata foi, entre outros cargos, conselheira na embaixada do Brasil na Bolívia; embaixadora-representante permanente na Organização das Nações Unidas (ONU) de 2007 a 2013 e embaixadora do Brasil na Alemanha de 2013 a 2016. Entre 2017 e 2022, chefiou o gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
*Da Agência Senado